Produção industrial goiana fica estagnada em fevereiro


De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF/IBGE), em fevereiro de 2018 Goiás foi um dos sete estados, dentre os quinze analisados, que apesar da estagnação não apresentou retração na indústria, na série com ajuste sazonal, isto é, comparado ao mês janeiro de 2018. Nesta mesma comparação a indústria nacional apresentou crescimento de 0,2%, e seis dos quinze locais pesquisados tiveram desempenho positivo, com destaque para os avanços mais acentuados registrados no Paraná (3,3%), Região Nordeste (2,6%), Pernambuco (1,3%) e Rio de Janeiro (1,2%). Por outro lado, Pará (-10,9%), Amazonas (-5,9%) e Mato Grosso (-4,4%) apontaram os recuos mais elevados, Tabela 1 e Gráfico 1.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial goiano registrou queda de 2,0%, depois de seis meses consecutivos de altas (de agosto de 2017 a janeiro de 2018). Na mesma métrica, o resultado nacional foi de 2,8%, sendo o décimo crescimento consecutivo. Nesse mês, Amazonas (16,2%) assinalou a expansão mais intensa, seguido por Santa Catarina (6,2%), Pernambuco (5,0%), São Paulo (4,8%), Bahia (3,2%) e Rio de Janeiro (3,0%) com taxas positivas e superiores à média nacional (2,8%), enquanto Ceará (2,8%), Região Nordeste (2,4%) e Rio Grande do Sul (0,3%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção nesse mês. Por outro lado, Minas Gerais (-6,4%) e Espírito Santo (-6,3%) apontaram os recuos mais acentuados em fevereiro de 2018. Os demais resultados negativos foram registrados por Mato Grosso (-2,3%), Goiás (-2,0%), Pará (-1,0%) e Paraná (-0,2%), Tabela 1 e Gráfico 2.

Ademais, na taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, a indústria de Goiás avançou 3,0% em fevereiro de 2018 e o crescimento nacional foi o mesmo do goiano (3,0%). Em termos regionais, doze dos quinze locais pesquisados mostraram taxas positivas em fevereiro de 2018, entre eles estão:  Pará (9,9%), Amazonas (6,9%), Santa Catarina (5,1%) e São Paulo (4,4%). Esses dados são apresentados na Tabela 1.

Na comparação fevereiro de 2018 com fevereiro de 2017, por segmentos, a maior taxa de crescimento na indústria goiana foi observada  na indústria extrativa (5,1%), dado o desempenho positivo na produção de minérios de cobre em bruto ou beneficiados, fosfatos de cálcio naturais e fosfatos aluminocálcicos,  e no segmento de fabricação de produtos de minerais não-metálicos (4,6%),  impulsionado pela maior produção de cimento, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto e massa de concreto. Contudo, as quedas mais acentuadas ocorreram no setor de fabricação de outros produtos químicos (-10,7%) e na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,9%). Na produção industrial brasileira, a maior variação positiva foi observada no segmento de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com crescimento de 16,8%, conforme Tabela 2 e 3.

 

Tabela 1 – Indicadores Regionais da Indústria – fevereiro/2018

Local

Taxa de variação (%)

Com ajuste sazonal

Sem ajuste sazonal

fevereiro 18/ janeiro 18

fevereiro 18/ fevereiro 17

Acumulado fevereiro 18 *

Acumulado 12 meses **

Brasil

0,2

2,8

4,3

3,0

Nordeste

2,6

2,4

1,7

0,0

Amazonas

-5,9

16,2

24,5

6,9

Pará

-10,9

-1,0

7,2

9,9

Ceará

-0,7

2,8

3,9

3,1

Pernambuco

1,3

5,0

0,9

-1,8

Bahia

0,9

3,2

4,4

0,5

Minas Gerais

-2,8

-6,4

-1,4

0,7

Espírito Santo

-1,1

-6,3

-7,8

-0,4

Rio de Janeiro

1,2

3,0

4,1

4,1

São Paulo

-0,5

4,8

6,2

4,4

Paraná

3,3

-0,2

0,9

3,3

Santa Catarina

0,9

6,2

8,5

5,1

Rio Grande do Sul

-0,1

0,3

3,5

0,9

Goiás

0,0

-2,0

-0,4

3,0

Mato Grosso

-4,4

-2,3

-1,0

3,6

Fonte: IBGE.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2018.

*Base: igual período do ano anterior

** Base: últimos doze meses anteriores

Tabela 2 – Produção Industrial Brasil e Goiás – fevereiro/2018

Atividades

Taxa de variação (%)

Sem ajuste sazonal

fevereiro 18/ fevereiro 17

Acumulado

janeiro – fevereiro 18

Acumulado 12 meses

Brasil

 

 

 

Indústria Geral

2,8

4,3

3,0

Indústria Extrativa

-5,5

-2,7

2,6

Indústria de Transformação

4,1

5,4

3,0

Fabricação de produtos alimentícios

2,3

3,6

1,8

Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis

-6,7

-5,9

-3,3

Fabricação de outros produtos químicos

2,6

1,2

0,6

Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos

-0,2

7,0

-6,0

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos

0,4

0,8

-2,1

Metalurgia

8,3

9,2

5,9

Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos

2,3

3,8

0,5

Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias

16,8

21,7

18,6

Goiás

 

 

 

Indústria Geral

-2,0

-0,4

3,0

Indústria Extrativa

5,1

3,4

3,2

Indústria de Transformação

-2,5

-0,7

2,9

Fabricação de produtos alimentícios

-2,7

-0,6

1,0

Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis

0,4

-0,1

6,0

Fabricação de outros produtos químicos

-10,7

-18,2

-10,6

Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos

1,8

-1,2

16,7

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos

4,6

2,7

-12,2

Metalurgia

-3,1

-0,1

6,2

Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos

1,3

-23,3

-11,9

Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias

-8,9

34,4

15,4

Fonte: IBGE

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2018

* Base: igual período do ano anterior

 

 

Produtos de maior influência por atividade- Goiás – fevereiro de 2018

Atividades de Indústria

fevereiro 2018/ fevereiro 2017

Acumulado janeiro-fevereiro

Descrição do produto

Sinal

Descrição do produto

Sinal

Indústrias extrativas

minérios de cobre em bruto ou beneficiados

+

minérios de cobre em bruto ou beneficiados

+

amianto em fibras ou em pó

amianto em fibras ou em pó

fosfatos de cálcio naturais, fosfatos aluminocálcicos e cré fosfatado

+

castinas e pedras calcárias

+

castinas e pedras calcárias

+

pedras britadas

+

pedras britadas

+

fosfatos de cálcio naturais, fosfatos aluminocálcicos e cré fosfatado

+

Produtos alimentícios

óleo de soja refinado

óleo de soja refinado

extrato, purês e polpas de tomate

+

milho preparado ou conservado

resíduos da extração de soja

óleo de soja em bruto

+

leite em pó

+

leite em pó

+

leite esterilizado

+

leite condensado

+

Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis

biodiesel

+

álcool etílico

álcool etílico

biodiesel

+

Outros produtos químicos

adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio-

adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio-

 

superfosfatos

+

superfosfatos

+

Governo na palma da mão

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