Comércio varejista cresce 2,5% em maio
Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE), analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), as vendas do comércio varejista goiano têm apresentado recuperação no volume e na receita do comércio restrito, que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção, com taxas de 2,5% e 2,9%, respectivamente, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais (Tabela 1). Na mesma métrica, o indicador para o varejo nacional foi de -0,1% para o volume de vendas e 0,2% para a receita nominal.
Em maio/2017, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 6,1%. Nessa mesma comparação, o desempenho do apurado para o varejo brasileiro cresceu 2,4%. Em maio, 21 unidades da Federação apresentaram taxas positivas no volume de vendas do comércio, conforme descrito no Gráfico 1.
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em maio/17 decréscimo nas vendas de 7,6%, em relação a igual mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a retração no volume de negócios em Goiás foi de 10,1%. Na mesma comparação, o varejo brasileiro avançou 4,5% em maio e, em 12 meses, -5,1%.
Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100 – (%) |
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Variação Mensal (%) |
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Brasil |
Goiás |
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mar/17 |
abr/17 |
mai/17 |
mar/17 |
abr/17 |
mai/17 |
Volume de Vendas |
-1,2 |
0,9 |
-0,1 |
-12,2 |
3,8 |
2,5 |
Receita de Vendas |
-1,4 |
1,3 |
0,2 |
-13,0 |
3,9 |
2,9 |
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017. |
Varejo Goiano Restrito
Em termos de segmentos, a variação no volume de vendas, na comparação mai17/mai16, foi negativa para a maior parte do comércio goiano. Com uma dinâmica de vendas associada ao nível de preços e renda da população, os resultados da atividade são influenciados, principalmente, pelo poder de compra do consumidor.
A maior queda foi registrada pelo segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com uma taxa de -24,9%, acumulando nos últimos doze meses -42,1%. Outro segmento com queda acentuada foi Combustíveis e lubrificantes que recuou 15,9%, acumulando nos últimos dozes meses taxa de -14,3%.
O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo sente o reflexo do desemprego e da diminuição da renda. Esse segmento apresentou em maio recuo de 13,8%, acumulando no ano uma taxa de -10,4%.
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação no volume de vendas de -5,6% sobre maio de 2016, quinto resultado consecutivo negativo. As taxas acumuladas no ano e em 12 meses continuam maiores que a média global para o varejo: -12,1% e -10,7%, respectivamente.
Em Outros artigos de uso pessoal e doméstico houve recuo de 5,3% no volume de vendas sobre maio de 2016. Nesse segmento, em termos de desempenho acumulado, os resultados foram de -6,2% no período dos últimos doze meses.
Por outro lado, o volume de vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentou crescimento de 16,7% na comparação com maio de 2016. O segmento tem um acumulado nos últimos doze meses de -3,9%, abaixo da média do Estado (-9,0%). Outro segmento com taxa positiva no mês de maio foi o de eletrodomésticos (16,0%).
A Tabela 2 permite observar as taxas de variação do volume de vendas para o Brasil e para Goiás, durante os meses de março a maio, além do acumulado no ano e nos últimos doze meses.
Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
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Brasil |
Goiás |
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Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
mar/17 |
abr/17 |
mai/17 |
mar/17 |
abr/17 |
mai/17 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
-3,2 |
1,7 |
2,4 |
-0,8 |
-3,6 |
-16,0 |
-10,9 |
-6,1 |
-9,7 |
-9,0 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
-2,3 |
-4,2 |
-0,8 |
-4,3 |
-7,0 |
-17,8 |
-21,9 |
-15,9 |
-20,8 |
-14,3 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
-7,0 |
3,0 |
0,0 |
-0,9 |
-2,0 |
-25,3 |
-13,0 |
-13,8 |
-10,4 |
-7,1 |
|
Hipermercados e supermercados |
-8,0 |
3,6 |
0,1 |
-0,8 |
-1,9 |
-26,3 |
-13,4 |
-13,6 |
-10,2 |
-7,4 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
11,6 |
10,9 |
5,1 |
6,0 |
-4,3 |
1,9 |
-5,2 |
-0,7 |
-2,3 |
-5,5 |
|
Móveis e eletrodomésticos |
10,5 |
-0,1 |
13,7 |
4,5 |
-4,7 |
-0,3 |
-4,5 |
11,0 |
-5,3 |
-11,4 |
|
Móveis |
-13,6 |
-5,0 |
2,0 |
-15,1 |
-13,1 |
-18,3 |
-14,4 |
-2,2 |
-30,3 |
-22,1 |
|
Eletrodomésticos |
8,5 |
0,0 |
16,9 |
3,8 |
-4,7 |
-3,7 |
-0,8 |
16,0 |
-0,9 |
-9,7 |
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos |
-1,7 |
-2,9 |
3,8 |
-1,5 |
-3,0 |
-1,6 |
-4,9 |
16,7 |
-0,7 |
-3,9 |
|
Livros, jornais, revistas e papelaria |
5,2 |
-3,3 |
-1,0 |
-4,3 |
-10,5 |
-0,6 |
-8,9 |
-5,6 |
-12,1 |
-10,7 |
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação |
-12,3 |
4,4 |
8,8 |
-4,6 |
-7,6 |
-35,8 |
-30,1 |
-24,9 |
-37,7 |
-42,1 |
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico |
-5,3 |
3,5 |
2,6 |
-2,0 |
-5,2 |
-22,9 |
-9,2 |
-5,3 |
-12,3 |
-6,2 |
|
Comércio varejista ampliado geral |
-1,9 |
-0,6 |
4,5 |
-0,5 |
-5,1 |
-13,3 |
-10,8 |
-7,6 |
-11,1 |
-10,1 |
|
Veículos, motocicletas, partes e peças |
-5,0 |
-12,1 |
4,6 |
-6,1 |
-11,2 |
-15,5 |
-15,0 |
-16,0 |
-20,8 |
-14,8 |
|
Material de construção |
9,6 |
-1,3 |
9,3 |
4,2 |
-3,6 |
2,8 |
-10,6 |
-0,8 |
-2,7 |
-7,4 |
|
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio |
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Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017 |
Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 5,3% em maio de 2017, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses, a taxa ficou em -1,8%. Para o Brasil, a comparação mai17/ mai16, a taxa foi de -3,2%; em doze meses, a taxa está positiva em 3,5%, conforme Tabela 3.
Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista (Base: Igual mês do ano anterior = 100) |
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Segmentos |
Variação (%) |
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Brasil |
Goiás |
||||||||||
Variação Mensal |
Acumulado |
Variação Mensal |
Acumulado |
||||||||
No Ano |
12 Meses |
No Ano |
12 Meses |
||||||||
mar/17 |
abr/17 |
mai/17 |
mar/17 |
abr/17 |
mai/17 |
||||||
Comércio Varejista Geral |
-1,1 |
3,1 |
3,2 |
1,8 |
3,5 |
-14,4 |
-9,6 |
-5,3 |
-6,9 |
-1,8 |
|
Combustíveis e lubrificantes |
-5,1 |
-8,0 |
-3,2 |
-5,6 |
-3,0 |
-22,3 |
-26,4 |
-17,7 |
-22,3 |
-8,9 |
|
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo |
-3,8 |
6,1 |
1,9 |
2,8 |
6,8 |
-23,8 |
-11,3 |
-13,1 |
-8,1 |
0,9 |
|
Hipermercados e supermercados |
-4,6 |
6,8 |
2,2 |
3,3 |
6,9 |
-24,6 |
-11,3 |
-12,4 |
-7,4 |
0,8 |
|
Tecidos, vestuário e calçados |
13,7 |
13,1 |
7,2 |
8,6 |
-0,5 |