Produção Industrial goiana perde fôlego em maio e recua 0,4%.


De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana (de transformação e extrativa mineral) expandiu 3,2% no mês de maio, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal. Foi o avanço mais acentuado, após duas perdas nos meses de março e abril, 2,2% e 2,6%, respectivamente. Em nível regional, cinco das quatorze localidades apresentaram taxas positivas, sendo que neste tipo de confronto, Goiás liderou, seguido por Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco.  No resultado para a média brasileira houve recuo de 2,0%.

Na comparação maio 2013 / maio 2012, a indústria goiana recuou 0,4%, interrompendo a alta apresentada no mês de abril de 10,9%. Em relação ao resultado nacional, houve variação positiva de 1,4%. Nos índices regionais, o comportamento negativo prevaleceu em cinco localidades (Pará, Ceará, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás) e nove apresentaram variações positivas, a mais relevante neste tipo de comparação foi verificada no estado do Amazonas (6,6%).

De janeiro a maio, Goiás expandiu 2,1%, Rio de Janeiro liderou o crescimento no período (5,4%), seguido por Bahia (5,0%). Para o acumulado dos últimos 12 meses, a produção goiana não registrou expansão (0,0%), cinco localidades apresentaram taxas positivas e oito incluindo o Brasil apresentaram taxas negativas (Tabela1).

 

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Maio de 2013

Locais

Variação (%)

 

maio/abril *

Maio 13 / maio 12

Acumulado no ano

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

-2,0

1,4

1,7

-0,5

Região Nordeste

-0,6

2,2

1,4

1,3

Amazonas

-0,2

6,6

2,4

-3,7

Pará

-0,4

-19,6

-11,0

-5,9

Ceará

-1,9

-0,6

2,2

0,2

Pernambuco

0,6

4,4

0,0

-0,6

Bahia

-0,1

5,5

5,0

4,6

Minas Gerais

1,1

1,0

-0,6

1,7

Espírito Santo

-0,3

-5,6

-10,0

-8,2

Rio de Janeiro

-0,8

3,0

5,4

0,1

São Paulo

-3,7

1,3

2,8

-0,4

Paraná

0,9

4,7

-0,1

-7,0

Santa Catarina

-2,5

-2,7

-0,5

-1,7

Rio Grande do Sul

0,7

4,3

3,3

-2,7

Goiás

3,2

-0,4

2,1

0,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Segplan-GO/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores  2013.

*Ajustado sazonalmente.

 

 

O Gráfico 1 apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. Na passagem de abril para maio, o índice de média móvel trimestral apresentou recuo de 0,6%, no entanto, o índice de base fixa cresceu 3,2%, após dois meses de recuo consecutivo.

 

 

 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial goiano mostrou variação negativa de 0,4% em maio de 2013, após avançar 10,9% em abril último. O índice acumulado nos cinco primeiros meses do ano assinalou expansão de 2,1%, com ganho de ritmo frente ao índice do primeiro trimestre de 2013 (0,5%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ficou estável (0,0%) em maio de 2013 e apontou perda de ritmo frente ao resultado de abril (0,5%).

No recorte setorial da indústria goiana – comparação maio de 2013 / maio 2012- três dos cinco ramos investigados perderam dinamismo, apenas o segmento de produtos químicos apresentou taxa positiva de 8,6%, devido à maior produção de medicamentos. A principal contribuição negativa na formação da taxa global veio de alimentos e bebidas (-5,3%), motivado em grande medida pela redução na produção de maionese, refrigerantes, açúcar cristal, leite esterilizado e em pó e condimentos e temperos.  Além do setor alimentício, tiveram recuo, metalurgia básica (-4,1%), influenciado principalmente pelos itens ferroníquel, ferronióbio e ouro em barras; e, minerais não-metálicos (-3,2%), devido à redução na produção de massa de concreto e ladrilhos e placas de cerâmica para revestimento.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o setor industrial de Goiás, avançou 2,1%, impulsionado pela maior produção em dois dos cinco setores investigados, com destaque para o crescimento de 5,5% da atividade de alimentos e bebidas. Nesse ramo sobressaiu a maior fabricação de maionese, cervejas, chope, molho de tomate, milho doce preparado, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, condimentos e temperos. Por outro lado, entre os três ramos que mostraram queda na produção, a principal influência negativa sobre a média global foi verificada no setor de minerais não-metálicos (-7,2%) Gráfico 2.

 

 

 

O comportamento da indústria goiana está oscilando desde julho de 2012, alternando taxas negativas e positivas, por segmento, minerais não metálicos apresentou sete taxas negativas nesse período, alimentos e bebidas e produtos químicos apresentaram cinco taxas negativas, sendo estes dois últimos os de maior influência no resultado da taxa global.

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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