Conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o mês de dezembro de 2012, o estado de Goiás obteve um acréscimo de 1,8% em volume de vendas em relação a dezembro de 2011; no ano o ganho foi de 8,8%. A receita nominal de vendas no mês de dezembro apresentou alta de 7,3%, ao passo que em novembro foi de 13,9% e no ano acumulou alta de 11,8%. O comércio varejista ampliado, além de contemplar o varejo, abrange o segmento de atacado na construção civil e veículos, motocicletas, partes e peças. No mês de dezembro a construção civil registrou quedas no volume (7,1%) e na receita (2,6%) sendo que a atividade de veículos, motocicletas, partes e peças acrescentou 11,7% em volume de vendas e 6,7% de receita em relação a dezembro de 2011.

Para o Brasil, o mês de dezembro registrou expansão no volume de vendas de 5,0% e de 10,9% na receita. No ano de 2012, o comércio brasileiro teve alta no volume de vendas de 8,4% e na receita de 12,3%. Na comparação regional do volume de vendas no ano, todos os Estados tiveram variações positivas sendo que os maiores crescimentos ocorreram em Rondônia (26,7%), Amapá (17,7%); Mato Grosso do Sul (16,9%) e Tocantins (15,5%).

Resultados por segmento do comércio varejista e varejista ampliado

Na análise do índice do volume de vendas em dezembro, comparado com o mesmo mês do ano anterior, somente duas atividades do comércio goiano obtiveram variações negativas, as maiores taxas positivas foram para as atividades de livros, jornais, revistas e papelaria, com ganho de 92,2%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 13,6%; veículos, motocicletas, partes e peças 11,7%, vide Tabela 1.

A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria pelo décimo mês consecutivo apresentou o melhor resultado, no entanto, com crescimento menor que o mês anterior, 105,9% no volume de vendas. A explicação para as elevadas taxas do segmento decorre de instalação em Goiás de grandes empresas do ramo, que também atuam em outras unidades da federação, e também pelo incremento na diversificação da linha de produtos.

No ano de 2012, todos os segmentos do comércio goiano tiveram acréscimo de volume, os principais destaques foram os livros, jornais, revistas e papelaria, 68,9%, outros artigos de uso pessoal e doméstico, 16,8%, móveis e eletrodomésticos, 15,0%, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 14,8%. 

Para a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria, o resultado da receita nominal foi de 73,2% em 2012, pouco superior ao crescimento no volume de vendas. Outros artigos de uso pessoal e doméstico também apresentaram expansão na receita nominal, esses dois segmentos foram impulsionados em parte pela estabilidade do emprego, expansão da massa de salários e disponibilidade de crédito, além do caráter de uso essencial e permanente para alguns, desses produtos.

O incremento da receita nominal de vendas de material de construção foi de 16,5% e no volume o crescimento foi de 10,6%. Associados a estes resultados estão a redução do IPI para produtos do setor, facilidades na obtenção de crédito habitacional e novas vagas de emprego na construção civil (38,6%) (Gráfico 1).

Diferentemente dos outros segmentos, a atividade de combustíveis e lubrificantes registrou variação de 1,3% no volume de vendas, mas, para a receita nominal a variação foi negativa em 3,2% no ano. A queda nos preços desta atividade pode ser confirmada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o município de Goiânia, que apresentou recuo de 6,0% em 2012 nos preços dos combustíveis (Gráfico 1).

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