No
acumulado do ano o comércio varejista goiano cresceu 11,7% em comparação com
igual período do ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do
IBGE. No mês de maio o crescimento foi de 15,8%, também em relação ao mesmo
período do ano anterior. Os destaques do mês foram: “equipamentos e
materiais para escritório, informática e comunicação†(42,9%), seguido por
“outros artigos de uso pessoal e doméstico†(22,9%) e “móveis e
eletrodomésticos†que cresceu 22,8%. Considerando informações do comércio
ampliado tanto veículos, motores, partes e peças (25,9%) quanto material de
construção (6,3%) apresentam crescimento expressivo. O comércio varejista
registrou, além dos 15,8% nas vendas, crescimento de 20,6% na receita nominal.

Cabe
observação, ainda, que o desempenho negativo do mês anterior no setor
“hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo†de 4%
foi recuperado em maio com crescimento de 9,9%. Mesma situação quando se
considera somente “hipermercados e supermercados†com crescimento de 10,3%.
Essa situação conjuntural de descida e subida nos percentuais reflete o
comportamento do consumidor na hora de ir às compras.

Atentando-se
para a média móvel de 03 meses, percebe-se um salto conjuntural no crescimento
(gráficos abaixo). Também, na média de 12 (doze) meses e para o acumulado em
doze meses, a variável volume de vendas e receita de vendas apresenta retomada
de crescimento e ainda apresenta tendência de crescimento a partir do início
do ano de 2008. Percebe-se, também, que o crescimento conjuntural (móvel de 3
meses) menor no mês de janeiro, recupera-se nos meses seguintes, retomando a média
do segundo semestre de 2007. Esse crescimento nas vendas juntamente com a
receita do comércio confirma a pressão sobre os preços divulgados pelos índices
de inflação.

Para
o comércio varejista ampliado, que considera a venda de veículos, motos,
partes e peças, o crescimento no volume de vendas foi de 19,3% e na receita
nominal, 28%. O desempenho positivo do comércio ampliado continua refletindo o
alongamento dos prazos com prestações mais acessíveis, facilitando o
endividamento, principalmente para o setor veículos, motos, partes e peças e móveis
e eletrodomésticos, destaques quase que contínuos. O crescimento da economia
está fortemente ligado a oferta de crédito que se situa ao redor de 35% do PIB
e com previsão de alguns analistas de chegar a 40% no fim do ano.

Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Marcos Fernando Arriel