Margem de comercialização do comércio goiano cresceu 28,0% em 2011.


A Pesquisa Anual do Comércio (PAC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a consolidação dos dados referente ao desempenho do segmento formal do comércio brasileiro. A pesquisa é relevante para a compreensão da dinâmica do comércio sob a perspectiva da oferta, uma vez que o setor emprega uma parcela expressiva da população e contribui em grande medida na composição do Produto Interno Bruto – PIB.

O setor comercial abrange os segmentos de: veículos automotores, peças e motocicletas; comércio por atacado e comércio varejista. O segmento atacadista funciona como distribuidor ou intermediário no processo produtivo, revendendo a varejistas, estabelecimentos agropecuários, cooperativas e agentes produtores em geral (empresariais e institucionais). É formado por empresas de maior porte. Já o comércio varejista caracteriza-se por um elevado número de estabelecimentos, a maioria de pequeno porte em termos de número de pessoal ocupado, cujas vendas são destinadas ao consumo das famílias. Já o comércio de veículos, peças e motocicletas é composto tanto por empresas atacadistas, como varejistas.

Os resultados da PAC, em 2011, apontaram que no Brasil havia 1,683 milhão de unidades locais, as quais geraram R$ 2,3 trilhões de receita bruta, com uma margem de comercialização de R$ 463,3 bilhões e ocuparam 9,8 milhões de pessoas. (Tabela 1 ). Quanto ao desembolso com salários da atividade comercial brasileira, em 2011, foi de R$ 130,2 bilhões, ante R$ 110,2 bilhões de 2010, aumento nominal de 18,1%.

 

Tabela 1 – Empresas comerciais Brasil e Região Centro-Oeste:

Número de unidades locais e pessoal ocupado 2010 – 2011

Localidade

Número de unidades locais com receita de revenda

Pessoal ocupado em 31/12 em empresas comerciais

2010

2011

2010

2011

Unidades

%

Unidades

%

Pessoas

%

Pessoas

%

Brasil

1.603.368

100

1.683.068

100

9.141.766

100

9.795.861

100

Região Centro-Oeste

134.630

8,4

134.297

8,0

792.132

8,7

835.732

8,5

Mato Grosso do Sul

20.120

1,3

20.833

1,2

113.178

1,2

129.295

1,3

Mato Grosso

27.557

1,7

27.334

1,6

174.909

1,9

187.205

1,9

Goiás

58.995

3,7

59.011

3,5

300.134

3,3

318.205

3,2

Distrito Federal

27.958

1,7

27.119

1,6

203.911

2,2

201.027

2,1

Fonte: IBGE – Pesquisa Anual de Comércio

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2013.

 

Tabela 2 – Empresas comerciais Brasil e Região Centro-Oeste:

Receita bruta de revenda e margem de comercialização 2010 – 2011

Localidade

Receita bruta de revenda de mercadorias

Margem de comercialização em empresas comerciais

2010

2011

2010

2011

Mil Reais

%

Mil Reais

%

Mil Reais

%

Mil Reais

%

Brasil

2.001.027.419

100

2.350.478.852

100

386.036.041

100

463.283.928

100,00

Região Centro-Oeste

181.993.026

9,1

216.377.574

9,2

33.600.446

8,7

41.355.518

8,93

Mato Grosso do Sul

28.659.926

1,4

32.996.498

1,4

4.938.917

1,3

5.779.891

1,25

Mato Grosso

42.914.100

2,1

53.867.902

2,3

7.999.723

2,1

10.615.656

2,29

Goiás

66.443.675

3,3

78.939.727

3,4

11.205.770

2,9

14.343.223

3,10

Distrito Federal

43.975.325

2,2

50.573.447

2,2

9.456.036

2,4

10.616.748

2,29

Fonte: IBGE – Pesquisa Anual de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2013.

 

 

Tabela 3 – Empresas comerciais Brasil e Região Centro-Oeste:

Gastos com Salários 2010 – 2011

Localidade

Gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais

2010

2011

 Gasto (Mil Reais)

%

 Gasto (Mil Reais)

%

Brasil

110.171.434

100

130.205.016

100

Região Centro-Oeste

8.763.752

8,0

10.284.939

7,9

Mato Grosso do Sul

1.260.047

1,1

1.621.544

1,2

Mato Grosso

2.004.762

1,8

2.474.012

1,9

Goiás

3.270.062

3,0

3.548.715

2,7

Distrito Federal

2.228.881

2,0

2.640.668

2,0

Fonte: IBGE – Pesquisa Anual de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2013.

 


PAC Goiás 2011


A Pesquisa Anual de Comércio – PAC tem por objetivo descrever as características estruturais básicas do segmento empresarial do comércio atacadista e varejista no País, bem como o comportamento deste segmento em cada Unidade da Federação, acompanhando suas transformações no tempo. Integra o âmbito da PAC as empresas que têm a revenda de mercadorias como principal atividade e estão classificadas em comércio. A pesquisa
analisou três segmentos de atividades no ano de 2011: O comércio por atacado, o comércio varejista e o comércio de veículos, peças e motocicletas.

