Análise da educação em Goiás segundo a Pnad Contínua – 1º Trimestre de 2017

 

 

 

Desde 2012, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE realiza e divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PnadC, de forma trimestral. O foco da pesquisa é o mercado de trabalho, entretanto há informações que possibilitam diagnósticos em outras áreas, como o caso da educação.

 

 

Nesse sentido, o Instituto Mauro Borges, a partir do 4º trimestre de 2016, passou a analisar os dados da PnadC no tocante à educação (a análise do mercado de trabalho pela PnadC já é feita desde 2015). É preciso salientar que as informações educacionais disponibilizadas até o presente momento abarcam a população com cinco anos ou mais de idade, não permitindo, portanto, alcançar as informações relacionadas às etapas da educação infantil.

 

 

Neste trabalho, faz-se um diagnóstico da educação no primeiro trimestre de 2017 comparando-o aos primeiros trimestres de cada ano desde 2012. Assim, tem-se um quadro mais preciso da evolução nessa área, levando em conta a sazonalidade que ocorre durante o ano.

 

 

 

 

Analfabetismo

 

 

A taxa de analfabetismo vem decrescendo desde 2013, quando apresentou sua maior taxa nos anos analisados, 7,6%. Em 2017 o percentual de analfabetos com 15 anos ou mais ficou em 5,9%, mostrando um avanço do estado nesse quesito (Gráfico 1). Contudo, os avanços podem ser ainda mais consistentes se ações forem focadas nos segmentos em que o analfabetismo está concentrado, como mostram os gráficos 2 e 3.

 

 

 

 

 

 

 

 

A separação por quintis de renda domiciliar é interessante para o exame de qual a classe social mais afetada pela falta de escolarização. Os quintis são a separação da população em partes iguais, neste caso cinco partes iguais. Assim, o 1º quintil compreende os 20% mais pobres e o 5º quintil os 20% mais ricos. Pelo Gráfico 2, percebe-se que a maioria dos analfabetos em Goiás pertence à parcela da população situada entre 20% mais pobres, representando 50,4% no primeiro trimestre do ano, enquanto que os 20% mais ricos são os que tem a menor taxa, chegando a apenas 1,7% dos analfabetos.

 

 

 

 

 

 

             

 

 

O Gráfico 3 nos apresenta a taxa de analfabetismo por faixa etária, demonstrando as diferenças existentes entre as idades. Desde 2012 a maioria dos analfabetos possuem 55 anos ou mais, no primeiro trimestre de 2017 a taxa chegou ao seu máximo de 71,66%, enquanto que, no mesmo período, a população que possuía de 15 a 24 anos ficou com 1,2% de analfabetos. Tal fato atesta que o analfabetismo de dá por questões educacionais pregressas, urgindo-se, portanto, ações focalizadas na população de idades avançadas que, em sua maioria, está fora do ciclo escolar.

 

 

 

 

 

 

 

 

Corroborando com a análise anterior, nota-se que a alfabetização da população de 8 a 14 anos apresenta índices elevados. Porém, desde 2014, quanto alcançou 99%, a taxa vem sofrendo rendimentos decrescentes, chegando a 98,5% no primeiro trimestre de 2017. Apesar de a queda ser pouco representativa, faz-se necessário o acompanhamento para que não siga a tendência de baixa.

 

 

 

 

 

 

Frequência Escolar

 

 

O Gráfico 5 mostra percentual das crianças de 6 a 10 anos que estão frequentando a escola em Goiás. Tal faixa etária idade seria aquela que, idealmente, estaria matriculada nos anos iniciais do ensino fundamental. O período analisado vem mostrando boas taxas e com crescimento sequencial, no primeiro trimestre de 2012 a taxa, a menor do período, ficou em 97,9%, já no primeiro trimestre de 2017 se estabeleceu em 99,3%, resultado inferior apenas ao primeiro trimestre de 2015.

 

 

 

 

 

 

             

 

 

O mesmo comportamento é observado para o grupo de 11 a 14 anos, correspondente à idade dos anos finais do ensino fundamental: depois da menor taxa do período em 2013, a frequência cresceu, atingindo seu máximo no primeiro trimestre de 2016, com 99,5% e se estabilizando no primeiro trimestre de 2017, em que ficou com 99,2%.

 

 

 

 

             

 

 

A taxa de frequência escolar para os adolescentes de 15 a 17 anos, idade idealizada para o ensino médio, apresenta comportamento oscilante no período. Pelo Gráfico 10 percebe-se que a taxa de 2017 decaiu mais de dois pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2016 (melhor resultado do período); além disso, os desníveis nos primeiros trimestres dos anos analisados são significativos, podendo ser devido às oscilações na própria sociedade que impelem à troca da escola pelo trabalho. Ressalta-se, que a apesar da queda em 2017, os três primeiros meses desse ano apresentam taxa maior que as dos anos de 2013, 2014 e 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

Ensino Superior

 

 

O percentual da população com ensino superior em Goiás teve seu crescimento registrado até o ano de 2016 quando chegou a 9,8%. No primeiro trimestre de 2017 houve uma queda acentuada da taxa, ficando em 7,4% da população total. Na análise desse percentual utilizando apenas a população que possui idade com 24 anos ou mais, a taxa do primeiro trimestre de 2017 sobe para 10,7%.

 

 

 

 

 

 

             

 

 

Fica claro no Gráfico 9 que a maioria das pessoas com ensino superior completo é de mulheres: no primeiro trimestre de 2012 a taxa feminina ultrapassa os 60% enquanto a masculina fica 37,7%; já no primeiro trimestre de 2017, a menor nessa analise, a porcentagem de mulheres com graduação fica 58,3% e a masculina 41,7%, mesmo assim longe de um equilíbrio entre os gêneros.

 

 

 

 

 

 

             

 

 

Por outro lado, a porcentagem da população com mestrado ou doutorado apresenta maior equidade entre os sexos. Inclusive, nos trimestres de 2013 e 2017, o número de homens com pós-graduação strito sensu supera o de mulheres.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Responsáveis Técnicos

 

 

Késsia Cristina Pereira Coelho

 

 

Rui Rocha Gomes

 

 

 

 

Governo na palma da mão

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