Comércio varejista goiano cresce 0,8 % em setembro


Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE), analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), as vendas do comércio varejista goiano cresceram no volume e na receita do comércio restrito, que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção, com taxas de 0,8% e 1,0%, respectivamente, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais (Tabela 1). Na mesma métrica, o indicador para o varejo nacional apresentou aumento de 0,5% no volume de vendas e 1,1% na receita nominal.

Em setembro/2017, em comparação com setembro/2016, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 7,1%. Nessa mesma comparação, o desempenho do apurado para o varejo brasileiro foi positivo em 6,4%. Em setembro 23 unidades da Federação apresentaram taxas positivas no volume de vendas do comércio, conforme descrito no Gráfico 1.

O comércio varejista ampliado goiano, que inclui o varejo restrito bem como as atividades de veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em setembro/17 decréscimo nas vendas de 8,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses a retração no volume de negócios em Goiás foi de 8,5%. Na mesma comparação, o varejo brasileiro avançou 9,3% em setembro, entretanto nos últimos 12 meses a taxa é negativa em 0,1%.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017

(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100 – (%)

 

Variação Mensal (%)

 

Brasil

Goiás

 

jul/17

ago/17

set/17

jul/17

ago/17

set/17

Volume de Vendas

0,1

-0,4

0,5

-1,5

-0,7

0,8

Receita de Vendas

0,1

0,1

1,1

-2,3

-0,7

1,0

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

 

 

Varejo Goiano Restrito

Em termos de segmentos, a variação no volume de vendas na comparação set17/set16 foi negativa para a maior parte do comércio goiano. A economia não apresenta sinais de recuperação consistentes, sendo novembro de 2014 a última taxa positiva registrada para Goiás.

A maior queda foi registrada pelo segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria, com uma taxa em setembro de -27,1%, acumulando nos últimos doze meses -12,2%. Outro segmento com queda acentuada foi Combustíveis e lubrificantes, com taxa de -24,1%, com acumulado nos últimos dozes meses de -19,1%.

O segmento de Eletrodomésticos destacou-se com resultado positivo de 13,6%, em setembro, contudo registra queda de 0,4% no acumulado de 12 meses.

 A Tabela 2 permite observar as taxas de variação do volume de vendas para o Brasil e para Goiás durante os meses de julho, agosto e setembro, assim como o acumulado no ano e nos últimos doze meses.

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista

 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12       Meses

No    Ano

12       Meses

 

jul/17

ago/17

set/17

jul/17

ago/17

set/17

 

Comércio Varejista Geral

3,1

3,6

6,4

1,3

-0,6

-9,5

-8,3

-7,1

-8,9

-8,5

 

Combustíveis e lubrificantes

-0,9

-2,9

-4,1

-3,2

-4,4

-29,5

-25,6

-24,1

-22,4

-19,1

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

0,3

1,7

6,0

0,5

-0,7

-13,5

-14,0

-12,3

-11,6

-9,3

 

Hipermercados e supermercados

0,1

1,4

6,3

0,6

-0,6

-14,4

-14,2

-12,5

-11,6

-9,5

 

Tecidos, vestuário e calçados

15,0

9,3

11,7

7,8

1,8

7,8

-6,3

-6,5

-0,6

-2,7

 

Móveis e eletrodomésticos

12,8

16,6

16,6

8,8

3,1

7,7

17,0

10,4

1,8

-2,9

 

Móveis

6,1

11,4

10,4

-5,9

-7,2

1,4

7,5

3,1

-16,8

-15,6

 

Eletrodomésticos

15,1

18,0

18,6

9,6

3,5

11,0

21,2

13,6

5,9

-0,4

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

2,2

4,3

8,2

1,0

-0,6

2,2

9,0

11,9

0,3

-1,3

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

0,2

-4,3

-6,3

-3,6

-6,4

-13,8

-20,1

-27,1

-14,8

-12,2

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

11,3

-2,7

-3,0

-1,1

-2,3

-8,7

-2,0

-4,4

-26,1

-31,5

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

4,2

6,3

10,8

1,8

-0,2

-13,0

-11,3

-6,3

-10,7

-7,5

 

Comércio varejista ampliado geral

5,7

7,7

9,3

2,7

-0,1

-8,9

-7,1

-8,4

-9,4

-8,5

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

6,3

14,1

10,8

0,5

-3,0

-13,0

-6,5

-15,1

-15,1

-12,4

 

Material de construção

11,1

13,0

15,5

7,5

3,7

-7,2

-11,1

-10,2

-6,8

-6,0

 

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio                                                                  

 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017

 

 


Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 9,0%, em setembro de 2017. No mesmo período, a taxa foi positiva para o Brasil (4,5%). No acumulado dos últimos doze meses a taxa foi de -5,5% para Goiás e 2,2% para o Brasil, conforme Tabela 3.

 

 

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12    Meses

No    Ano

12       Meses

 

jul/17

ago/17

set/17

jul/17

ago/17

set/17

 

Comércio Varejista Geral

1,2

1,3

4,5

2,0

2,2

-10,9

-10,2

-9,0

-8,0

-5,5

 

Combustíveis e lubrificantes

-3,3

1,7

1,9

-3,4

-3,6

-30,3

-22,8

-23,4

-23,0

-17,8

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-1,5

-2,5

1,9

1,4

2,8

-16,8

-19,1

-16,8

-11,9

-7,1

 

Hipermercados e supermercados

-1,6

-2,6

2,3

1,8

3,0

-17,6

-19,0

-17,0

Governo na palma da mão

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