De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na comparação com ajuste sazonal, dezembro14/novembro14, o comércio varejista nacional apresentou queda no volume de vendas e na receita nominal, com taxas de -2,6% e -2,4%, respectivamente. Para Goiás, o resultado do mês de dezembro apresentou no volume variação de -8,9% e na receita de -5,9%.

No âmbito regional, na série com ajuste sazonal, o Estado de Roraima e do Paraná tiveram taxas positivas, com 6,7% e 0,2%, respectivamente e as demais unidades da Federação tiveram recuo no volume de vendas. As maiores taxas negativas ocorreram nos Estados da Paraíba (-13,3%); Amapá (-10,1%); Pará (-9,0%) e Goiás, com -8,9%.

As vendas do comércio varejista brasileiro, em dezembro de 2014, apresentaram alta de 0,3% no volume de vendas e alta de 6,0% na receita nominal, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na mesma base de comparação, o comércio varejista goiano, teve queda no volume de vendas de 5,6%, e a receita nominal também recuou 0,1%.

Na análise do comércio sem ajuste sazonal oito unidades da Federação apresentaram variações negativas no volume de vendas, sendo a maior queda ocorrida em Goiás (-5,6%). Os Estados da região Norte lideram as taxas de crescimentos, destaque para Roraima (26,3%) e Acre (9,5%), Gráfico 1.

O varejo ampliado brasileiro, que contempla além do varejo o segmento de atacado na construção civil e de veículos, motocicletas, partes e peças apresentou queda em dezembro no volume de vendas, decorrente principalmente dos setores de veículos, motos, partes e peças, que apresentou queda de 8,6%. Este resultado desfavorável é justificado em parte pela desaceleração no ritmo do consumo devido à redução do IPI para aquisição de veículos novos e ainda pela forte expansão dos últimos anos, o que limitou o crescimento desse segmento.

Varejo Goiano

A taxa acumulada do comércio varejista restrito goiano em 2014 foi de 1,4%, em relação ao ano anterior (série sem ajuste), resultado menor do que o apresentado em 2013 em relação a 2012, que foi de 4,6%. Dentre as oito atividades do varejo, cinco registraram taxas positivas, em relação ao ano anterior. Em sentido contrário três apresentaram resultados negativos, cujos comportamentos serão descritos a seguir. O comércio varejista ampliado teve recuo de 6,2% em volume e recuo de 1,5% na receita nominal; no ano a taxa acumulada em volume foi de -2,3% e da receita nominal positiva, 2,7% (Tabelas 1 e 2).

O resultado negativo do varejo goiano em dezembro/2014 foi puxado pela queda nas vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,0%); Móveis (-13,7%) e Hipermercados e supermercados (-11,5%). Esse arrefecimento nas atividades do varejo é explicado pela moderação do consumo das famílias ao longo do ano, provocado em parte pela desaceleração do crescimento da massa real de rendimento que em 2014 expandiu apenas 1,4%, contra 2,4% em 2013, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação em Goiás liderou as vendas, com expansão 54,3% em dezembro, sobre igual mês do ano passado. A taxa acumulada no ano para este segmento atingiu 6,6%. O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentou a segunda maior taxa no fechamento do ano (17,1%), embora tenha recuado em dezembro (-4,5%). Os fatores explicativos desse desempenho estão relacionados à variação de preços dos medicamentos abaixo do índice geral de preços do IPCA e, também, devido ao caráter de uso essencial desses produtos.

Baixar Arquivo no Formato PDF