Avanço da produção industrial goiana é o maior do Brasil


De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial em Goiás no mês de maio, frente ao mês de abril desse ano, na série com ajuste sazonal, avançou 15,0%, sendo esta a maior taxa registrada no Brasil entre todos os quatorze locais pesquisados pelo instituto. Ainda na série livre de efeitos sazonais, a segunda maior taxa positiva de variação na indústria foi de 4,5%, alcançada pelo Estado da Bahia. O estado do Amazonas ocupou o terceiro lugar, com taxa de 3,9%.
 
Tabela 1
Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Maio de 2011
 
Locais
Variação (%)
Maio/Abril*
Maio 11/Maio 10
Acumulado no Ano
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Brasil
1,3
2,7
1,8
4,5
Nordeste
1,1
-4,6
-5,9
-0,2
Amazonas
3,9
7,6
0,4
5,1
Pará
2,7
7,0
0,2
5,2
Ceará
1,6
-10,9
-9,8
-1,5
Pernambuco
0,8
-4,1
-5,2
1,0
Bahia
4,5
-2,3
-6,7
-2,0
Minas Gerais
0,7
0,6
2,5
6,5
Espírito Santo
-0,3
18,8
13,4
13,8
Rio de Janeiro
-1,8
0,8
3,5
5,3
São Paulo
1,9
3,9
2,6
4,7
Paraná
3,6
-5,9
1,6
8,3
Santa Catarina
-2,4
-9,8
-3,8
-0,4
Rio Grande do Sul
0,4
5,7
2,3
3,0
Goiás
15,0
9,8
-0,8
6,6
                          Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
                       * Ajustado sazonalmente
 
Analisando o comportamento da média móvel em relação ao índice de base fixa, observa-se que este último esteve abaixo da média móvel em janeiro deste ano, recuperando-se nos meses de fevereiro e março e voltando a recuar em abril. Já no mês de maio, o índice de base fixa distanciou-se da média móvel, variando 15%.
 
Gráfico 1
Produção Industrial – Goiás
Índices de Base Fixa (2002=100)
Série com Ajuste Sazonal

            Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
 
No confronto entre maio de 2011 e maio de 2010, a indústria goiana também apresentou crescimento acima da média nacional (2,7%), com variação de 9,8%, o primeiro resultado positivo do ano. Esse resultado se deve, em grande parte, ao bom desempenho do setor de produtos químicos que vem se destacando na indústria goiana e registrou, para essa mesma comparação, crescimento de 48,3% impulsionado, principalmente, pela fabricação de medicamentos e adubos e fertilizantes. A indústria extrativa e o setor de minerais não metálicos também apresentaram variação positiva de 9,7% e 1,2%, respectivamente, sobretudo pelo aumento na produção de amianto, no primeiro segmento, e cimento “Portland” e massa de concreto, no segundo.
No índice acumulado para os cinco primeiros meses do ano, frente a igual período do ano anterior, o Estado registrou resultado negativo de -0,8% para a indústria. Os setores que contribuíram para a negatividade dessa taxa foram: Metalurgia básica (-9,8%); Alimentos e bebidas (-5,7%), com queda na produção de maionese, óleo de soja refinado e leite em pó; e minerais não metálicos (-2,6%). Por outro lado, a indústria extrativa (2,2%) e o setor de produtos químicos (14,5%) apresentaram taxas de variação positiva.
Para o índice acumulado nos últimos doze meses, a indústria se manteve com resultado positivo (6,6%), no entanto, esse número mostra nitidamente uma redução no ritmo de crescimento, que se iniciou no mês de janeiro (15,5%) e se estendeu por fevereiro (12,5%), março (10,4%) e abril (7,5%) formando uma série decrescente. O setor que muito tem favorecido esse comportamento é o setor de metalurgia básica, que apresentou taxa de -15,6% no mês de maio. Em contrapartida, o setor de produtos químicos destacou-se com expansão de 26,0%, o que colaborou para manter a taxa global positiva, apesar da baixa.
 
Tabela 2
Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – maio/2011
(Base: Igual período do ano anterior =100)
                                                                                                                                                                   (%)
Segmentos
Mensal
Acumulado no ano
Últimos 12 meses
Indústria geral
9,8
-0,9
6,6
– Indústria extrativa
9,7
2,2
4,7
– Indústria de transformação
9,8
-1,1
6,8
     . Alimentos e bebidas
-1,5
-5,7
3,1
      . Produtos químicos
48,3
14,5
26,0
      . Minerais não metálicos
1,2
-2,6
5,1
      . Metalurgia básica
-10,5
-9,8
-15,6
              Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
 
Nos primeiros cinco meses de 2010, período em que a indústria goiana esteve em expansão, a média de crescimento foi de 25,9% na comparação com mesmo período de 2009. Porém, desde janeiro de 2011, o setor vem apresentando taxas negativas para diversos tipos de índice, chegando a registrar queda de -9,8% em abril no confronto com mesmo mês do ano anterior. Apesar disso, no mês de maio, as taxas de crescimento para a indústria em Goiás voltaram a registrar aumentos indicando, possivelmente, o início de uma recuperação.
 
 
 
 Equipe de Conjuntura da Segplan:
 Dinamar Ferreira Marques
 Eduiges Romanatto
 Fernanda Cristina Gomide Pereira
 Marcos Fernando Arriel
 Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
 
 
 
 
 
 

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