Comércio varejista goiano acentua queda em março, 8,5%



O volume de vendas do comércio goiano continuou a cair, conforme apontou a pesquisa mensal do comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. Em março de 2016 o comércio varejista restrito goiano (que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção) na comparação com o mesmo mês do ano anterior apresentou queda de 8,5%, ante o recuo de 7,1% em fevereiro foi o pior resultado para o mês de março desde 2004, quando houve recuo de 12,7%. No âmbito das unidades da federação, Goiás se posicionou com a 12ª pior taxa, na mesma métrica o resultado nacional foi de -5,7% (Gráfico 1).

 

Nos resultados de março/2016, apenas o estados de Minas Gerais apresentou variação positiva, 1,3%. As demais unidades da federação apresentaram queda, destacando-se as maiores nos estados do Amapá e Acre, com -22,1% e -16,7%, respectivamente.

 

 

 

 

Na comparação com ajuste sazonal, ou seja, na passagem de fevereiro/2016 para março/2016, com exceção do estado de Sergipe, todas as unidades da federação apresentaram queda em volume. Goiás apresentou queda (-1,2%) no mês em volume, após alta de 0,5% em fevereiro, o resultado de março foi abaixo da média nacional, e na receita nominal, apresentou taxa positiva, ficando acima da média nacional, Tabela 1.

 

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016

(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Março/2016

Brasil

Goiás

Volume de Vendas

-0,9

-1,2

Receita de Vendas

-0,4

0,1

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

 

Varejo Goiano Restrito

 

A tabela 2 mostra que no âmbito restrito o comércio varejista goiano, em volume, no mês de março de 2016 apresentou queda de 8,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior e que apenas o segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentou alta (0,9%). Os maiores recuos ocorreram em Livros, jornais, revistas e papelaria (-46,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-15,0%) e Móveis e eletrodomésticos (-14,4%).

 

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2016

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Jan/16

Fev/16

Mar/16

No

Ano

12

Meses

Jan/16

Fev/16

Mar/16

No

Ano

12

Meses

Comércio Varejista Geral

-10,6

-4,2

-5,7

-7,0

-5,8

-13,6

-7,1

-8,5

-9,9

-10,8

Combustíveis e lubrificantes

-13,8

-3,9

-10,1

-9,5

-7,5

-6,3

-3,7

-8,7

-6,3

-5,3

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-5,8

-1,4

-1,2

-2,8

-2,9

-9,3

-7,4

-4,9

-7,2

-10,5

Hipermercados e supermercados

-5,8

-1,3

-1,0

-2,8

-2,9

-9,5

-7,5

-5,0

-7,4

-10,7

Tecidos, vestuário e calçados

-12,9

-11,5

-14,1

-12,9

-10,6

-9,7

-11,7

-15,0

-12,1

-10,0

Móveis e eletrodomésticos

-24,7

-10,3

-13,8

-17,0

-16,6

-28,9

-9,2

-14,4

-18,7

-20,6

Móveis

-4,8

-15,8

-17,0

-12,2

-17,1

27,0

-5,0

-14,4

4,7

-16,1

Eletrodomésticos

-32,6

-7,8

-12,5

-19,1

-16,3

-45,9

-10,6

-14,4

-25,9

-22,0

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

-0,2

5,9

2,0

2,4

2,3

-3,5

5,7

0,9

0,9

0,1

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-13,0

-16,3

-16,2

-14,9

-13,2

-2,0

2,3

-11,5

-3,6

-9,3

Livros, jornais, revistas e papelaria

-24,9

-17,0

-8,9

-16,8

-9,9

-32,9

-33,8

-46,0

-38,1

-14,3

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

-14,8

-11,6

-11,9

-12,8

-6,0

-4,6

-8,3

-0,9

-4,3

1,3

Comércio varejista ampliado geral

-14,1

-5,6

-7,9

-9,4

-9,6

-21,8

-10,9

-14,0

-15,9

-16,7

Veículos, motocicletas, partes e peças

-21,3

-6,7

-11,1

-13,5

-17,6

-31,0

-12,3

-19,1

-21,6

-25,9

Material de construção

-18,0

-11,1

-14,6

-14,7

-10,9

-26,4

-22,9

-20,6

-23,3

-11,6

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016

 

 

Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou alta de 2,3% em março, Tabela 3. Ressalta-se que mesmo sendo uma taxa positiva, ainda em um cenário de inflação considerada elevada – em março o IPCA em 12 meses registrou elevação de 11,33%.

 

 

 

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Jan/16

Fev/16

Mar/16

No

Ano

12

Meses

Jan/16

Fev/16

Mar/16

No

Ano

12

Meses

Comércio Varejista Geral

0,8

7,3

6,2

4,7

3,1

-4,1

2,9

2,3

0,2

-2,9

Combustíveis e lubrificantes

5,7

10,6

3,3

6,4

6,1

7,6

10,5

6,1

8,0

6,0

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

6,8

12,1

12,7

10,5

7,5

2,7

4,1

7,5

4,8

0,3

Hipermercados e supermercados

6,6

11,9

12,8

10,4

7,3

2,2

3,7

7,0

4,3

-0,1

Tecidos, vestuário e calçados

-8,2

-5,8

-8,6

-7,6

-6,6

-6,9

-7,5

-10,6

-8,3

-6,8

Móveis e eletrodomésticos

-19,5

-5,7

-8,4

-11,9

-13,7

-24,3

-2,8

-8,0

-13,1

-17,8

Móveis

0,9

-11,8

-13,4

-7,8

-12,6

30,6

-1,8

-11,1

8,0

-12,9

Eletrodomésticos

-29,1

-2,3

-5,7

Governo na palma da mão

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