Goiás fecha postos de trabalho em 2016


Segundo dados do CAGED, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Previdência Social, foram fechados, em Goiás, 19.354 colocações com registro em carteira (ajustado com as declarações entregues pelas empresas fora do prazo) de janeiro a dezembro de 2016, representando um decréscimo de 1,6% em relação ao estoque de dezembro de 2015. Na comparação entre as demais Unidades da Federação, Goiás ficou em décimo quinto lugar em termos absolutos, no acumulado do ano. Em termos relativos, está em terceiro lugar, conforme observado na Tabela 1 e Gráfico 1.

 

 

 


 

 

 

Dezembro de 2016

 

Em dezembro de 2016, foram admitidos 31.022 trabalhadores e desligados 46.293, resultando em um saldo líquido de -15.271 postos de trabalhos. Historicamente, o mês de dezembro apresenta saldo negativo, devido à sazonalidade da economia goiana, com fechamento de postos de trabalho a partir do mês de setembro. Em termos absolutos, esse resultado foi melhor que o registrado para o mês no ano anterior, quando foram fechados 23.579 colocações com carteira. Em relação ao mês de novembro, houve redução de 1,27% no estoque de empregos formais com carteira. Ressalta-se que, diante do cenário econômico recessivo, Goiás está operando em um nível bem a abaixo do observado no período de janeiro a dezembro de 2010, melhor ano da serie histórica registrada (Gráficos 3 e 4).

 

 

 

 

Todos os setores da economia goiana tiveram saldo de empregos formais negativo no mês de dezembro. Em termos de subsetor, apenas a indústria mecânica teve saldo positivo (+34 empregos, variação de 0,45%). Resultados melhores só puderam ser observados na análise por atividade econômica (CNAE 2.0 Classe), com destaque para o teleatendimento (+475 empregos) e para a vigilância e segurança privada (+245 empregos). Em termos negativos, a atividade de construção de edifícios teve o pior saldo do mês, -1.320 empregos.

A construção civil registrou o pior saldo do mês (-3.640 empregos), redução de 4,79% no estoque. O setor teve bons resultados de abril a agosto desse ano, período em que permaneceu com saldo acumulado positivo, contudo, a partir de setembro (início do período chuvoso) passou a ter saldos negativos cada vez maiores. Todas as atividades desse setor fecharam empregos nesse mês, com destaque, em termos negativos, para a construção de edifícios (-1.320 empregos) e para obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (-599 empregos).

O setor de serviços teve um decréscimo de 0,79% no estoque, saldo negativo de 3.629 empregos. A atividade de teleatendimento, como já visto, registrou o melhor saldo (+475). Também merece destaque a atividade de vigilância e segurança privada (+245). Em termos negativos, a atividade de ensino fundamental teve o pior saldo, -449 postos de trabalho.

A agropecuária fechou 3.265 postos de trabalho nesse mês, uma redução de 3,36% no estoque. Desde agosto o setor fecha postos de trabalho nesse ano, contudo, continua sendo o que mais gerou empregos formais em 2016 (3.346 empregos). O cultivo de frutas de lavoura permanente, exceto laranja e uva, foi a atividade que mais gerou empregos nesse mês (+27) e o cultivo de plantas de lavoura temporária não especificadas anteriormente o que mais fechou (-855).

O setor de comércio teve um decréscimo de 0,66% no estoque de empregos formais em relação ao mês anterior, foram fechados 1.870 postos de trabalho. O setor, que teve saldo positivo apenas no mês de novembro, encerra o ano com o fechamento de 7.827 postos de trabalho, o pior saldo acumulado entre os setores da economia goiana. Para esse mês, merece destaque a atividade de comércio atacadista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (+48 empregos), melhor saldo. Por outro lado, o comércio de peças e acessórios para veículos automotores (-254), seguido pelo comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção (-163), tiveram os piores resultados.

Na indústria de transformação os melhores saldos foram nas atividades de manutenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras, exceto para veículos (+96 empregos) e no abate de suínos, aves e outros pequenos animais (+54 empregos). Em termos negativos, merece destaque a fabricação de açúcar em bruto, que fechou 614 empregos nesse mês.

 

 

 

Municípios

 

Entre os municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, dois tiveram saldo positivo de empregos formais em dezembro de 2016. O primeiro colocado, Caldas Novas, foi impulsionado pelo período de férias escolares, com destaque para a atividade de hotéis e similares. Cidade Ocidental foi estimulada pelo comércio varejista, merecendo destaque os artigos do vestuário e acessórios. Do lado negativo, destaque para Goiânia, que fechou 4.213 postos de trabalhos, com destaque para os setores de serviço (-1.675 empregos) e construção civil (-1.591 empregos).

 

 

 

 

 

Responsável Técnico:

João Quirino Rodrigues Junior


Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais

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