Comércio varejista cresce 2,0% em junho


Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE), analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), as vendas do comércio varejista goiano têm apresentado recuperação no volume e na receita do comércio restrito, que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção, ambas com taxas de 2,0% na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais (Tabela 1). Na mesma métrica, o indicador para o varejo nacional foi de 1,2% para o volume de vendas e 0,8% para a receita nominal.

Em junho/2017, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 5,8%. Nessa mesma comparação, o desempenho do apurado para o varejo brasileiro cresceu 3,0%. Em junho,18 unidades da Federação apresentaram taxas positivas no volume de vendas do comércio, conforme descrito no Gráfico 1.

O comércio varejista ampliado goiano, que inclui o varejo restrito mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em junho/17 decréscimo nas vendas de 7,1%, em relação a igual mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a retração no volume de negócios em Goiás foi de 9,6%. Na mesma comparação, o varejo brasileiro avançou 4,3% em junho e, em 12 meses recuou 4,1%.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017

(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100 – (%)

 

Variação Mensal (%)

 

Brasil

Goiás

 

abr/17

mai/17

jun/17

abr/17

mai/17

jun/17

Volume de Vendas

1,1

0,2

1,2

3,8

1,6

2,0

Receita de Vendas

1,3

0,4

0,8

3,8

2,3

2,0

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

 

 

 

Varejo Goiano Restrito

Em termos de segmentos, a variação no volume de vendas, na comparação jun17/jun16, foi negativa para a maior parte do comércio goiano. Com uma dinâmica de vendas associada ao nível de preços e à renda da população, os resultados da atividade são influenciados, principalmente, pelo poder de compra do consumidor.

A maior queda foi registrada pelo segmento de Combustíveis e Lubrificantes, com uma taxa em junho de -18,5%, acumulando nos últimos doze meses -15,0%. Outro segmento com queda acentuada foi Livros, jornais, revistas e papelaria com taxa de -14,6%, com acumulado nos últimos dozes meses de -10,8%.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo sente o reflexo do desemprego e da diminuição da renda. Esse segmento apresentou, em maio, recuo de 12,5%, acumulando no ano uma taxa de -10,8%.

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou variação no volume de vendas de -5,0% sobre junho de 2016, quinto resultado consecutivo negativo. As taxas acumuladas no ano e em 12 meses continuam maiores que a média global para o varejo: -34,2% e -40,0%, respectivamente.

Em Outros artigos de uso pessoal e doméstico houve recuo de 4,0% no volume de vendas sobre junho de 2016. Nesse segmento, em termos de desempenho acumulado, os resultados foram de -5,9% no período dos últimos doze meses.

Por outro lado, o volume de vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentou uma queda de 0,2% na comparação com junho de 2016. O segmento nos últimos doze meses registra taxa de -4,8%, abaixo da média do Estado (-8,7%). Outro segmento com taxa positiva no mês de junho foi o de Móveis de eletrodomésticos (8,9%).

A Tabela 2 permite observar as taxas de variação do volume de vendas para o Brasil e para Goiás, durante os meses de abril, maio e junho, além do acumulado no ano e nos últimos doze meses.

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista 
(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12       Meses

No    Ano

12       Meses

 

abr/17

mai/17

jun/17

abr/17

mai/17

jun/17

 

Comércio Varejista Geral

1,7

2,6

3,0

-0,1

-3,0

-10,9

-7,2

-5,8

-9,2

-8,7

 

Combustíveis e lubrificantes

-4,2

-0,4

0,5

-3,4

-6,2

-21,9

-15,8

-18,5

-20,4

-15,0

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

3,0

0,0

0,8

-0,6

-1,8

-13,0

-13,8

-12,5

-10,8

-7,6

 

Hipermercados e supermercados

3,6

0,1

2,0

-0,3

-1,6

-13,4

-13,6

-12,6

-10,6

-7,9

 

Tecidos, vestuário e calçados

10,9

5,1

4,5

5,7

-3,6

-5,2

-0,6

8,9

-0,2

-3,7

 

Móveis e eletrodomésticos

-0,1

14,0

12,6

5,9

-3,0

-4,5

11,2

11,9

-2,7

-9,3

 

Móveis

-5,0

2,0

-0,4

-12,8

-12,2

-14,4

-2,1

9,5

-25,2

-20,4

 

Eletrodomésticos

0,0

17,2

16,8

5,9

-2,7

-0,8

16,0

13,9

1,4

-7,4

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

-2,9

3,5

3,0

-0,8

-2,6

-4,9

0,4

-0,2

-3,3

-4,8

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

-3,3

-0,8

1,2

-3,7

-9,3

-8,9

-5,6

-14,6

-12,4

-10,8

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

4,4

12,9

5,1

-2,4

-5,5

-30,1

-28,6

-5,0

-34,2

-40,0

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

3,5

3,0

4,2

-0,9

-4,3

-9,2

-5,4

-4,0

-10,9

-5,9

 

Comércio varejista ampliado geral

-0,6

4,9

4,3

0,3

-4,1

-10,8

-5,3

-7,1

-10,0

-9,6

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

-12,1

5,6

3,6

-4,4

-9,7

-15,0

-5,8

-7,4

-16,8

-13,7

 

Material de construção

-1,3

9,4

7,0

4,7

-2,2

-10,6

-0,8

-17,3

-5,4

-7,4

 

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio                                                                  

 

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017

 


 

Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 6,2% em junho de 2017, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos doze meses, a taxa ficou em -2,5%. Para o Brasil, a comparação jun17/ jun16, a taxa foi positiva em 2,4%; em doze meses, a taxa está em 3,2%, conforme Tabela 3.

 

 

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista 

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12    Meses

No    Ano

12       Meses

 

abr/17

mai/17

jun/17

abr/17

mai/17

jun/17

 

Comércio Varejista Geral

3,1

3,3

2,4

1,9

3,2

-9,6

-6,4

-6,2

-7,0

-2,5

 

Combustíveis e lubrificantes

-8,0

-2,6

-3,0

-5,1

-3,4

-26,4

-17,5

-19,4

-21,8

-11,0

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

6,1

1,9

0,9

2,5

5,9

-11,3

-13,1

-13,7

-9,0

-0,7

 

Hipermercados e supermercados

6,8

2,2

2,5

3,1

6,3

-11,3

-12,4

-13,5

-8,4

-0,7

 

Tecidos, vestuário e calçados

13,1

7,2

6,7

8,2

-0,1

Governo na palma da mão

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