Em julho de 2012, Indústria goiana recua 6,3%


De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana caiu 6,3% no mês de julho, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado parecido com o registrado no mês anterior (-6,0%). No âmbito regional, cinco das quatorze localidades apresentaram taxas positivas, as demais tiveram redução na produção. A taxa média brasileira ficou estável em 0,3%.

No comparativo julho 2012 / julho2011, a indústria de Goiás registrou queda de 11,4%%, no mês anterior também houve recuo nesse tipo de confronto. Na esfera regional, o comportamento positivo prevaleceu em cinco localidades, enquanto as demais mostraram resultados negativos. O resultado nacional apresentou queda de 2,9%.

Nos últimos 12 meses, Goiás continua liderando o crescimento industrial, com 7,0%, seguido de perto pelo Paraná, que apresentou expansão de 6,9%. Oito locais apresentaram taxas negativas, a taxa média Brasil registrou queda de 2,5% tabela 1.

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Julho de 2012

Locais

Variação (%)

Julho/Junho*

Julho 12/Julho 11

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

0,3

-2,9

-2,5

Nordeste

0,9

2,8

0,1

Amazonas

-5,9

-14,9

-1,1

Pará

-3,2

-6,4

1,6

Ceará

0,4

2,5

-4,5

Pernambuco

-0,6

3,3

4,0

Bahia

0,4

2,7

0,2

Minas Gerais

-0,2

0,3

-1,6

Espírito Santo

-0,6

-6,9

-3,0

Rio de Janeiro

4,6

-4,1

-4,2

São Paulo

-0,7

-5,6

-4,1

Paraná

-1,1

-7,8

6,9

Santa Catarina

0,2

-0,2

-4,1

Rio Grande do Sul

-0,7

-6,4

-0,4

Goiás

-6,3

-11,4

7,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

*Ajustado sazonalmente.

 

O gráfico abaixo apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. A leitura do gráfico mostra que no mês de julho houve queda nos dois índices, o de base fixa recuou 6,3%, mais suavizado, o índice de média móvel caiu 0,5%, frente ao mês anterior – comparação com ajuste sazonal. Tanto o índice de média móvel quanto o de base fixa seguem em trajetória declinante desde o mês de maio.

 

 

 Na análise setorial da indústria goiana – comparação julho de 2012 / julho 2011- o que mais exerceu impacto positivo sobre a média global foi o segmento de alimentos e bebidos, 4,6%, por conta da maior produção de maionese, molhos de tomates preparados e cervejas. Outros crescimentos foram registrados na metalurgia básica com 7,4%, pela maior produção de ferronióbio e ouro em barra, a indústria extrativa com 2,9%, devido à expansão de amianto. Os demais segmentos contribuíram negativamente, o principal deles, produtos químicos (36,8%) por conta da retração na produção de medicamentos, pela elevada base de comparação no mês de julho de 2011 e pela volta dos investimentos a normalidade. Minerais não metálicos caíram 14,6%, redução na produção de cimentos Portland e de painel.

No acumulado do ano, o setor industrial goiano liderou o crescimento industrial, ao apresentar expansão de 5,7%. A principal contribuição altista foi o segmento de produtos químicos, 20,9%, pela maior fabricação de medicamentos enquanto os alimentos e bebidas foi o único segmento a puxar para baixo o crescimento industrial, recuo na produção de leite em pó, milho doce preparado, cervejas e chope.
 

 

Tabela 2 – Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – julho/2012

(Base: Igual período do ano anterior) – (%)

Segmentos

Mensal

Acumulado no ano

Últimos 12 meses

Indústria geral

-11,4

5,7

 

7,0

– Indústria extrativa

2,9

0,8

 

0,9

– Indústria de transformação

-12,4

6,0

 

7,5

. Alimentos e bebidas

4,6

-1,9

 

-1,6

. Produtos químicos

-36,8

20,9

 

28,6

. Minerais não metálicos

-14,6

6,2

 

2,7

. Metalurgia básica

7,4

10,6

 

11,2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

 Elaboração: Segplan-GO/IMB/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores.

 


No recorte dos últimos 12 meses, a indústria goiana cresceu 7,0%, tal resultado ainda é reflexo do bom desempenho ocorrido nos primeiros meses do ano. As maiores altas provem dos produtos químicos, metalurgia básica e minerais não metálicos. No sentido contrário, os alimentos e bebidas recuaram 1,6%.

O resultado da produção industrial no mês de julho de 2012, queda de 6,3%, mostra que está ocorrendo um arrefecimento na economia goiana. No entanto, no acumulado dos sete meses do ano, Goiás continua na liderança do crescimento industrial, frente às demais unidades da federação, especialmente pelo impulso registrado no setor de produtos químicos, pela maior produção de medicamentos.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
EduigesRomanatto
Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo