Comércio goiano encolhe 0,8% em fevereiro.
Confirmando a tendência de esfriamento do final de 2008, as vendas do comércio varejista goiano encolheram 0,8% em fevereiro de 2009 em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em fevereiro as únicas atividades que contribuíram para desempenho positivo foram “Combustíveis e Lubrificantes” (6,6%) e “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos” (11,5%) e “Outros artigos de uso pessoal e doméstico” (35,1%). As demais atividades apresentaram decrescimento.
Atentando-se para a média móvel de 03 meses das vendas, percebe-se que o decrescimento é contínuo desde o segundo semestre de 2008. Essa desaceleração do comércio indica, entre outras influências, a desconfiança do consumidor no futuro da economia depois da anunciada crise mundial, bem como, diminuição de empregos na economia. Ainda, na média de 12 (doze) meses as vendas também apontam para um esfriamento, embora, ainda seja significativo o seu desempenho devido ao passado virtuoso das vendas. No acumulado em doze meses ela também acompanha a tendência de queda puxada pela situação conjuntural.
Com relação à receita nominal de vendas, houve crescimento de 4,5% em fevereiro de 2009, sendo três as atividades que apresentaram decrescimento: “Livros, jornais, revistas e papelaria” (-6,8%), ”Móveis e eletrodomésticos” (-8,7%) e “Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação” (-22,8%). O destaque positivo ficou por conta de artigos de uso pessoal e doméstico (41,4%). Na média móvel de 3 meses a receita de vendas também apresenta decréscimo. O efeito da queda nas vendas reflete-se também na receita. Da mesma maneira, a tendência de queda aparece na média de doze meses bem como no acumulado em doze meses.
O comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, apresentou decrescimento de 3,9% para o volume de vendas algo inédito para os últimos anos. O decrescimento para veículos, motocicletas, partes e peças foi de 5,5% (voltando a apresentar percentual negativo a exemplo de novembro e dezembro passados). O setor de materiais de construção também apresentou queda e foi de 14,7%. A receita nominal do comércio ampliado também decresceu, 2,5%. Porém, considerando-se os últimos 12 meses o crescimento do comércio ampliado ainda é razoável, 10,5%, muito embora esteja decrescendo devido ao efeito conjuntural.
Estado de Goiás e Brasil: Variação do Volume de Vendas no comércio varejista – fevereiro de 2009
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||||
Segmentos
|
Variação (%)
|
|||
Brasil
|
Goiás
|
|||
fev*
|
No ano
|
fev*
|
No ano
|
|
Comércio varejista geral
|
3,8
|
4,9
|
-0,8
|
1,0
|
Combustíveis e Lubrificantes
|
0,5
|
2,2
|
6,6
|
9,1
|
Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo
|
5,6
|
6,3
|
-2,3
|
-0,1
|
Hipermercados e Supermercados
|
5,3
|
6,0
|
-2,4
|
-0,2
|
Tecidos, vestuários e calçados
|
-6,9
|
-5,7
|
-1,5
|
1,3
|
Móveis e eletrodomésticos
|
-2,1
|
2,4
|
-8,7
|
-6,1
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos
|
12,0
|
10,4
|
11,5
|
9,6
|
Livros, jornais, revistas e papelaria
|
1,9
|
13,1
|
-9,9
|
-0,4
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
|
11,3
|
13,3
|
-16,6
|
-24,7
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
|
10,5
|
7,6
|
35,1
|
33,8
|
Comércio varejista ampliado geral
|
1,6
|
2,2
|
-3,9
|
-0,1
|
Veículos, motores, partes e peças
|
0,1
|
-0,1
|
-5,5
|
0,6
|
Material de construção
|
-12,8
|
-12,6
|
-14,7
|
-13,5
|
* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
|
|
|
|
|
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
|
Estado de Goiás e Brasil: Variação da Receita Nominal no comércio varejista – fevereiro de 2009
|
||||
Segmentos
|
Variação (%)
|
|||
Brasil
|
Goiás
|
|||
fev*
|
No ano
|
fev*
|
No ano
|
|
Comércio varejista geral
|
10,1
|
11,0
|
4,5
|
6,5
|
Combustíveis e Lubrificantes
|
3,4
|
4,2
|
9,6
|
11,3
|
Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo
|
14,5
|
15,5
|
6,4
|
9,1
|
Hipermercados e Supermercados
|
14,2
|
15,2
|
6,3
|
8,9
|
Tecidos, vestuários e calçados
|
0,0
|
1,2
|
3,4
|
8,1
|
Móveis e eletrodomésticos
|
-2,7
|
1,6
|
-8,7
|
-5,8
|
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos
|
17,0
|
15,3
|
16,2
|
13,6
|
Livros, jornais, revistas e papelaria
|
4,9
|
16,2
|
-6,8
|
3,4
|
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
|
4,1
|
4,5
|
-22,8
|
-28,5
|
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
|
20,0
|
16,3
|
41,4
|
40,2
|
Comércio varejista ampliado geral
|
4,5
|
5,3
|
-2,5
|
1,5
|
Veículos, motores, partes e peças
|
-4,3
|
-4,0
|
-9,3
|
-3,1
|
Material de construção
|
-0,6
|
-0,4
|
-3,0
|
-1,7
|
* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
|
||||
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
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Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Marcos Fernando Arriel