Indústria goiana manteve estabilidade no primeiro trimestre, 0,4%.


Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 2,8% no mês de março, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal. No âmbito regional, oito das quatorze localidades apresentaram taxas positivas, ao passo que as demais tiveram redução da produção. Para o Brasil, verificou-se elevação na taxa média, 0,7%.

No comparativo março 2013 / março 2012, a indústria goiana registrou queda de 3,2%. Quanto ao resultado nacional, houve queda de 3,3%. Nos índices regionais, o comportamento negativo prevaleceu em onze localidades investigadas, as demais mostraram resultados positivos.

No acumulado do ano, Goiás foi o quinto no ranking do crescimento industrial, com 0,4%. Rio de Janeiro (5,7%) e a Bahia (2,2%) assinalaram os avanços mais intensos nesse período de comparação (Tabela 1).

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Março de 2013

Locais

Variação (%)

Março/Fevereiro *

Março 13 / Março 12

Acumulado no ano

Brasil

0,7

-3,3

-0,5

Nordeste

0,5

-2,6

-0,9

Amazonas

2,5

1,6

-1,1

Pará

-3,8

-14,0

-5,7

Ceará

-1,0

-6,8

1,7

Pernambuco

2,6

-3,7

-2,6

Bahia

0,8

1,4

2,2

Minas Gerais

4,4

-4,0

-1,5

Espírito Santo

-0,3

-13,1

-11,5

Rio de Janeiro

2,5

1,1

5,7

São Paulo

0,6

-2,6

0,4

Paraná

5,4

-4,4

-4,6

Santa Catarina

-0,7

-6,2

-2,5

Rio Grande do Sul

-1,3

-5,3

-1,0

Goiás

-2,8

-3,2

0,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Instituto Mauro Borges / Segplan-GO /  Gerência de Contas Regionais e Indicadores  2013.

*Ajustado sazonalmente.

 


O Gráfico 1, apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. Nos últimos dois meses, os índices de base fixa e média móvel trimestral apresentaram variações semelhantes, sendo que o último descolamento das séries ocorreu em novembro de 2012. Cabe mencionar que, na curva de média móvel trimestral, os últimos dois meses estão no patamar mais elevado da série desde 2011.

  

 

 


Na análise setorial da indústria goiana – comparação março de 2013 / março 2012 – observou-se queda em quatro dos cinco ramos investigados, apenas o segmento da indústria extrativa teve crescimento, 0,2%, impulsionado pelo aumento na produção do amianto. As principais contribuições negativas foram de produtos químicos (-3,4%), menor fabricação de medicamentos; alimentos e bebidas (-1,7%), recuo na extração do óleo de soja, refrigerantes e extrato de tomate; minerais não metálicos (-13,9%), contração na produção de cimento “Portland”. Houve variação negativa na atividade de metalurgia básica (-9,2%), devido a menor produção de ouro em barras e ferroníquel.

Para o primeiro trimestre de 2013, Goiás registrou elevação de 0,4%. O quinto maior crescimento entre os locais pesquisados. O destaque ficou por conta dos alimentos e bebidas, 9,3%, nessa atividade sobressaíram à fabricação de maionese, cerveja e chope. As maiores quedas foram registradas nos produtos químicos (7,9%) e minerais não metálicos (8,3%), influenciado pelas quedas na produção de medicamentos e cimento “portland”, Gráfico 2.

 

 

 

 


O recuo na indústria goiana em março deveu-se principalmente a contração na indústria de transformação. Os segmentos de maiores pesos, alimentos e bebidas e produtos químicos, tiveram comportamentos diferentes no acumulado do ano, crescimento no primeiro e queda no segundo. Portanto, o índice geral manteve-se com baixo crescimento no primeiro trimestre do ano.

 

 

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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