De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana (de transformação e extrativa mineral) apresentou aumento de 0,4% no mês de junho/14, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal. A produção nacional registrou queda de 1,4%, no mesmo período. No tocante as unidades pesquisadas, a indústria cresceu em três localidades, destaque para o estado do Rio de Janeiro, com 5,4% e Espírito Santo com 3,5%. As maiores contrações ocorreram nos estados do: Amazonas (-9,3%), Paraná (-7,5%) e Pernambuco (-7,4%), conforme Tabela 1.

Na comparação junho 14 / junho 13, a produção industrial de Goiás apresentou elevação de 3,3% (das oito atividades, três tiveram resultados positivos). O Estado do Amazonas registrou a maior queda entre as unidades pesquisadas, -16,2%, influenciado pela queda produção dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos. Os maiores crescimentos ocorreram no Pará (6,7%) e Espírito Santo (4,2%), no caso do primeiro, adveio do incremento na produção de minérios de ferro em bruto (indústrias extrativas). Ainda nessa base de comparação, a indústria brasileira apresentou redução na produção, variação de -6,9%, vide Tabela 1.

O Gráfico 1 mostra o comportamento da média móvel e do índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. Nesse gráfico é possível verificar as oscilações na produção industrial, sendo que a partir de fevereiro de 2014 o índice de base fixa segue em ascensão. No índice de média móvel trimestral, nota-se a tendência de crescimento iniciada em março/14.

Na análise setorial da indústria de transformação goiana, comparativo de junho de 2014 / junho 2013, os setores que apresentaram crescimento foram o de fabricação de produtos alimentícios (9,9%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,4%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (11,5%), os demais setores apresentaram resultado negativo. Entre os resultados negativos houve forte queda na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-21,6%) e a metalurgia (-20,3%).

Com relação ao primeiro semestre de 2014, o setor industrial goiano registrou alta de 0,8%. Contribuíram para este resultado as altas da indústria de transformação nos segmentos de fabricação de outros produtos químicos (23,0%) e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (3,8%). As indústrias extrativas também tiveram destaque, com expansão de 5,4%, conforme Gráfico 2.

A indústria de Goiás vem no movimento ascendente desde o início do ano, com destaque para fabricação de outros produtos químicos com maior variação no semestre. Não obstante, mesmo com a Copa do Mundo no mês de junho, período em que houve menos dias úteis e dispensa de trabalhadores nos dias de jogos, a indústria goiana avançou.

Portanto, na medida em que houve redução no ritmo de produção industrial nacional, o Estado de Goiás paulatinamente segue em expansão, especialmente na indústria de transformação.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro

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