Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na comparação com ajuste sazonal, março15/fevereiro15, o comércio varejista nacional apresentou queda no volume de vendas (-0,9%) e queda na receita nominal (-0,4%). Para o Estado de Goiás, o resultado do mês de março/15 apresentou variação de -1,1% no volume e de -0,2% na receita de vendas.

Em âmbito regional, na série com ajuste sazonal, apenas nove Estados tiveram taxas positivas, com destaque para o Pará (2,2%), Roraima (1,4%), Acre e Santa Catarina (1,2%). As principais variações negativas ocorreram nos Estados do Amazonas (3,3%), Rio de Janeiro (3,1%), Pernambuco (2,9%) e Paraíba (2,5%).

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o varejo brasileiro em março de 2015 apresentou alta de 0,4% no volume e alta de 6,5% na receita nominal. Na mesma comparação, o comércio varejista goiano, teve queda no volume de vendas e na receita nominal com -6,7% e -0,9%, respectivamente.

Na análise do comércio sem ajuste sazonal treze unidades da federação apresentaram variações negativas no volume de vendas, sendo a maior queda ocorrida em Mato Grosso (-8,3%). Os Estados da região Norte lideram as taxas de crescimento positivo, destaque para Roraima (22,5%), Acre (13,6%), Rondônia (6,5%) e Pará (3,8%), vide Gráfico 1.

Varejo Goiano Restrito

O comércio varejista goiano em março de 2015 apresentou queda de 6,7%, em relação ao mesmo mês do ano anterior (série sem ajuste). Dentre as oito atividades do varejo, quatro registraram taxas positivas, em relação ao mês anterior. Em sentido contrário quatro apresentaram resultados negativos, cujos comportamentos serão descritos a seguir. (Tabelas 1 e 2).

A desaceleração no varejo goiano em março/2015 foi puxada, principalmente pela queda nas vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Livros, jornais e revistas (-17,0%). O segmento de Hipermercados em termos de resultados acumulados apresentou variação no ano de -15,6% e nos últimos 12 meses de -7,8%. A queda tão acentuada refletiu principalmente a queda do poder de compra da população.

Ainda seguindo o comportamento de contração, o segmento de Livros, jornais e revistas apresenta queda por nove meses consecutivos e nos últimos doze meses a queda foi 9,8%. A trajetória declinante desta atividade vem sendo influenciada pela substituição dos produtos impressos em meio eletrônico.

Em sentido contrário, o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação liderou as vendas, com expansão 72,7% em março, sobre igual mês do ano passado. Essa alta pode ser explicada pelos benefícios fiscais concedidos ao setor, redução do IPI.

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou a segunda maior positiva, (26,8%). Vale destacar que este resultado positivo foi influenciado pelo baixo valor unitário da maioria dos produtos comercializados nesta atividade e que apresentam um grande volume de vendas.

Varejo goiano ampliado

O varejo ampliado goiano, que contempla além do varejo o segmento de atacado na construção civil e de veículos, motocicletas, partes e peças apresentou queda em março no volume de vendas (-5,0%), decorrente da queda em veículos, motos, partes e peças de 14,1%. A redução nas vendas de veículos foi decorrente da retirada gradual dos incentivos via redução do IPI, do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da diminuição real da massa de salários. Enquanto o segmento de Material de construção variou positivamente 2,8% em vendas, na comparação com março de 2014. Este resultado foi influenciado pelo maior número de dias úteis em março. No acumulado material de construção atingiu taxas de 5,4% e em doze meses -0,2%.

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