Análise da educação em Goiás segundo a Pnad Contínua – 1º Trimestre de 2018

Análise da educação em Goiás segundo a Pnad Contínua – Primeiro trimestre de 2018Desde 2012, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE realiza e divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PnadC, de forma trimestral. O foco da pesquisa é o mercado de trabalho, entretanto há informações que possibilitam diagnósticos em outras áreas, como o caso da educação.

 

 

Nesse sentido, o Instituto Mauro Borges, a partir do 4º trimestre de 2016, passou a analisar os dados da PnadC no tocante à educação (a análise do mercado de trabalho pela PnadC já é feita desde 2015). É preciso salientar que as informações educacionais disponibilizadas até o presente momento abarcam a população com cinco anos ou mais de idade, não permitindo, portanto, alcançar as informações relacionadas às etapas da educação infantil.

 

 

Neste trabalho, faz-se um diagnóstico da educação no primeiro trimestre de 2018 comparando-o aos primeiros trimestres de cada ano desde 2012. Assim, tem-se um quadro mais preciso da evolução nessa área, levando em conta a sazonalidade que ocorre durante o ano.

 

 

 

 

Analfabetismo

 

 

Em Goiás existem 337.882 pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler e escrever, o equivalente a 6,2% dessa população. Entre janeiro e março a taxa de analfabetismo do estado caiu um ponto percentual (p. p.) em relação ao primeiro trimestre de 2012. Entretanto, houve leve alta se comparada aos três primeiros meses de 2017, quando o percentual de analfabetos com 15 anos ou mais ficou em 5,9% (Gráfico 1).

 

 

 

 

 

A separação por quintis de renda domiciliar é interessante para o exame de qual a classe social mais afetada pela falta de escolarização. Os quintis são a separação da população em partes iguais, neste caso cinco partes iguais. Assim, o 1º quintil compreende os 20% mais pobres e o 5º quintil os 20% mais ricos. Pelo Gráfico 2, percebe-se que desde 2012 os analfabetos de Goiás se concentram na parcela mais pobre da população. Restringe-se, portanto, as alternativas de melhoria da condição socioeconômica tendo em vista que apenas 20% dos analfabetos auferiram renda no primeiro trimestre de 2018.

 

 

 

 

O Gráfico 3 apresenta a taxa de analfabetismo por faixa etária, demonstrando as diferenças existentes entre as idades. Desde 2012 a maioria dos analfabetos possuem 55 anos ou mais, além disso a cada ano a participação desse grupo aumenta. Infere-se, a partir disso, que os mais jovens estão aprendendo a ler e escrever, mas também que as políticas de alfabetização de adultos ainda provocam efeitos reduzidos.

 

 

 

 

Frequência Escolar da educação básica

 

 

O Gráfico 4 mostra a taxa de escolarização em Goiás segundo três grupos etários. Apesar das idades indicarem as etapas de ensino em que os estudantes poderiam estar matriculados, aqui não se atem a esta determinação, bastando apenas saber se a pessoa estar matriculada numa instituição de ensino. Observa-se que as faixas etárias de 6 a 10 anos e de 11 a 14 anos, equivalente ao ensino fundamental, estão no nível de universalização da frequência escolar. Contudo, os indivíduos de 15 a17 anos, correspondente ao ensino médio, ainda estão aquém dessa realidade, apesar do aumento de três p. p. de 2012 a 2018. Para além disso, quando se examina a taxa de matrícula líquida desse grupo, ou seja, a proporção de estudantes que estariam ou teriam terminado o ensino médio, percebe-se a real dimensão do problema. Em 2018, aproximadamente 28% desse grupo estão atrasados na quando a adequação etapa de ensino e idade, percentual igual ao de 2012.

 

 

 

 

Ensino Superior

 

 

O percentual da população com ensino superior em Goiás está estável desde 2016, sempre próxima a 10% (Gráfico 5). O cenário também é de estabilidade quando se retira do cômputo as pessoas menos de 24 anos, ficando a taxa em cerca de 15%.

 

 

 

 

O Gráfico 6 traz a distribuição das pessoas com curso superior considerando a cor da pele. Observa-se que a tendência de aproximação entre as participações das pessoas brancas e pardas, iniciada em 2013, é descontinuada no primeiro trimestre de 2018. Ver-se leve aumento no percentual de representatividade da população de cor preta, mas ainda abaixo dos 5%. Além disso, corroborando com essa análise, faz necessário informar que as pessoas declaradas brancas representam 36,5% da população goiana e 14,7% delas possuem curso superior; a parcela dos declarados pardos perfaz 55,5% do total e o percentual de graduados é de 7,3%; já os de cor preta somam 7,6% da população, com 6,4% deles com diploma universitário.
O Gráfico 7 traz a distribuição dos graduados pelo sexo, em que as mulheres mantêm a primazia, continuando acima dos 60%. Ademais, 12% da população feminina possui ensino superior, enquanto o percentual no grupo dos homens é de 8%.

 

 

 

Responsáveis Técnicos:

 

 

Adriana Moura Guimarães

 

 

Rui Rocha Gomes

 

 

 

 

Governo na palma da mão

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