Comércio varejista goiano cresce 1,0 % em dezembro


Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) de dezembro/17, analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), as vendas do comércio restrito goiano, comparadas ao mês imediatamente anterior, recuaram no volume e na receita (que exclui os segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção), com taxas de ‑2,4% e -2,9%, respectivamente (Tabela 1). Na mesma comparação, o indicador para o varejo nacional apresentou taxa de -1,5% no volume de vendas e -2,2% na receita nominal.

Em dezembro/2017, comparado a dezembro/2016, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 8,0%. Nessa mesma comparação, o desempenho do apurado para o varejo brasileiro foi de 3,2%. Em dezembro, 17 unidades da Federação apresentaram taxas positivas no volume de vendas do comércio, conforme descrito no Gráfico 1.

No acumulado do ano de 2017, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 8,7%. Ainda nessa comparação, o desempenho do apurado para o varejo brasileiro foi de 2,0 %. No fechamento do ano, 18 Unidades da Federação apresentaram taxas positivas no volume de vendas do comércio, conforme descrito no Gráfico 2.

O comércio varejista ampliado goiano, que inclui o varejo restrito bem como as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou em dezembro/17 decréscimo nas vendas de 9,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a retração no volume de negócios em Goiás foi de 8,8%. Na mesma comparação, o varejo brasileiro avançou 6,4% em dezembro e 4,0% nos últimos 12 meses.

 

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017

(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100 – (%)

 

Variação Mensal (%)

 

Brasil

Goiás

 

out/17

nov/17

dez/17

out/17

nov/17

dez/17

Volume de Vendas

-0,8

1,0

-1,5

-2,0

3,6

-2,4

Receita de Vendas

-0,4

1,2

-2,2

-1,1

4,4

-2,9

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

 

 

 

 

 


Varejo Goiano Restrito

Em termos de segmentos, a variação no volume de vendas de dez/16 para dez/17 foi negativa para a maior parte do comércio goiano. A economia não apresenta sinais de recuperação consistentes, sendo novembro de 2014 a última taxa positiva registrada para Goiás, perfazendo 37 meses.

As maiores quedas foram registradas pelos segmentos de combustíveis e lubrificantes e livros, jornais, revistas e papelaria, ambos com uma taxa de -27,4% em dezembro. A taxa acumulada nos últimos doze meses alcançou -23,5% e -17,2% respectivamente.

Por outro lado, o segmento de móveis e eletrodomésticos destacou-se com resultado positivo de 14,4% em dezembro e 5,1% no acumulado de 12 meses. A Tabela 2 permite observar as taxas de variação do volume de vendas para o Brasil e para Goiás durante os meses de outubro, novembro e dezembro, assim como o acumulado no ano e nos últimos doze meses.

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista

 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12       Meses

No    Ano

12       Meses

 

out/17

nov/17

dez/17

out/17

nov/17

dez/17

 

Comércio Varejista Geral

2,6

6,0

3,2

2,0

2,0

-10,4

-5,6

-8,0

-8,7

-8,7

 

Combustíveis e lubrificantes

-0,9

-2,4

-7,2

-3,3

-3,3

-27,2

-25,1

-27,4

-23,5

-23,5

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

1,5

5,6

4,6

1,4

1,4

-16,5

-4,7

-7,0

-11,0

-11,0

 

Hipermercados e supermercados

2,2

6,7

5,8

1,8

1,8

-16,4

-3,7

-5,9

-10,8

-10,8

 

Tecidos, vestuário e calçados

4,9

8,9

7,0

7,6

7,6

-11,9

-6,6

-13,0

-3,7

-3,7

 

Móveis e eletrodomésticos

10,0

15,6

8,3

9,5

9,5

17,4

10,3

14,4

5,1

5,1

 

Móveis

8,1

11,2

5,4

-2,1

-2,1

8,3

13,3

23,7

-8,7

-8,7

 

Eletrodomésticos

10,1

16,6

8,6

10,2

10,2

21,0

10,6

13,3

8,3

8,3

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

6,3

7,9

7,1

2,5

2,5

6,1

7,2

0,7

1,3

1,3

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

-2,8

-2,2

-9,7

-4,2

-4,2

-24,3

-17,0

-27,4

-17,2

-17,2

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

5,2

-6,9

-18,2

-3,2

-3,2

-8,0

-7,2

-12,5

-22,3

-22,3

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

3,2

7,9

-0,6

2,1

2,1

-14,3

-11,5

-16,2

-11,9

-11,9

 

Comércio varejista ampliado geral

7,6

8,7

6,4

4,0

4,0

-4,2

-6,7

-9,7

-8,8

-8,8

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

13,7

8,8

6,4

2,7

2,7

2,8

-15,6

-24,1

-14,6

-14,6

 

Material de construção

18,5

14,6

9,1

9,2

9,2

-4,6

-6,5

-18,3

-7,6

-7,6

 

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

 

Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 8,0% em dezembro de 2017. No mesmo período a taxa foi positiva para o Brasil (2,6%). No acumulado dos últimos doze meses a taxa foi de -8,0% para Goiás e 2,2% para o Brasil, conforme aponta a Tabela 3.

 

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12    Meses

No    Ano

12       Meses

 

out/17

nov/17

dez/17

out/17

nov/17

dez/17

 

Comércio Varejista Geral

1,0

4,8

2,6

2,2

2,2

-11,5

Governo na palma da mão

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