Com crescimento de 17%, Goiás lidera produção industrial



Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE), a indústria goiana (transformação e extrativa mineral) apresentou um ligeiro recuo de 0,6% na comparação de novembro/17 com outubro/17 (série com ajuste sazonal). Na mesma base de comparação, a produção nacional cresceu 0,2%. Apresentaram taxas positivas os seguintes estados: Espírito Santo (5,8%), Bahia (3,5%), Pernambuco (2,6%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (1,4%), Pará (1,1%), São Paulo (0,7%) e  Região Nordeste (0,2%). Na direção oposta, houve perdas no Amazonas (-3,7%),  no Rio de Janeiro (-2,9%),  no Ceará (-2,3%),  no Paraná (-0,9%) e em Santa Catarina (-0,1%), conforme apresentado na Tabela 1.

 

Na comparação interanual, o setor industrial brasileiro cresceu 4,7% em novembro de 2017, com quatorze dos quinze locais pesquisados apontando resultados positivos. Neste mês, o estado do Goiás (17,0%) apresentou a maior taxa de crescimento, impulsionada, principalmente, pela maior produção de produtos alimentícios, álcool etílico e biodiesel e de veículos automotores. Ainda nessa comparação, o Pará (10,7%) apresentou o segundo melhor resultado, impulsionado pela produção de minérios de ferro. Também registraram taxas positivas Santa Catarina (8,0%), São Paulo (7,2%), Rio de Janeiro (5,6%), Ceará (3,5%), Paraná (3,2%), Mato Grosso (3,1%), Região Nordeste (2,5%), Minas Gerais (2,4%), Pernambuco (2,1%), Espirito Santo (1,8%), Bahia (0,8%) e Amazonas (0,6%). Por outro lado, o estado do Rio Grande do Sul recuou (0,2%).

 

No indicador acumulado do ano (janeiro-novembro de 2017), frente a igual período do ano anterior, Goiás apresentou a terceira melhor taxa para o período (4,6%) e a produção brasileira expandiu 2,3%. Nesta mesma comparação, treze locais pesquisados apresentaram resultados positivos. As maiores variações ocorreram no Pará (10,6%) e Paraná (4,8%). Nesta base de comparação, três localidades apresentaram resuldados negativos: Bahia (-2,6%), Região Nordeste (-0,5%) e Pernambuco (-0,4%).

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Novembro de 2017

Locais

Variação (%)

Com Ajuste Sazonal

Sem Ajuste Sazonal

Novembro17 / Outubro17*

Novembro17 / Novembro16

Acumulado no ano

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

0,2

4,7

2,3

2,2

Nordeste

0,2

2,5

-0,5

-0,5

Amazonas

-3,7

0,6

3,2

3,1

Pará

1,1

10,7

10,6

10,6

Ceará

-2,3

3,5

2,4

2,6

Pernambuco

2,6

2,1

-0,4

0,2

Bahia

3,5

0,8

-2,6

-3,2

Minas Gerais

2,4

2,4

1,8

1,8

Espírito Santo

5,8

1,8

2,3

2,3

Rio de Janeiro

-2,9

5,6

3,9

3,6

São Paulo

0,7

7,2

3,0

2,7

Paraná

-0,9

3,2

4,8

4,9

Santa Catarina

-0,1

8,0

4,5

4,6

Rio Grande do Sul

1,4

-0,2

0,5

0,8

Mato Grosso

3,1

4,5

3,8

Goiás

-0,6

17,0

4,6

3,8


Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

*Ajustado sazonalmente

 



Na análise, comparando novembro/2017 com novembro/2016, o setor industrial goiano assinalou expansão de 17,0%, sétima taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde dezembro de 2013 (23,3%). O índice acumulado de janeiro a novembro de 2017 cresceu 4,6% frente a igual período de 2016. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 1,5% em outubro para 3,7% em novembro de 2017, manteve a trajetória predominantemente ascendente iniciada em dezembro de 2016 (-4,7%).  

 

Por ramo de atividades, cinco das nove que compõem a pesquisa da indústria goiana registraram crescimento. Os principais impactos positivos sobre o total da indústria foram observados nos setores de produtos alimentícios (18,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (25,0%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (67,0%), impulsionados, principalmente, pela maior produção de açúcar cristal, leite esterilizado/UHT/Longa Vida, óleo de soja refinado, leite em pó e carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas; de álcool etílico e biodiesel; e de automóveis, respectivamente. Vale citar ainda os avanços vindos dos ramos de metalurgia (25,7%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,3%), explicados, especialmente, pela maior produção de ouro e ferronióbio; e de medicamentos, respectivamente.

 

Em sentido oposto, indústrias extrativas (-9,0%) e outros produtos químicos (-10,5%) exerceram as principais contribuições negativas sobre o total da indústria, dadas, em grande parte, pela menor produção de amianto, fosfatos de cálcio naturais (apatita) e minérios de cobre em bruto ou beneficiados, na primeira atividade; e de fosfatos de monoamônio e adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio, na segunda.

 

Em novembro, a indústria goiana continou registrando aumento em sua produção, sendo a sétima taxa conseutiva de crescimento, indicando que a reativação do setor está acontecendo de forma gradual e praticamente em quase todas as atividades industriais. O ano de 2017 está sendo um divisor de águas para a índústria goiana, pois consiste no início de uma etapa de restituição das pesadas perdas industriais sofridas em anos anteriores. Dos nove ramos industriais pesquisados, cinco tiveram resultados positivos, dentre os quais vale destacar a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que vem apresentando taxas positivas por três meses seguidos em resposta ao recuo das taxas de juros, à recuperação da renda real e à melhora da confiança dos consumidores. 

 

Tabela 2 – Produção Industrial Mensal por atividades em Novembro (Base: igual mês do ano anterior)

Atividades de Indústria

Variação Percentual (%)

Nov17 / Out16

Acumulado

no ano

Acumulado

em 12 meses

Brasil

Goiás

Brasil

Goiás

Brasil

Goiás

Indústria geral

4,7

17,0

2,3

4,6

2,2

3,8

Indústrias extrativas

1,5

-9,0

5,3

2,7

5,5

2,1

Indústria de transformação

5,2

19,0

1,9

4,7

1,7

3,8

Fabricação de produtos alimentícios

2,4

18,1

1,0

4,4

0,7

3,8

Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis

1,0

25,0

-4,5

4,8

-5,3

0,8

Fabricação de outros produtos químicos

7,2

-10,6

0,1

-7,2

0,2

-7,2

Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos

7,9

11,3

-5,2

25,4

-6,5

28,5

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos

0,4

-0,8

-3,4

-14,4

-3,5

-14,4

Metalurgia

10,3

25,8

3,7

6,8

3,6

4,5

Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos

3,0

-16,9

-1,4

-7,4

-1,7

-7,8

Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias

18,8

67,0

16,6

2,8

16,7

6,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores 2017.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

 

Dinamar Maria Ferreira Marques

Jalda Claudino

Juliana Dias Lopes

Rafael dos Reis Costa

Welington José de Souza Filho

 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo