Setor de serviços goiano tem queda de 0,5% em abril


 

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE) em Goiás, mês de abril/2017, apontou queda no volume de 0,5%, já descontada à inflação, comparado ao mês de março/2017. Por outro lado a média nacional cresceu 1,0% no mesmo período de comparação. A receita nominal para o período foi de -0,5% no estado e 0,5% no país (Tabela 1).

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Serviços – 2017

(Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Variações Mensais (%)

Brasil

Goiás

 

fev/17

mar/17

abr/17

fev/17

mar/17

abr/17

Volume de Serviços

0,2

-2,6

1,0

1,2

-1,8

-0,5

Receita Nominal de Serviços

0,2

-1,3

0,5

1,3

-1,3

-0,5

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

 

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (abr17/abr16), Goiás apresentou queda de 8,1% (descontada a inflação), superior ao resultado nacional, que foi de -5,6%. Entre as unidades da Federação, Goiás apresentou a 15ª pior taxa. Nos últimos 12 meses, o setor de Serviços goiano acumulou queda de 9,1% em volume. No âmbito regional, todas as unidades da Federação, com exceção do Paraná que ficou estável, tiveram resultados negativos. As maiores quedas, na comparação abr17/abr16, ocorreram no Amapá (-16,9%), em Roraima (-16,8%) e Rondônia (-16,2%) (Gráfico 1).

 

 

 

O setor de Serviços goiano vem recuando nas atividades apuradas pela pesquisa desde o início de 2015. Na comparação abr17/abr16, a atividade de Serviços prestados às famílias vem apresentando resultados positivos desde setembro/2016, com uma taxa de 14,9%. Ainda com taxa positiva, neste período de comparação, está a atividade de Serviços profissionais, administrativos e complementares com taxa de 2,8%. A maior queda em abr/17 ocorreu no setor de Serviços de informação e comunicação (-13,8%), acumulando nos últimos 12 meses uma taxa de -9,4%. O segmento turístico apresentou, na comparação abr/17 com abr/16, alta de 12,6% e no acumulado nos doze meses a taxa foi de 5,0% (Tabela 2).

Tabela 2: Volume de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

fev/17

mar/17

abr/17

No Ano

Acumulado 12 meses

Brasil

-5,4

-5,2

-5,6

-4,9

-5,0

Serviços prestados às famílias

-6,7

-3,2

-3,4

-4,3

-4,8

Serviços de informação e comunicação

0,4

-2,0

-2,3

-1,0

-2,2

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-11,2

-10,1

-11,3

-9,9

-6,6

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-4,9

-2,0

-1,5

-2,8

-6,8

Outros serviços

-7,3

-14,7

-16,3

-11,2

-5,2

Atividades turísticas

-9,0

-5,1

-6,4

-7,1

-4,6

 

         

Goiás

-6,7

-7,8

-8,1

-7,7

-9,1

Serviços prestados às famílias

19,3

12,3

14,9

16,1

7,7

Serviços de informação e comunicação

-13,5

-13,9

-13,8

-13,4

-9,4

Serviços profissionais, administrativos e complementares

1,2

1,1

2,8

-1,6

-5,7

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-9,9

-12,7

-16,4

-13,6

-16,7

Outros serviços

0,1

1,1

-1,8

2,4

-2,6

Atividades turísticas

16,1

11,0

12,6

13,3

5,0

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

 

Em relação à variação nominal da receita de serviços, Goiás apresentou queda em abr/2017 de 3,1%, e o indicador nacional foi de -0,4%. Em termos de atividades em Goiás, a receita nominal dos segmentos de Atividades turísticas (18,3%), Serviços profissionais, administrativos e complementares (11,3%) e Serviços prestados às famílias (9,5%) apresentaram as maiores taxas positiva (Tabela 3).

 

Tabela 3: Receita Nominal de Serviços, segundo atividades (%)

Atividades

Mês /Igual Mês do Ano Anterior

Taxa de Variação (%)

fev/17

mar/17

abr/17

No Ano

Acumulado 12 meses

Brasil

0,2

0,7

-0,4

0,6

0,0

Serviços prestados às famílias

-3,5

0,8

0,9

-0,6

-0,3

Serviços de informação e comunicação

2,4

1,4

-0,2

1,3

0,1

Serviços profissionais, administrativos e complementares

-4,8

-3,7

-5,0

-3,4

-0,4

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

2,7

5,0

4,6

4,1

0,0

Outros serviços

-0,5

-8,4

-10,1

-4,6

1,4

Atividades turísticas

-1,1

4,5

6,2

1,6

0,1

           

Goiás

-1,1

-2,2

-3,1

-2,1

-3,8

Serviços prestados às famílias

13,0

7,5

9,5

10,8

6,6

Serviços de informação e comunicação

-10,6

-9,4

-10,4

-10,1

-6,1

Serviços profissionais, administrativos e complementares

10,7

10,0

11,3

7,3

0,9

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio

-4,0

-8,8

-11,9

-7,7

-9,2

Outros serviços

5,9

7,0

3,2

8,2

3,5

Atividades turísticas

19,7

15,4

18,3

17,1

8,1

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO / Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2017.

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviço.

 

O setor de Serviços tem uma participação de mais de 60% no PIB goiano, sendo assim, os resultados negativos observados por meio da análise de conjuntura refletem a dificuldade de recuperação da economia no curto prazo. No acumulado do ano, comparado com o mesmo período do ano passado, o setor recuou -2,1%. As atividades de Serviços de informação e comunicação e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio são aquelas que estão com taxas negativas acumuladas no ano.

A redução da taxa de juros no médio prazo pode ajudar na retomada da atividade econômica pela indústria e pelo comércio, desta forma, influenciando uma melhora nos indicadores do setor de serviços, que é uma atividade dependente do bom desenvolvimento das demais.

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Jalda Claudino

Rafael dos Reis Costa

Governo na palma da mão

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