Comércio varejista cresce 4,1% em abril
Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE), analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), as vendas do comércio varejista goiano apresentaram recuperação no volume e na receita de vendas do comércio restrito, que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção, com taxas de 4,1% e 4,5%, respectivamente, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais (Tabela 1). Na mesma métrica, os indicadores para o varejo nacional cresceram 1,0% para o volume de vendas e 1,3% para a receita nominal.
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em abril/17 decréscimo nas vendas de 10,4%, em relação a igual mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a retração no volume de negócios em Goiás foi de 10,7%. Na mesma comparação, o varejo brasileiro recuou 0,4% em abril e em 12 meses -6,3%.
Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100 – (%) |
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Variação Mensal (%) |
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Brasil |
Goiás |
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fev/17 |
mar/17 |
abr/17 |
fev/17 |
mar/17 |
abr/17 |
Volume de Vendas |
-0,4 |
-1,2 |
1,0 |
1,6 |
-12,1 |
4,1 |
Receita de Vendas |
-0,6 |
-1,3 |
1,3 |
0,7 |
-13,1 |
4,5 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. |
Em abril/2017, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 10,3%. Nessa mesma comparação o desempenho do apurado para o varejo brasileiro cresceu 2,0%. Em abril 13 unidades da Federação apresentaram taxas positivas no volume de vendas do comércio, conforme descrito no Gráfico 1.
Varejo Goiano Restrito
Em termos de segmentos, a variação no volume de vendas, na comparação abr17/abr16, foi negativa para todos no comércio goiano . Com uma dinâmica de vendas associada ao nível de preços e renda da população, os resultados da atividade são influenciados, principalmente, pelo poder de compra do consumidor.
A maior queda foi registrada pelo segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com uma taxa de -30,1%, acumulando nos últimos doze meses -42,5%. Outro segmento com queda acentuada foi Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com sua demanda sensível ao nível de preços, de renda e emprego, o segmento recuou 11,6%, no acumulado dos últimos dozes meses, a taxa foi de -6,5%, abaixo da média do varejo goiano (9,5%).
Em Outros artigos de uso pessoal e doméstico houve recuo de 9,2% no volume de vendas sobre abril de 2016, e em termos de desempenho acumulado, os resultados foram de -7,0% no período dos últimos doze meses.
O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com -21,8% de variação do volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano. Essa atividade vem apresentando queda desde agosto de 2015, mesmo com os preços desse setor em trajetória declinante. No acumulado dos últimos doze meses, o setor atingiu 13,8% de recuo.
O volume de vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, apresentou queda de -4,9% em relação a abril de 2016. O segmento apresenta uma das menores taxas no acumulado dos últimos doze meses (-5,8%), abaixo da média do Estado (-9,5%). Vale destacar que, embora com caráter de uso essencial, esse setor registrou, em abril de 2017, a décima terceira taxa negativa consecutiva, mantendo-se em trajetória descendente desde abril de 2016, período que inicia os reajustes dos preços do setor. A taxa acumulada no ano, para o segmento, é de -5,1%.
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação no volume de vendas de -8,5% sobre abril de 2016, quarto resultado consecutivo negativo. Porém, as taxas acumuladas no ano, e em 12 meses, continuam maiores que a média global para o varejo: -13,3% e -11,6%, respectivamente. A Tabela 2 permite observar as taxas de variação do volume de vendas para o Brasil e Goiás, durante os meses de fevereiro a abril, além do acumulado no ano e nos últimos doze meses.
Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
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Brasil |
Goiás |
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Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
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No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
fev/17 |
mar/17 |
abr/17 |
fev/17 |
mar/17 |
abr/17 |
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Comércio Varejista Geral |
-3,7 |
-3,2 |
2,0 |
-1,5 |
-4,6 |
-7,1 |
-16,0 |
-10,3 |
-10,4 |
-9,5 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
-8,6 |
-2,3 |
-4,2 |
-5,2 |
-7,8 |
-21,6 |
-17,8 |
-21,8 |
-22,0 |
-13,8 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
-0,7 |
-7,0 |
3,5 |
-1,0 |
-2,4 |
0,5 |
-25,3 |
-11,6 |
-9,3 |
-6,5 |
|
Hipermercados e supermercados |
-0,2 |
-8,0 |
4,1 |
-0,9 |
-2,3 |
1,8 |
-26,3 |
-13,4 |
-9,4 |
-7,0 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
3,6 |
11,6 |
10,9 |
6,3 |
-5,9 |
1,2 |
1,9 |
-5,0 |
-2,8 |
-7,7 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
-6,0 |
10,5 |
-0,1 |
2,2 |
-7,0 |
-20,1 |
-0,3 |
-4,5 |
-9,1 |
-14,0 |
|
Móveis |
-25,3 |
-13,6 |
-5,1 |
-19,3 |
-14,2 |
-40,9 |
-18,3 |
-14,4 |
-35,9 |
-23,1 |
|
Eletrodomésticos |
-8,4 |
8,5 |
0,0 |
0,5 |
-7,4 |
-21,8 |
-3,7 |
-0,8 |
-5,1 |
-12,9 |
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
-5,1 |
-1,7 |
-3,2 |
-3,0 |
-3,5 |
-10,0 |
-1,6 |
-4,9 |
-5,1 |
-5,8 |
|
Livros, jornais, revistas e papelaria |
-7,0 |
5,2 |
-3,1 |
-4,8 |
-12,2 |
-17,3 |
-0,6 |
-8,5 |
-13,3 |
-11,6 |
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
-14,0 |
-12,3 |
4,5 |
-7,7 |
-9,4 |
-49,6 |
-35,8 |
-30,1 |
-40,7 |
-42,5 |
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
-7,7 |
-5,3 |
3,5 |
-3,1 |
-6,7 |
-7,9 |
-22,9 |
-9,2 |
-14,0 |
-7,0 |
|
Comércio varejista ampliado geral |
-4,8 |
-1,9 |
-0,4 |
-1,7 |
-6,3 |
-12,4 |
-13,3 |
-10,4 |
-11,8 |
-10,7 |
|
Veículos, motocicletas, partes e peças |
-15,1 |
-5,0 |
-12,0 |
-8,7 |
-12,6 |
-29,3 |
-15,5 |
-15,2 |
-22,1 |
-14,7 |
|
Material de construção |
-1,9 |
9,6 |
-1,3 |
2,9 |
-5,2 |
-7,2 |
2,8 |
-10,6 |
-3,2 |
-9,3 |
|
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio |
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Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017 |
Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 8,8% em abril de 2017, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses, a taxa ficou em -1,6%. Para o Brasil, a comparação abr17/ abr16, a taxa foi de 3,3%, e em doze meses, a taxa está positiva em 3,4%, conforme Tabela 3.
Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
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Brasil |
Goiás |
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Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
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fev/17 |
mar/17 |
abr/17 |
fev/17 |
mar/17 |
abr/17 |
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Comércio Varejista Geral |
-0,1 |
-1,1 |
3,3 |
1,5 |
3,4 |
-2,9 |
-14,4 |
-8,8 |
-7,1 |
-1,6 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
-8,1 |
-5,1 |
-8,0 |
-6,2 |
-2,7 |
-23,5 |
-22,3 |
-26,3 |
-23,4 |
-6,9 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
3,9 |
-3,8 |
6,6 |
3,2 |
7,3 |
4,1 |
-23,8 |
-9,8 |
-6,4 |
2,4 |
|
Hipermercados e supermercados |
4,8 |
-4,6 |