Os resultados da PAC para Goiás apontaram que, em 2011, havia 59.011 unidades locais, atuando nas atividades comerciais, que obtiveram R$ 78,9 bilhões de receita bruta. Essas empresas ocuparam 318.205 pessoas, cujos salários, retiradas e outras remunerações resultaram em R$ 3,5 bilhões. Em termos de representatividade, o estado de Goiás participou com 3,5% do quantitativo de empresas comercias do País e 43,9% da região Centro-Oeste. Ainda na mesma comparação, a pesquisa apurou que em termos de unidades locais, o número para Goiás permaneceu praticamente o mesmo, o único segmento que apresentou desempenho positivo foi o varejista (1,2%) (Tabela 5).

O número de pessoal ocupado no comércio em Goiás em 2011 apresentou taxa de crescimento de 6,0%, na comparação com 2010, abaixo da taxa registrada para o Brasil, 7,2%. Naquele ano o total de pessoas ocupadas no setor foi de 318.205, que receberam R$ 3,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Em termos de participação, o estado de Goiás representou 3,2% da mão de obra do País e 38,1% da região Centro-Oeste. Ainda na mesma comparação, a pesquisa apontou que, o comércio de veículos, peças e motocicletas apresentou o melhor desempenho entre os três segmentos (12,7%), seguido pelo comércio atacadista (8,9%) e comércio varejista, 4,1%, Tabela 5.

Em 2011, a maior variação de margem de comercialização1 foi obtida pelo comércio varejista, 33,2%, o que significa que as atividades deste segmento, em geral caracterizado por apresentar um reduzido volume de vendas por empresa, obtiveram maior retorno relativo por unidade comercializada (Tabela 5). O comércio por atacado apresentou taxa de 29,5% e o comércio de veículos, peças e motocicletas, 5,8%. Em conjunto, as atividades do comércio obtiveram taxa de margem de comercialização de 28,0%.

Os resultados da pesquisa anual do comércio para o ano de 2011 mostraram que o estado de Goiás apresentou crescimento na receita bruta de revenda e na margem de comercialização superior a média nacional. Por outro lado, o comércio goiano ficou estável em número de unidades locais, enquanto que no Brasil expandiu 5,0%. Na variável pessoal ocupado, Goiás expandiu 6,0% e o Brasil 7,2%.  Quanto à margem de comercialização por segmento, o comércio varejista apresentou o melhor desempenho entre os segmentos, 33,2%. Em termos de pessoal ocupado, sobressaiu o segmento de comércio de veículos, peças e motocicletas 12,7% e quanto à receita bruta, o resultado apresentou-se favorável para os três segmentos, conforme Tabela 5.

 

 

Tabela 4- Estado de Goiás: Dados gerais das empresas comerciais 2010-2011

Divisão de comércio

Número de unidades locais com receita de revenda (Unidades)

Pessoal ocupado em 31/12 em empresas comerciais (Pessoas)

Gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais (Mil Reais)

Margem de comercialização em empresas comerciais (Mil Reais)

Receita bruta de revenda de mercadorias (Mil Reais)

2010

2011

2010

2011

2010

2011

2010

2011

2010

2011

Total

58.995

59.011

300.134

318.205

3.270.062

3.548.715

11.205.770

14.343.223

66.443.675

78.939.727

Comércio de veículos, peças e motocicletas

7.796

7.316

40.829

46.000

518.612

614.342

1.674.385

1.771.720

10.978.865

13.122.513

Comércio por atacado

6.044

5.996

48.097

52.393

719.420

779.280

3.410.603

4.415.659

27.269.204

32.652.312

Comércio varejista

45.155

45.699

211.208

219.812

2.032.030

2.155.093

6.120.782

8.155.844

28.195.606

33.164.902

Fonte: IBGE – Pesquisa Anual de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2013.

 

 

 

Tabela 5- Estado de Goiás: Dados gerais das empresas comerciais, variação 2011/2010 (%)

Divisão de comércio

Número de unidades locais com receita de revenda

Pessoal ocupado em 31/12 em empresas comerciais

Gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais

Margem de comercialização em empresas comerciais

Receita bruta de revenda de mercadorias

Total

0,0

6,0

8,5

28,0

18,8

Comércio de veículos, peças e motocicletas

-6,2

12,7

18,5

5,8

19,5

Comércio por atacado

-0,8

8,9

8,3

29,5

19,7

Comércio varejista

1,2

4,1

6,1

33,2

17,6

Fonte: IBGE – Pesquisa Anual de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2013.

 

 


Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro


 

 


1 Calculada como a diferença entre a receita líquida de revenda e o custo das mercadorias revendidas, a margem de comercialização refere-se ao resultado obtido pelas empresas por meio da venda de mercadorias, deduzidos os seus custos de aquisição.

Governo na palma da mão

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