Pesquisa Anual do Comércio 2015


Os resultados da PAC, em 2015, apontaram que no Brasil havia 1,7 milhões de unidades locais com receita de revenda, as quais geraram R$ 3,4 trilhões de receita bruta, com uma margem de comercialização de R$ 727,4 bilhões e 10,3 milhões de pessoas ocupadas no comércio. Na comparação entre 2014 e 2015, os resultados do comércio no País retratam o cenário de crise econômica, com redução de 1,7% e de 3,9% no número de unidades locais com receita de vendas e de pessoas ocupadas, respectivamente. No Centro-Oeste, esse resultado foi ainda pior, com retração de 2,3% no número de unidades locais e de 4,0% no número de pessoas ocupadas. Goiás foi o único Estado do Centro-Oeste que obteve resultados positivos nesses dois indicadores. Apesar disso, não se verificou crescimento nos indicadores de receita bruta de revenda de mercadorias e margem de comercialização, que apresentaram queda de 0,7% e de 5,1%, respectivamente, em Goiás. Esse resultado ruim foi puxado, sobretudo, pelo segmento de veículos, peças e motocicletas, que é um segmento fortemente influenciado pela renda e pelo crédito. Soma-se a essa conjuntura, a retirada da isenção do IPI que afetou diretamente esse segmento comercial no País.

Quadro 1 – Empresas comerciais Brasil e Região Centro-Oeste: número de unidades locais e pessoal ocupado 2014 – 2015

Localidade

Unidades locais com receita de revenda

Pessoas ocupadas 31/12

2014

2015

Var (%)

2014

2015

Var(%)

Absoluto

%

Absoluto

%

Absoluto

%

Absoluto

%

Brasil

1.735.052

100,0

1.705.144

100,0

-1,7

10.687.323

100,0

10.275.271

100,0

-3,9

Região Centro-Oeste

140.339

8,1

137.047

8,0

-2,3

893.178

8,4

857.338

8,3

-4,0

Mato Grosso do Sul

22.394

1,3

21.024

1,2

-6,1

142.765

1,3

129.737

1,3

-9,1

Mato Grosso

29.385

1,7

26.572

1,6

-9,6

213.374

2,0

195.198

1,9

-8,5

Goiás

61.651

3,6

64.952

3,8

5,4

339.155

3,2

345.902

3,4

2,0

Distrito Federal

26.909

1,6

24.499

1,4

-9,0

197.884

1,9

186.501

1,8

-5,8

Fonte: IBGE.

Elaboração: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

Quadro 2 – Empresas comerciais Brasil e Região Centro-Oeste: receita bruta de revenda e margem de comercialização 2014 – 2015

Localidade

Receita bruta de revenda de mercadorias

Margem de comercialização em empresas comerciais

2014

2015

Var(%)

2014

2015

Var(%)

Mil (R$)

%

Mil (R$)

%

Mil (R$)

%

Mil (R$)

%

Brasil

3.269.353.849

100,0

3.432.728.867

100,0

5,0

684.703.056

100

727.445.088

100,0

6,2

Região Centro-Oeste

318.182.084

9,7

330.768.423

9,6

4,0

62.890.605

9,2

64.925.968

8,9

3,2

Mato Grosso do Sul

49.169.963

1,5

53.715.804

1,6

9,2

9.118.306

1,3

10.252.640

1,4

12,4

Mato Grosso

95.081.559

2,9

101.826.060

3,0

7,1

16.737.899

2,4

18.507.239

2,5

10,6

Goiás

112.169.476

3,4

111.393.180

3,2

-0,7

23.330.613

3,4

22.132.791

3,0

-5,1

Distrito Federal

61.761.086

1,9

63.833.379

1,9

3,4

13.703.787

2,0

14.033.298

1,9

2,4

 

Fonte: IBGE.

Elaboração: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

Quadro 3 – Empresas comerciais Brasil e Região Centro-Oeste: gastos com salários 2014 – 2015

Localidade

Gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais

2014

2015

 

Mil (R$)

%

Mil (R$)

%

Var(%)

Brasil

192.097.982

100,0

206.333.996

100,0

14,6

Região Centro-Oeste

15.011.754

7,8

15.924.922

7,7

14,4

Mato Grosso do Sul

2.387.535

1,2

2.430.089

1,2

13,8

Mato Grosso

3.906.035

2,0

4.052.364

2,0

19,3

Goiás

5.406.545

2,8

6.113.458

3,0

13

Distrito Federal

3.311.639

1,7

3.329.011

1,6

11,8

 

Fonte: IBGE.

Elaboração: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

PAC Goiás

Em Goiás, a PAC 2015 estimou 64,9 mil unidades locais, as quais geraram R$ 111,4 bilhões de receita bruta, com uma margem de comercialização de 22,1 bilhões e 345,9 mil pessoas ocupadas. Apesar de a receita bruta e de a margem de comercialização terem sido menores em 2015 em comparação a 2014, verificou-se aumento do número de unidades locais e do número de pessoas ocupadas.

Embora tenha se verificado redução da margem de comercialização no comércio de atacado, esse segmento foi o que apresentou os melhores indicadores para o comércio goiano, com crescimento de 6,2% na receita bruta e de 10,2% no pessoal ocupado. Outrossim, foi o segmento com maior participação no total de receita bruta de revenda no comércio goiano (47,3%).

Em relação ao segmento de veículos, peças e motocicletas foi o que obteve os piores indicadores, sobretudo, na receita bruta e na margem de comercialização. Ademais, houve redução de 1.860 pessoas ocupadas nessa atividade. Esse resultado é reflexo da conjuntura econômica do País, que afeta fortemente esse segmento em Goiás.

Em relação ao comércio varejista, apesar de ter perdido participação no total de receita bruta de revenda no comércio goiano, observou-se a manutenção de participação em relação ao número de unidades locais (77,3%) e de pessoal ocupado (68,3%).  Dessa forma, o segmento varejista continua a ser o mais importante gerador de postos de trabalho no comércio goiano, com 236,4 mil pessoas ocupadas, em 2015.

 

Quadro 4 – Estado de Goiás: Dados gerais das empresas comerciais 2014-2015

Divisão de comércio

Número de unidades locais com receita de revenda (Unidades)

Pessoal ocupado em 31/12 em empresas comerciais (Pessoas)

Gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais (Mil R$)

Margem de comercialização em empresas comerciais (Mil R$)

Receita bruta de revenda de mercadorias (Mil R$)

2014

2015

Var(%)

2014

2015

Var(%)

2014

2015

Var(%)

2014

2015

Var(%)

2014

2015

Var(%)

Total

61.651

64.952

5,4

339.155

345.902

2,0

5.406.545

6.113.458

13,1

23.330.613

22.132.791

-5,1

112.169.476

111.393.180

-0,7

Comércio de veículos, peças e motocicletas

7.909

6.858

Governo na palma da mão

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