Em virtude da crise financeira internacional que atingiu a economia brasileira no ano de 2009, voltando a recuperar no ano seguinte. No Brasil, a recuperação foi marcada pela retomada do crescimento econômico, puxada, principalmente, pelo mercado interno, não só por conta do crescimento da massa salarial e do emprego, mas também pelas medidas de política econômica de recuperação do crédito e de desoneração fiscal, que impulsionaram setores com forte encadeamento industrial.

A partir do ano de 2007, O IBGE passou a divulgar uma nova série de dados da PIA- Empresa, utilizando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0), com isso, substituiu-se a estrutura usada anteriormente e melhorou a comparabilidade internacional.

Os resultados gerais da Pesquisa Industrial Anual Empresa (PIA-Empresa), para Goiás, referente aos anos de 2007 a 2010, descrevem as informações associadas ao total de empresas, pessoal ocupado, média de pessoal por empresa, receita líquida de vendas, gastos com pessoal, custos e despesas.

Em um cenário de retomada do crescimento econômico mundial, a partir de 2010, Goiás expandiu o número de empresas industriais, houve uma expansão de 881 empresas de 2007 para 2010 e de 159 empresas de 2009 para 2010. A média de pessoal ocupado por empresa também expandiu, de 32,1 pessoas em 2007, para 35,8 pessoas em 2010. O valor da transformação industrial, que corresponde à diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações industriais, cresceu nominalmente 15,4% de 2009 para 2010. No entanto, os gastos com pessoal registraram elevação de 18,4%, conforme tabela abaixo.

Com base nos dados da pesquisa, em 2010 comparado a 2009, verifica-se que o estado com maior concentração industrial, São Paulo, teve sua participação reduzida no número de pessoal ocupado, no número de empresas e no valor do valor da transformação industrial (VTI). Os demais estados com relevância na indústria, principalmente, da região Sudeste e Sul, também tiveram sua participação reduzida no pessoal ocupado, exceto Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em relação ao número de unidades locais, destaque para a maior participação nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul entre 2009 e 2010. No tocante ao valor da transformação industrial – VTI, Minas Gerais e Pará foram os Estados que mais ganharam participação.

 São Paulo é o estado que tem maior peso em relação à variável pessoal ocupado no país, no ano de 2010 detinha 35,10% de pessoas ocupadas na atividade industrial, ante 35,42% em 2009, com uma perda de 0,32 ponto percentual. Em termos de unidades locais, em 2009 participava com 31,76% e em 2010 caiu para 30,47%, perda de 1,29 pontos percentuais. O VTI da indústria paulista reduziu sua participação, em 2009 representava 37,89%, passando para 36,16% em 2010, com redução de 1,74 pontos percentuais.

O estado de Goiás obteve ganho de participação em pessoal ocupado, em 2009 tinha 197.211 pessoas ocupadas na atividade industrial, passando para 217.522 em 2010, o que representou 2,75% da indústria brasileira. As unidades locais em Goiás, em 2009 participavam com 3,19% e em 2010 passou para 3,21%, com ganho de 0,02 ponto percentual. Com referência ao valor do VTI registrou queda, em 2009 representava 2,29%, passando para 2,16% em 2010, recuo de 0,13 ponto percentual.