Comércio varejista goiano cresceu 6,1% em janeiro 2013


Conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista goiano iniciou o ano de 2013 com acréscimo de 6,1% em volume de vendas em relação a janeiro de 2012; no acumulado em doze meses a taxa foi de 8,9%.  Na receita nominal de vendas, a alta foi superior ao indicador de volume, com 10,5%; em doze meses a taxa de crescimento da receita atingiu 11,9%. O comércio varejista ampliado que, além de contemplar o varejo, abrange o segmento de atacado na construção civil e veículos, motocicletas, partes e peças, registrou variação de 10,8% para o volume de vendas e 11,8% para a receita nominal de vendas, ambas em relação ao mesmo mês do ano anterior (Tabela 1 e 2).

 O comércio varejista do País apresentou variação positiva de 5,9%, ligeiramente superior à registrada em dezembro de 2012 (5,1%). Para o indicador de receita nominal, a taxa foi de 12,4%, contra 10,9% ocorrida em dezembro de 2012. No recorte regional, todos os estados tiveram variações positivas. As maiores taxas de crescimento ocorreram nos estados da região nordeste: Entre as dez maiores taxas em volume de vendas, cinco pertencem à região Nordeste: Rio Grande do Norte (13,8%), Paraíba (13,1%), Maranhão (10,8%), Ceará (9,8%) e Pernambuco (8,6%). A região Centro-Oeste também apresentou taxas elevadas, sustentadas pelos estados de Mato Grosso do Sul, que liderou as vendas do comércio varejista, com variação de 17,5% e Mato Grosso com a quarta maior taxa do País, 12,0%. (gráfico 1).

 

 

 

 

Resultados por segmento do comércio varejista e varejista ampliado

Na análise do índice do volume de vendas em janeiro/13, comparado com o mesmo mês do ano anterior, todas as atividades do varejo goiano obtiveram variações positivas, exceto hipermercados e supermercados.  As maiores taxas em ordem de importância no resultado global foram observadas nas atividades de: Livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 55,9%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 21,2%; veículos, motocicletas, partes e peças, cresceu 15,4% e material de construção, com ganho de 13,4%, Gráfico 2.

 

 

 


O resultado apurado para a receita nominal e indicador de volume da atividade de livros, jornais, revistas e papelaria, cresceu 62,1% e 55,9%, respectivamente. Vale dizer, que esta atividade do varejo segue uma tendência de taxas positivas há treze meses consecutivas a dois dígitos (Tabelas 1 e 2).

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com a segunda maior taxa em volume do varejo goiano, aumentou 21,2% e 25,4% na receita nominal, na comparação janeiro de 2013 com janeiro de 2012. No indicador acumulado em doze meses, o crescimento em volume de vendas foi de 15,5% e na receita nominal de 17,1%. O crescimento acima da média no comércio se deve também à expansão da massa de salários e à oferta de crédito, bem como ao caráter de uso essencial e permanente dos produtos do setor. Cabe ressaltar, que os preços dos remédios em Goiás ficaram abaixo da média do IPCA/Goiânia (2,7% nos produtos farmacêuticos contra 5,9% no índice geral) (Tabelas 1 e 2).

O segmento de material de construção registrou ganho de 13,4% no volume de vendas e 17,1% na receita nominal, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em doze meses, as vendas no varejo atingiram 10,4% e a receita nominal 16,1%. Contribuíram para a expansão da atividade, a redução do IPI para uma cesta de produtos do setor, bem como as condições favoráveis do crédito habitacional. Segundo o Banco Central, os financiamentos imobiliários cresceram no Brasil 2,4 % no mês e 34,5% em doze meses. Tabela 1 e 2.

