A partir do ano de 2007, O IBGE passou a divulgar uma nova série de dados da PIA- Empresa, utilizando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0, com isso substituindo a estrutura usada anteriormente e melhorando a comparabilidade internacional.

Os resultados gerais da pesquisa Industrial Anual Empresa – PIA-Empresa, para Goiás, referente aos anos de 2007 a 2012, descrevem as informações associadas ao total de empresas, pessoal ocupado, média de pessoal por empresa, receita líquida de vendas, gastos com pessoal e custos e despesas. Na última parte são apresentados valor da transformação industrial – VTI.

Para o ano de 2012, o estado de Goiás teve recuo no número de empresas industriais, com menos 52 empresas em comparação com o ano anterior. Embora tenha ocorrido redução no número de empresas, a média de pessoal ocupado por empresa expandiu, de 35,6 pessoas em 2011, para 37,3 pessoas em 2012. O valor da transformação industrial, que corresponde à diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações industriais, expandiu nominalmente 26,5% de 2011 para 2012. O dispêndio total de custos e despesas aumentou, 2,8%, conforme tabela abaixo.

Em relação ao comportamento da economia brasileira economia brasileira no ano de 2012, apresentou fraco desempenho, influenciado pelos resultados da agropecuária e indústria, as duas atividades tiveram queda no período. Mesmo com medidas governamentais de estímulos adotadas pelo governo, houve queda nos investimentos e desaceleração na atividade industrial. Questões climáticas e também o recuo no consumo das famílias, dado o nível de endividamento também contribuíram para o resultado global. Além disso, a economia global continua enfrentando período de incerteza.

Conforme dados da PIA – Empresa, no ano de 2012, o estado de São Paulo, de maior concentração industrial, reduziu sua participação em 0,58 pontos percentuais na comparação com o ano anterior. Nos demais estados da região Sudeste, houve alternância entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, ao passo que o primeiro teve expansão, o segundo registrou contração. Os maiores ganhos de participação no valor da transformação industrial na passagem de 2011 para 2012 ocorreram no Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul, vide Tabela 4.

A queda de participação do Estado de São Paulo no total da indústria deveu-se a contração principalmente, na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis e também na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias. No ano de 2012, o Estado detinha 34,82% de pessoas ocupadas na atividade industrial, ante 34,79% em 2011, com um acréscimo de 0,03 pontos percentual. Nas unidades locais, houve aumento de participação de 2011 para 2012, indo de 30,76% para 31,17%. O VTI da indústria de São Paulo teve redução de participação em 2011 e 2012, no ano de 2010 representava 36,23%, passando para 35,57% e depois 34,99%.

No recorte para o estado de Goiás, houve aumento de participação em pessoal ocupado, em 2011 tinha 230.780 pessoas ocupadas na atividade industrial, passando para 239.611 em 2012, representando 2,92% da indústria brasileira naquele ano. As unidades locais em Goiás participavam com 3,28% em 2011 e subiu para 3,35% no ano de 2012. Em relação ao valor do VTI, diferente do ano de 2011 que registrou queda de participação na estrutura nacional, o ano de 2011 teve incremento de 0,43 ponto percentual.