Comércio varejista goiano perde ritmo, queda de 5,1%


 

Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na comparação com ajuste sazonal, janeiro15/dezembro14, o comércio varejista nacional apresentou leve alta no volume de vendas e na receita nominal, com taxas de 0,8% e 1,3%, respectivamente. Para o Estado de Goiás, o resultado do mês de janeiro/15 apresentou variação de 1,0% no volume e de 1,8%na receita de vendas.

Em âmbito regional, na série com ajuste sazonal, a maioria dos Estados teve taxas positivas, com destaque para o Amapá (8,6%), Sergipe (4,2%) e Piauí (3,4%). As variações negativas ocorreram nos Estados de Roraima, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com -0,4%, cada um.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o varejo brasileiro, em janeiro de 2015, apresentou alta de 0,6% no volume e 6,4% na receita nominal. Na mesma comparação, o comércio varejista goiano, teve queda no volume de vendas de 5,1%, e na receita nominal apresentou alta de 0,9%.

Na análise do comércio sem ajuste sazonal treze unidades da Federação apresentaram variações negativas no volume de vendas, sendo as maiores quedas ocorridas em Goiás (-5,1%), Amazonas (-4,6%) e Paraíba (-3,0). Os Estados da região Norte lideram as taxas de crescimentos, destaque para Roraima (26,0%), Amapá (18,4%), Rondônia (8,9%) e Acre (8,3%), vide Gráfico 1.

 

 

 

 

O varejo ampliado brasileiro, que contempla além do varejo o segmento de atacado na construção civil e de veículos, motocicletas, partes e peças apresentou queda em janeiro no volume de vendas (-4,9%), decorrente principalmente dos setores de veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 16,6%. A redução nas vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI; do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da desaceleração do crescimento real da massa de salários.

 

 

Varejo Goiano

A taxa de janeiro do comércio varejista restrito goiano em 2015 apresentou queda de 5,1%, em relação ao mês anterior (série sem ajuste). Dentre as oito atividades do varejo, quatro registraram taxas positivas, em relação ao mês anterior. Em sentido contrário quatro apresentaram resultados negativos, cujos comportamentos serão descritos a seguir. O comércio varejista ampliado teve recuo de 8,8% em volume e recuo de 3,3% na receita nominal (Tabelas 1 e 2).

 

Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2015                                           (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

nov/14

dez/14

Jan/15

No Ano

12 Meses

nov/14

dez/14

Jan/15

No Ano

12 Meses

Comércio Varejista Geral

1,4

0,3

0,6

0,6

1,8

0,5

-5,4

-5,1

-5,1

0,4

Combustíveis e lubrificantes

0,1

2,0

0,7

0,7

2,1

8,8

2,1

5,5

5,5

1,1

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-1,4

-0,9

0,2

0,2

0,9

-11,8

-11,2

-13,6

-13,6

-4,8

Hipermercados e supermercados

-1,1

-0,8

0,4

0,4

0,9

-11,9

-11,5

-14,0

-14,0

-5,0

Tecidos, vestuário e calçados

1,8

-3,4

-0,7

-0,7

-1,3

1,4

-4,7

-2,0

-2,0

2,1

Móveis e eletrodomésticos

2,3

-3,4

-3,1

-3,1

-0,1

8,3

-4,3

-2,0

-2,0

0,8

Móveis

-4,2

-4,9

-11,0

-11,0

-0,8

-3,7

-13,6

-6,5

-6,5

-1,3

Eletrodomésticos

5,2

-2,8

0,5

0,5

0,3

12,5

-1,1

-0,6

-0,6

1,2

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

6,0

8,0

5,0

5,0

8,3

9,3

-4,5

1,6

1,6

15,0

Livros, jornais, revistas e papelaria

-5,2

-9,3

-10,4

-10,4

-9,1

7,1

-16,0

-13,4

-13,4

-4,9

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

5,6

7,2

19,0

19,0

0,0

21,3

54,3

31,6

31,6

8,4

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

11,7

7,2

4,7

4,7

7,4

27,0

4,7

6,9

6,9

17,5

Comércio varejista ampliado geral

-2,4

-2,2

-4,9

-4,9

-2,4

-2,7

-6,1

-8,8

-8,8

-3,2

Veículos, motocicletas, partes e peças

-9,5

-8,6

-16,6

-16,6

-10,8

-5,9

-7,6

-15,7

-15,7

-8,0

Material de construção

-2,4

1,0

-2,8

-2,8

-0,6

-4,7

-4,7

2,7

2,7

-0,7

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio 

 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2015

 

                       

 

O resultado negativo do varejo goiano em janeiro/2015 foi puxado pela queda nas vendas de Hipermercados e Supermercados (-14,0%), que seguem em queda por sete meses consecutivo, nos últimos doze meses atingiu 5,0% de queda. Nesse setor a alta de preços, segundo o IPCA Goiânia alcançou 11,7% nos últimos doze meses, enquanto o índice geral atingiu 7,9% e isso explica a queda tão acentuada. Seguindo o mesmo comportamento, o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou queda de 13,4%, influenciado também pela alta nos preços.

Em sentido contrário, o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação liderou as vendas, com expansão 31,6% em janeiro, sobre igual mês do ano passado. O resultado de janeiro foi influenciado pelas promoções de queima de estoques do Natal. O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou a segunda maior taxa (6,9%).

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2015 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Atividades

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

nov/14

dez/14

Jan/15

No Ano

12 Meses

nov/14

dez/14

Jan/15

No Ano

12 Meses

Comércio Varejista Geral

7,5

6,0

6,4

6,4

8,0

5,5

0,1

0,9

0,9

5,6

Combustíveis e lubrificantes

6,9

5,5

3,4

3,4

7,0

18,1

7,9

8,9

8,9

8,8

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

6,0

6,7

8,6

8,6

8,1

-4,4

-2,0

-3,7

-3,7

1,0

Hipermercados e supermercados

6,3

6,6

8,5

8,5

Governo na palma da mão

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