Na sequência em ordem de taxas positivas, a atividade de tecidos, vestuário e calçados apresentou a quarta maior taxa em termos de volume de vendas, 11,3%, com relação a igual mês do ano anterior e de 4,7% para os últimos 12 meses. A variação em volume ficou acima da média global (6,1%), enquanto a receita nominal da atividade cresceu 16,7%, evidenciando crescimento nos preços acima do volume de vendas. Segundo o IPCA Goiânia/IBGE, vestuário aumentou 4,9% no período de doze meses. E, por fim, a atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba os segmentos de lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, cresceu 11,1%. O crescimento dessa atividade é devido ao crescimento da massa de salários e à maior oferta de crédito para pessoas físicas. Tabela 1 e 2.

 

Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2013

 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12       Meses

No    Ano

12       Meses

 

nov/12

dez/12

jan/13

nov/12

dez/12

jan/13

 

Comércio Varejista Geral

8,5

5,1

5,9

5,9

8,3

9,6

1,9

6,1

6,1

8,9

 

Combustíveis e lubrificantes

7,5

5,6

8,8

8,8

7,7

6,4

2,7

4,7

4,7

2,6

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

8,3

6,8

3,4

3,4

8,0

5,8

0,8

0,1

0,1

6,4

 

Hipermercados e supermercados

8,7

7,5

3,3

3,3

8,4

6,4

1,6

-0,1

-0,1

7,2

 

Tecidos, vestuário e calçados

6,5

3,8

5,0

5,0

3,7

13,5

3,6

11,3

11,3

4,7

 

Móveis e eletrodomésticos

8,5

8,4

5,8

5,8

11,5

15,4

5,5

10,5

10,5

14,9

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

9,6

4,1

10,4

10,4

10,4

15,6

13,6

21,2

21,2

15,5

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

11,2

5,4

5,4

5,4

4,9

105,9

92,1

55,9

55,9

68,7

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-0,8

-23,0

8,8

8,8

5,6

15,7

-51,8

7,0

7,0

6,0

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

18,5

9,0

13,9

13,9

9,4

19,2

11,3

11,1

11,1

16,6

 

Comércio varejista ampliado geral

7,2

5,0

7,1

7,1

7,9

8,7

4,8

10,8

10,8

8,6

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

4,6

6,8

8,1

8,1

7,3

7,9

11,9

15,4

15,4

7,6

 

Material de construção

5,6

7,1

11,6

11,6

7,8

6,2

-7,1

13,4

13,4

10,4

 

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores  2013.

 

 

 

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2013

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Atividades

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12    Meses

No    Ano

12    Meses

 

nov/12

dez/12

jan/13

nov/12

dez/12

jan/13

 

Comércio Varejista Geral

13,8

10,9

12,4

12,4

12,3

13,9

7,3

10,5

10,5

11,9

 

Combustíveis e lubrificantes

7,3

5,3

9,8

9,8

6,5

-1,6

-2,7

1,0

1,0

-2,9

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

17,3

15,8

13,9

13,9

15,8

14,0

8,9

8,7

8,7

13,8

 

Hipermercados e supermercados

17,5

16,4

13,6

13,6

15,9

14,5

9,5

8,3

8,3

14,4

 

Tecidos, vestuário e calçados

9,5

5,6

9,4

9,4

6,6

16,9

7,0

16,7

16,7

8,3

 

Móveis e eletrodomésticos

6,0

8,0

5,2

5,2

8,3

18,7

7,9

11,0

11,0

14,4

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

12,4

6,5

15,6

15,6

13,3

17,0

14,8

25,4

25,4

17,1

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

12,5

7,1

9,9

9,9

6,8

109,7

98,0

62,1

62,1

73,3

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-2,5

-25,0

4,3

4,3

-0,2

16,8

-50,8

3,3

3,3

-0,4

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

20,8

12,5

19,1

19,1

12,4

22,3

15,4

16,0

16,0

20,1

 

Comércio varejista ampliado geral

9,4

7,7

10,2

10,2

9,5

9,4

5,9

11,8

11,8

8,7

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

1,4

3,7

4,9

4,9

4,0

2,9

6,8

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo