Indústria goiana cresce 9,2% em novembro.


Conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 4,1% no mês de novembro, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado diferente do registrado no mês anterior, expansão de 0,3%. No âmbito regional, cinco das quatorze localidades pesquisadas apresentaram expansão, com destaque para a região Nordeste (6,5%) e Bahia (4,4%).

Na comparação novembro 2013 / novembro2012, a indústria de Goiás expandiu 9,2%, ao passo que a taxa média brasileira foi de 0,4%. No âmbito regional, o comportamento positivo prevaleceu na metade das localidades (sete), as maiores taxas foram registradas no estado do Paraná (12,2%) e Goiás (9,2%). Rio de Janeiro (-3,1%) e Santa Catarina (-2,6%) tiveram as quedas mais acentuadas no período, conforme a Tabela 1.

No acumulado do ano, Goiás apresentou a quarta maior taxa de crescimento (4,6%), sendo que até o mês de outubro o estado ocupava a terceira maior expansão do ano (4,3%). Nos últimos 12 meses, três locais apresentaram taxas negativas, Espírito Santo (-7,1%), Pará (-5,4%), Minas Gerais (-0,4%), a média nacional foi de 1,0% no acumulado de dezembro/12 – novembro/13.

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Novembro de 2013

 

 

Locais

Variação (%)

 

Novembro/Outubro *

Novembro13/Novembro12

Acumulado no ano

Acumulado nos últimos 12 meses

 

Brasil

-0,2

0,4

1,4

1,0

 

Região Nordeste

6,5

-0,3

1,1

1,6

 

Amazonas

-0,4

-2,2

1,5

0,9

 

Pará

-0,2

2,9

-5,6

-5,4

 

Ceará

-1,6

2,3

3,7

3,1

 

Pernambuco

3,0

3,2

0,2

0,3

 

Bahia

4,4

0,9

4,5

5,7

 

Minas Gerais

0,3

-0,6

-0,8

-0,4

 

Espírito Santo

-0,1

-0,9

-6,9

-7,1

 

Rio de Janeiro

0,2

-3,1

0,6

0,5

 

São Paulo

-0,3

-0,6

1,4

1,1

 

Paraná

-0,7

12,2

5,7

2,5

 

Santa Catarina

-3,1

-2,6

1,6

1,2

 

Rio Grande do Sul

-1,4

8,3

6,3

4,6

 

Goiás

-4,1

9,2

4,6

4,9

 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores  2014.

*Ajustado sazonalmente.

 

 

 

 

 

 
 

Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria de Goiás avançou 9,2% em novembro, ante o recuo no mês anterior de 1,1%. No recorte setorial da indústria de Goiás, quatro dos cinco ramos pesquisados tiveram acréscimo de produção. A principal contribuição positiva foi observada na atividade de produtos químicos (16,2%), sobretudo, pela maior produção de medicamentos. O segmento de alimentos e bebidas teve variação positiva (8,3%), devido à maior produção de maionese, condimentos e temperos compostos e óleo de soja. Outros resultados positivos ocorreram nos minerais não metálicos (11,6%) e metalurgia básica (1,5%), vide Gráfico 1. O único ramo investigado a apresentar queda foi a indústria extrativa (-6,8%), puxado pela menor extração de amianto.

 

 

 

 

 

No acumulado do ano, Goiás apresentou taxa positiva em todos os segmentos. Os maiores dinamismo vieram dos produtos químicos com 5,9% e alimentos e bebidas (5,1%), devido aos incrementos na produção de medicamentos, no primeiro segmento, e de maioneses, cervejas e chope, no segundo. Os alimentos e bebidas, segmento de maior peso na indústria, teve reversão em relação ao comportamento de queda registrado no ano anterior, dessa forma, impulsionou a produção goiana em 2013.

O comportamento da indústria brasileira em novembro/13 em relação a mesmo mês do ano anterior foi próximo de zero (0,4%). Em termos regionais, no conjunto das 14 unidades pesquisadas a metade apresentou recuo. Vale ressaltar a queda nos estados da região Sudeste, onde a indústria recuou em todos estados, nessa região localiza-se grande parte dos parques fabris do país e a indústria é mais diversificada, dessa forma comprometeu o resultado do indicador nacional.

Observando o cenário macroeconômico que tem apresentado constante elevação das taxas de juros (à partir de maio), verifica-se que o estado de Goiás tem apresentado taxas de crescimento consideráveis na produção industrial (9,2%), obtendo um dos melhores índices, ficando apenas atrás do estado do Paraná (12,2%).

 

Destaques setoriais:

 

No grupo dos produtos químicos a produção de medicamentos foi a que se destacou. Segundo o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas de Goiás (Sindifargo), houve problema pontual na produção de uma relevante empresa em Anápolis, que poderá comprometer a produção do mês de dezembro, além do recesso programado de fim de ano.

 

No setor de minerais não metálicos verifica-se um maior dinamismo, associado a maior produção do cimento, visando atender a construção civil, que tem apresentado dinamismo em novas construções.

 

No grupo da metalurgia básica, destaca-se o complexo de minério (ferronióbio e ferroníquel) representativo na pauta de exportações, que teve sua produção elevada, contribuindo para o aumento da produção neste grupo em Goiás.

 

 

Projeção fechamento do ano:

As perspectivas para o fechamento do ano de 2013 no setor industrial goiano é com uma taxa em torno de 4,3%, as projeções são obtidas a partir de informações de anos anteriores, através da técnica de séries temporais¹. O Gráfico 2 mostra a evolução da produção goiana desde 2002.

 

 

          

 

 

 

Com relação à projeção para o Brasil, através do mesmo método de estimação, espera-se crescimento industrial em torno de 1,4% em 2013.

 

 

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Alex Felipe Rodrigues Lima

Dinamar Maria Ferreira Marques

Luiz Batista Alves

Millades de Carvalho Castro



[1] Estimativas obtidas utilizando o software R, por meio da metodologia de Box – Jenkins.

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