A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE) apontou para o mês de agosto/2016, no estado de Goiás, queda de 0,6%, já descontada a inflação, comparado ao mês de julho/2016. O recuo goiano ficou abaixo da média nacional, que foi de -1,6%. Ressalta-se que houve aumento no indicador para Goiás, tendo em vista que em julho a queda foi de -1,9%. O resultado, para a receita nominal manteve-se estável para Goiás (0,0%), para a média do país recuou 0,4% (Tabela 1).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, Goiás apresentou queda de 9,5% (descontada a inflação), muito acima da média nacional, que apresentou queda de 4,0%. Nos últimos 12 meses, o setor de serviços em Goiás acumula queda de 6,8% em volume. No âmbito regional, todas as unidades da Federação apresentaram variação negativa, os maiores retrocessos em agosto/2016 foram em: Rondônia (-21,2%), Amazonas (-16,1%) e Espírito Santo (-13,9%) (Gráfico 1).

O setor de serviços goiano vem recuando desde agosto de 2015 em todas as atividades apuradas pela pesquisa, na comparação ago/16 com ago/15. Nessa comparação, diferentemente dos demais setores, a atividade de serviços prestados às famílias apresentou a menor variação negativa (-0,5%). Entre as atividades, a maior queda em ago/16 ocorreu no setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (-20,7%), no ano o recuo no setor foi de 8,6%. Na sequência, vieram Serviços profissionais, administrativos e complementares, com queda de 5,5%, acumulando 10,9% de recuo no ano. Após dois meses apresentando variações positivas, o segmento de Atividade turística voltou a apresentar queda, 2,1%, devido ao fim das férias escolares e pela ausência de eventos turísticos no mês de agosto (Tabela 2).

Em relação à variação nominal da receita de serviços, Goiás apresentou queda em ago/2016 (-3,9%), e o indicador nacional apresentou variação positiva de 2,1%. Em termos de atividades, em Goiás, apenas três segmentos apresentaram taxas positivas: Outros serviços (3,9%), Serviços prestados às famílias (3,1%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%), além de Atividades turísticas (2,9%) (Tabela 3).

A atividade de transportes foi a que apresentou a maior variação negativa, refletindo a contração dos setores produtivos demandantes de transportes, caso da produção industrial e da agropecuária. Seguindo a mesma tendência, os serviços profissionais e administrativos seguem em recuo desde abril de 2015, reflexos do arrefecimento da economia. Quanto à atividade turística, o fim da temporada do Araguaia, das festividades da Festa do Divino Pai Eterno na cidade de Trindade e das férias escolares contribuiram para o retrocesso da atividade em agosto/2016.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Baixar Arquivo no Formato PDF