Comércio varejista goiano cai 0,5 % em agosto


Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE), analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), as vendas do comércio varejista goiano caíram no volume e na receita do comércio restrito, que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção, com taxas de -0,5% e -0,6%, respectivamente, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais (Tabela 1). Na mesma métrica, o indicador para o varejo nacional apresentou queda de 0,5% no volume de vendas e de 0,1% para a receita nominal.

Em julho/2017, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito, descontada a inflação, apresentou queda de 8,1%. Nessa mesma comparação, o desempenho do apurado para o varejo brasileiro foi positivo em 3,6%. Em agosto 21 unidades da Federação apresentaram taxas positivas no volume de vendas do comércio, conforme descrito no Gráfico 1.

O comércio varejista ampliado goiano, que inclui o varejo restrito mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, registrou em agosto/17 decréscimo nas vendas de 7,0%, em relação a igual mês do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a retração no volume de negócios em Goiás foi de 8,6%. Na mesma comparação, o varejo brasileiro avançou 7,7% em agosto, mas, nos últimos 12 meses a taxa é negativa em 1,5%.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2017

(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100 – (%)

 

Variação Mensal (%)

 

Brasil

Goiás

 

jun/17

jul/17

ago/17

jun/17

jul/17

ago/17

Volume de Vendas

0,8

0,0

-0,5

1,8

-1,5

-0,5

Receita de Vendas

0,6

0,1

-0,1

2,5

-2,3

-0,6

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

 


 

Varejo Goiano Restrito

Em termos de segmentos, a variação no volume de vendas, na comparação ago17/ago16, foi negativa para a maior parte do comércio goiano. A economia não apresenta sinais de recuperação consistentes, logo influenciando no fraco desempenho do comércio, que é muito influenciado pela disponibilidade de renda da população.

A maior queda foi registrada pelo segmento de Combustíveis e Lubrificantes, com uma taxa em agosto de -25,6%, acumulando nos últimos doze meses -17,8%. Outro segmento com queda acentuada foi Hipermercados e supermercados, com taxa de -13,6%, com acumulado nos últimos dozes meses de -8,6%. Esse último segmento, principalmente, sofre o reflexo do desemprego e da diminuição da renda.

O segmento de Eletrodomésticos destacou-se com resultado positivo de 21,2%, em agosto, apesar de apresentar queda de 2,8% no acumulado de 12 meses.

 A Tabela 2 permite observar as taxas de variação do volume de vendas para o Brasil e para Goiás, durante os meses de junho, julho e agosto, além do acumulado no ano e nos últimos doze meses.

 

Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12       Meses

No    Ano

12       Meses

 

jun/17

jul/17

ago/17

jun/17

jul/17

ago/17

 

Comércio Varejista Geral

2,9

3,1

3,6

0,7

-1,6

-5,8

-9,5

-8,1

-9,1

-8,5

 

Combustíveis e lubrificantes

0,1

-0,9

-2,9

-3,1

-4,8

-18,6

-29,5

-25,6

-22,2

-17,8

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

0,8

0,3

1,7

-0,2

-1,3

-12,5

-13,5

-13,6

-11,5

-8,6

 

Hipermercados e supermercados

2,0

0,1

1,4

-0,1

-1,3

-12,6

-14,4

-13,6

-11,4

-8,8

 

Tecidos, vestuário e calçados

4,2

15,0

8,9

7,3

0,2

8,8

7,8

-6,2

0,1

-2,3

 

Móveis e eletrodomésticos

12,2

12,8

16,5

7,9

0,8

11,9

7,7

17,0

0,9

-5,0

 

Móveis

-0,3

6,1

11,4

-7,7

-8,8

9,5

1,4

7,5

-18,8

-17,1

 

Eletrodomésticos

17,1

15,1

18,0

8,6

1,1

13,9

11,0

21,2

5,0

-2,8

 

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

2,7

2,2

4,3

0,1

-1,5

-0,2

2,2

9,0

-1,1

-2,8

 

Livros, jornais, revistas e papelaria

0,7

0,2

-4,5

-3,4

-7,3

-14,6

-13,8

-20,1

-13,4

-11,0

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

5,1

11,3

1,0

-0,5

-2,8

-4,1

-8,7

-2,0

-28,1

-34,9

 

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

4,4

4,2

6,1

0,6

-1,7

-4,2

-13,0

-10,8

-11,2

-7,0

 

Comércio varejista ampliado geral

4,3

5,7

7,7

1,9

-1,5

-7,1

-8,9

-7,0

-9,5

-8,6

 

Veículos, motocicletas, partes e peças

3,9

6,3

13,8

-0,8

-5,1

-7,4

-13,0

-6,5

-15,1

-12,1

 

Material de construção

6,6

11,1

12,6

6,5

1,5

-17,3

-7,2

-11,1

-6,4

-6,3

 

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

 

Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou queda de 9,9%, em agosto de 2017. No mesmo período, a taxa foi positiva para o Brasil (1,3%). No acumulado dos últimos doze meses, essa taxa ficou em -4,5%, em Goiás, e em 2,3% no Brasil, conforme Tabela 3.

 

Tabela 3 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista

(Base: Igual mês do ano anterior = 100)

 

Segmentos

Variação (%)

 

Brasil

Goiás

 

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

 

No    Ano

12    Meses

No    Ano

12       Meses

 

jun/17

jul/17

ago/17

jun/17

jul/17

ago/17

 

Comércio Varejista Geral

2,2

1,2

1,3

1,7

2,3

-6,2

-10,9

-9,9

-7,8

-4,5

 

Combustíveis e lubrificantes

-3,3

-3,3

1,7

-4,1

-3,6

-19,5

-30,3

-22,8

-23,0

-15,6

 

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

0,9

-1,5

-2,5

1,3

3,5

-13,7

-16,8

-18,7

-11,2

-4,8

 

Hipermercados e supermercados

2,4

-1,6

-2,5

1,8

3,8

-13,5

-17,6

-18,5

-10,9

Governo na palma da mão

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