Comércio varejista goiano cresce 0,1% em setembro


 

Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE), analisada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), o volume de vendas do comércio goiano restrito (que exclui os segmentos de veículos e motos, partes e peças e de material de construção) apresentou alta de 0,1% (descontada a inflação), na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, conforme descrito na Tabela 1. A receita nominal também apresentou recuperação, com alta de 1,1%, o mesmo indicador para o Brasil apresentou queda de 0,3%.

 

Tabela 1 – Brasil e Goiás: Variação do Volume e da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016 (Com Ajuste Sazonal Base: Mês anterior = 100) (%)

 

Variações Mensais (%)

Brasil

Goiás

 

Jul/16

Ago/16

Set/16

Jul/16

Ago/16

Set/16

Volume de Vendas

-0,7

-0,8

-1,0

0,1

-1,5

0,1

Receita de Vendas

0,4

0,4

-0,3

0,8

-0,3

1,1

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

 

Em setembro/2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas do comércio goiano restrito apresentou recuo de 7,7% (descontada a inflação). Diante desse resultado, o varejo goiano ficou com a 15ª pior taxa entre as 27 unidades da Federação, desempenho abaixo do apurado para o varejo brasileiro (-5,9%). Esse resultado reflete a continuidade da deterioração dos principais indicadores econômicos (Gráfico 1).

 

 

 

Varejo Goiano Restrito

 

Na série sem ajuste set/16/set/15, todas as atividades monitoradas pela pesquisa tiveram resultados negativos em volume no mês de setembro/16. Os maiores recuos ocorreram nas vendas de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com decréscimo real de 49,5%, devido à valorização do dólar frente ao real.

O segmento de Móveis e eletrodomésticos registrou queda de 16,8%, impulsionado pelo comportamento negativo decorrente de fatores, como restrições à crédito direcionado às pessoas físicas, que avançou muito com o aumento da taxa de juros, além da redução da renda real das famílias devido à inflação.

Com menor impacto, o segmento, Outros artigos de uso pessoal e domésticos, também apresentou queda de 1,1%, porém apresentou melhoria no indicador, comparado ao mês anterior (-6,2%). Esse segmento contempla um mix de diversos produtos, em que muitos deles são de reposição doméstica.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que é impactado pela redução do poder de compra das famílias, apresentou queda de -3,4%.

 

Tabela 2 – Brasil e estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2016 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Jul/16

Ago/16

Set/16

No

Ano

12

Meses

Jul/16

Ago/16

Set/16

No

Ano

12

Meses

Comércio Varejista Geral

-5,6

-5,5

-5,9

-6,5

-6,6

-9,8

-10,2

-7,7

-10,0

-10,5

Combustíveis e lubrificantes

-10,0

-9,6

-9,0

-9,7

-10,1

-8,0

-13,7

-8,9

-8,2

-7,5

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

-1,0

-2,2

-2,6

-2,9

-3,0

-7,0

-8,0

-3,4

-7,0

-8,0

Hipermercados e supermercados

-0,7

-1,7

-2,5

-2,8

-3,0

-7,6

-9,0

-4,2

-7,4

-8,4

Tecidos, vestuário e calçados

-14,1

-10,5

-10,3

-11,3

-11,4

-6,9

-7,1

-1,7

-10,9

-10,3

Móveis e eletrodomésticos

-10,7

-9,3

-13,4

-13,6

-14,6

-17,8

-13,6

-16,8

-17,3

-19,5

Móveis

-12,8

-14,5

-13,6

-12,8

-15,4

-24,5

-14,4

-18,2

-9,0

-13,7

Eletrodomésticos

-9,8

-6,9

-13,3

-13,9

-14,2

-15,3

-13,4

-16,3

-20,0

-21,3

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

-3,3

-3,7

-3,7

-1,1

-0,4

-7,4

-6,2

-5,6

-3,7

-3,0

Livros, jornais, revistas e papelaria

-17,0

-15,1

-18,0

-16,9

-16,2

-13,5

-16,1

-8,7

-10,5

-11,4

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-13,5

-9,0

-11,9

-14,7

-15,0

-43,5

-43,8

-49,5

-39,9

-34,4

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

-11,5

-10,8

-9,0

-11,7

-10,4

-3,8

-6,2

-1,1

-6,4

-4,0

Comércio varejista ampliado geral

-10,7

-7,7

-8,6

-9,2

-10,0

-15,1

-12,5

-9,3

-13,7

-15,7

Veículos, motocicletas, partes e peças

-21,3

-13,0

-14,4

-14,6

-17,0

-22,7

-15,5

-10,7

-17,1

-22,1

Material de construção

-12,6

-6,9

-10,8

-12,0

-12,6

-15,1

-13,5

-12,3

-18,6

-18,1

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2016.

 

                       

 

Em termos de receita nominal, o valor das vendas do comércio varejista goiano apresentou alta de 4,3% em setembro/16. Desde jun/2016, essa taxa tem sido positiva, sinalizando recuperação. Verifica-se, porém que o valor da receita real (descontado a inflação) ainda não se recuperou. A inflação IPCA Goiânia, nos últimos 12 meses até setembro, acumulou 8,8%.

 

Tabela 3 – Brasil e estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2016 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

Variação Mensal

Acumulado

Variação Mensal

Acumulado

Jul/16

Ago/16

Set/16

No

Ano

12

Meses

Jul/16

Ago/16

Set/16

No

Ano

12

Meses

Comércio Varejista Geral

6,3

6,6

5,7

5,1

4,4

2,1

1,5

4,3

0,9

-0,2

Combustíveis e lubrificantes

0,9

0,1

0,8

3,0

3,8

6,5

-3,3

3,2

6,2

6,8

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

13,1

12,7

11,3

10,7

9,9

7,4

6,6

11,2

5,7

4,3

Hipermercados e supermercados

13,7

13,3

11,7

10,8

9,8

6,7

5,4

10,3

5,1

3,7

Tecidos, vestuário e calçados

-9,0

-5,6

-5,7

-6,1

-6,5

-2,2

-2,3

Governo na palma da mão

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