Desempenho da indústria goiana em janeiro, de 18,41%, foi o maior do País.


Conforme Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE, a
produção industrial regional na comparação jan07/jan/06 apresentou um quadro
de resultados positivos praticamente em todos os locais pesquisados, exceto Ceará
que registrou recuo de (–5,44%), refletindo a queda ocorrida no setor de
refino de petróleo e produção de álcool. O desempenho verificado na indústria
brasileira (4,51%) refletiu o aumento em treze das quatorze áreas investigadas.
Goiás (18,41%), Pará (10,56%), Amazonas (8,36%), Bahia (6,30%), Rio Grande do
Sul e Minas Gerais (6,17%), Pernambuco (5,05%), Região Nordeste (4,96%) e Espírito
Santo (4,70%) assinalaram taxas acima da média nacional. Os demais locais com
resultados positivos foram: Paraná (3,15%), São Paulo (3,07%), Santa Catarina
(2,27%) e Rio de Janeiro (2,08%).

O
maior destaque da produção industrial brasileira no mês de janeiro de 2007
foi a liderança do segmento bens de capital, que registraram alta de 18%.
Segundo o IBGE, eles sinalizam um processo de expansão dos investimentos na
economia. Por outro lado, a indústria automobilística teve uma performance
negativa, o que preocupa, pois além do peso no total da indústria, os efeitos
de encadeamento sobre os demais segmentos da cadeia industrial são muito
fortes. As baixas taxas da produção industrial brasileira estão ligadas à
taxa de juros, que ainda é elevada e ao câmbio desfavorável. Importante seria
um câmbio competitivo e juros mais baixos, para que a economia brasileira alcançasse
taxas de crescimento mais expressivas e sustentáveis ao longo do ano.

Tabela
1
 Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física Regional – Janeiro –2007 
(base:
igual período do ano anterior = 100)

Brasil,
Região Geográfica e Unidade da Federação

Indústria
Geral

Indústria
Extrativa

Indústria
de Transformação

Alimentos
e Bebidas

Indústria
Química

Minerais
Não Metálicos

 Metalurgia
Básica

Brasil

4,51

5,12

4,48

 

1,36

7,56

Nordeste

4,96

-3,61

5,58

10,82

10,69

3,89

10,55

Amazonas

8,36

-0,65

8,64

47,27

-16,38

Pará

10,56

10,65

10,47

9,25

-5,91

23,71

Ceará

-5,44

-5,44

10,35

1,82

25,27

31,62

Pernambuco

5,05

5,05

6,95

6,59

-8,73

9,55

Bahia

6,30

-3,80

6,85

21,17

9,76

3,15

13,97

Minas Gerais

6,17

4,12

6,52

-9,14

9,54

Espírito Santo

4,70

20,57

-0,86

9,69

-7,70

-3,29

Rio de Janeiro

2,08

-1,86

3,12

-2,60

0,41

São Paulo

3,07

3,07

8,61

18,13

Paraná

3,15

3,15

1,95

Santa Catarina

2,27

2,27

10,72

11,48

Rio Grande do Sul

6,17

6,17

5,03

Goiás

18,41

233,16

13,13

10,30

33,37

9,53

7,79

                             
Fonte: IBGE

 A expansão de (18,41%) na
indústria goiana em janeiro de 2007 comparados ao mesmo mês do ano anterior
foi a maior do país e também a maior taxa registrada desde abril de 2005,
quando atingiu  (18,38%). O aumento da produção ocorreu em todos os ramos
pesquisados, com destaque para indústria extrativa (233,16%), refletindo uma
maior produção de amianto. Vale ressaltar que o resultado foi atípico, pois
refletiu os efeitos de uma baixa base de comparação, uma vez que a produção
de janeiro de 2006 foi afetada pelas férias coletivas dos trabalhadores de uma
importante empresa  do setor.

A
indústria de transformação também obteve bom desempenho (13,13%),
contribuindo com 70,0 pontos percentuais na formação do índice global,
ficando os 30,0% restantes com a indústria extrativa. Na indústria de
transformação todos os segmentos apresentaram taxas positivas, com destaque
para alimentos e bebidas (10,30%) e produtos químicos (33,37%). Nestes setores,
sobressaíram os itens molhos de tomates e adubos e fertilizantes.

A expansão de 3,55% no indicador acumulado nos últimos doze meses, foi conseqüência do crescimento da indústria de transformação (3,39%), com os impactos mais relevantes vindos de produtos químicos (16,00%) e metalurgia básica (6,92%). Nestes setores, sobressaíram os acréscimos na fabricação de medicamentos, ferronióbio e ferroníquel respectivamente.

O bom
desempenho da indústria goiana foi comprovado na geração de novos postos de
trabalho na  indústria de  transformação,
que abriu o ano de 2007, com 5.266  novos
postos, o maior saldo da série histórica do Caged desde abril de 2004, quando
registrou 5.481 novos empregos formais no setor, no agronegócio, setor
importante na economia goiana, que tem mostrado recuperação, e na 
expansão das exportações.

Tabela
2
Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – janeiro –2007
(Base:
Igual período do ano anterior =100)

Segmentos

Mensal

Acumulado
no ano

Últimos
12 meses

Indústria geral

18,41

18,41

3,55

Indústria extrativa

233,16

233,16

5,61

Indústria de transformação

13,13

13,13

3,39

Alimentos e bebidas

10,30

10,30

1,13

Produtos químicos

33,37

33,37

16,00

Minerais não metálicos

9,53

9,53

1,63

Metalurgia básica

7,79

7,79

6,92

                                    
Fonte: IBGE.

Equipe
de Conjuntura da Seplan:

Dinamar
Ferreira Marques

Marcelo
Cardoso da Silva

Marcos
Fernando Arriel

Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

Governo na palma da mão

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