Indústria goiana recua em janeiro, 2,0%.


Conforme apurado na Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria goiana (de transformação e extrativa mineral) apresentou alta de 4,4%, no comparativo de janeiro/15 com dezembro/14, – série com ajuste sazonal. Nessa mesma base de comparação, a produção nacional também aumentou 2,0%, sendo que, dos locais pesquisados, as maiores variações ocorreram em Pernambuco com 13,5%, São Paulo com 7,1%, Minas Gerais com 6,5% e Goiás com 4,4%. As quedas mais acentuadas ocorreram na Bahia (-10,1%), Paraná (-5,6%) e Rio Grande do Sul (-2,9%), vide Tabela 1.

Na comparação janeiro 15 / janeiro / 14, a indústria de Goiás teve queda de 2,0%, a quinta maior queda entre as unidades pesquisadas. Nessa base de comparação, o Estado do Espírito Santo liderou o crescimento industrial, com 18,2%, explicado pelo impulso advindo do setor extrativo, especialmente de minérios de ferro pelotizado e óleos brutos de petróleo. Ainda nessa comparação, a maior queda entre as unidades pesquisadas foi verificada no Estado do Amazonas (-12,5%), pressionado pela redução na produção dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos (televisores) e ópticos. No confronto de janeiro/15 com janeiro/14, dez Estados registraram queda na produção, ao passo que somente quatro tiveram variação positiva, conforme Tabela 1.

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Janeiro de 2015

Locais

Variação (%)

 

 

Janeiro 15 / Dezembro 14*

Janeiro 15 / Janeiro 14

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

2,0

-5,2

-3,5

Nordeste

-1,9

-5,9

-0,4

Amazonas

-2,3

-12,5

-5,6

Pará

-0,9

6,4

8,6

Ceará

-2,0

-5,0

-2,9

Pernambuco

13,5

3,4

-0,1

Bahia

-10,1

-12,1

-3,2

Minas Gerais

6,5

-3,7

-3,2

Espírito Santo

4,3

18,2

7,2

Rio de Janeiro

0,2

-3,1

-3,0

São Paulo

7,1

-5,5

-6,2

Paraná

-5,6

-11,9

-6,6

Santa Catarina

2,4

-8,0

-2,7

Rio Grande do Sul

-2,9

-11,3

-5,4

Mato Grosso

5,1

3,3

Goiás

4,4

-2,0

1,8

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

*Ajustado sazonalmente.

 

 

 

O Gráfico 1 apresenta o comportamento da média móvel e do índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. Nesse gráfico é possível verificar as oscilações na produção industrial, sendo que em 2015 o comportamento do mês de janeiro apresentou alta, diferente do registrado em 2014, índice de base fixa. No índice de média móvel trimestral nota-se queda a partir de dezembro de 2014.

 

 

 

 

Na comparação janeiro 2015 com janeiro 2014, o setor industrial goiano apresentou queda de 2,0%,  sendo a quinta maior taxa negativa. No indicador acumulado nos últimos doze meses houve variação de 1,8%.

Em âmbito setorial, comparação de janeiro/15 com janeiro/14, a queda ocorreu em cinco atividades. As influências negativas mais relevantes sobre o total da indústria ocorreram nos segmentos de outros produtos químicos (-30,3%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-27,5%), no primeiro, pela menor produção de medicamentos e no segundo, pela redução na produção de adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio e com nitrogênio (NPK). Ainda com taxa negativa vieram os produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-23,2%) e de produtos de minerais não metálicos (-15,2%), explicados, pela queda na produção de latas de ferro e aço para embalagem de produtos diversos, no primeiro ramo e de cimentos, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento, telhas de cerâmica, elementos pré-fabricados para construção civil de cimento, concreto, no segundo ramo.

Em sentido oposto, os setores de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (79,9%) e de produtos alimentícios (3,7%) assinalaram os principais impactos positivos sobre a média da indústria, impulsionados, em grande medida, pela maior fabricação de biodiesel e álcool etílico; e de óleo de soja refinado, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, óleo de soja em bruto e rações e outras preparações utilizadas na alimentação de animais, respectivamente. As demais expansões vieram das atividades de metalurgia (6,9%), conforme Gráfico 3.

 

 

 

 

 

 

A produção industrial goiana iniciou o ano de 2015 em queda (-2,0%), na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No entanto, o desempenho industrial de Goiás acompanhou o comportamento da conjuntura macroeconômica dos grandes centros industriais do país, que também recuaram. Segundo analista do setor, o fraco desempenho da indústria está associado à recomposição de estoques em diferentes ramos industriais. Com isso, não é possível definir qual a tendência para os próximos meses para o setor fabril diante das incertezas no cenário econômico.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro

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