Indústria goiana lidera o crescimento brasileiro no acumulado do ano, 3,5%.


Conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 14,7% no mês de novembro, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, resultado diferente do registrado no mês anterior, quando houve expansão de 16,5%. A produção industrial nacional também registrou queda de 0,6%, puxada pela contração industrial de seis estados, dentre as quatorze localidades pesquisadas, neste tipo de confronto.
Na comparação novembro 2012 / novembro2011, a indústria de Goiás teve queda de 10,1%, ao passo que a taxa média brasileira foi de -1,0%. No âmbito regional, o comportamento positivo prevaleceu somente em cinco localidades, enquanto as demais mostraram resultados negativos, tabela 1.
No acumulado do ano, Goiás liderou o crescimento industrial, com 3,5%, seguido por Bahia (2,9%) e Pernambuco (1,4%). Neste período de comparação, dois outros locais apresentaram taxas positivas. A taxa média Brasil registrou queda de (-2,6%).

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Novembro de 2012

Locais

Variação (%)

Novembro/Outubro*

Novembro 12 / Novembro 11

Acumulado no ano

Brasil

-0,6

-1,0

-2,6

Nordeste

4,2

1,2

1,2

Amazonas

2,9

-3,7

-7,1

Pará

-6,0

-4,3

-0,9

Ceará

2,2

-1,4

-1,4

Pernambuco

1,3

-5,1

1,4

Bahia

3,5

8,8

2,9

Minas Gerais

-0,7

3,0

1,3

Espírito Santo

-6,3

-8,4

-6,0

Rio de Janeiro

2,1

0,4

-5,5

São Paulo

-1,9

-0,3

-4,0

Paraná

-5,1

-13,4

-2,5

Santa Catarina

3,0

1,2

-2,6

Rio Grande do Sul

0,4

-7,1

-3,9

Goiás

-14,7

-10,1

3,5

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

*Ajustado sazonalmente.

 
O Gráfico 1, apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. A leitura do gráfico mostra as oscilações na produção industrial, sendo que desde o início do ano, houve um mês de elevação seguido de um mês de declínio, exceção registrada entre maio/12 e julho/12, onde ocorreram quedas seguidas no índice de base fixa. Já o índice de média móvel ficou acima do índice de base fixa em novembro de 2012, explicado por oscilações mais acentuadas no ritmo de produção industrial entre outubro e novembro.
 
  
 
Na observação setorial da indústria goiana, comparativo de novembro de 2012 / novembro 2011, a indústria extrativa apresentou crescimento de 1,7%, especialmente pela maior produção de amianto, ao passo que a indústria de transformação recuou 11,0%. Dentro da indústria de transformação, o segmento de produtos químicos liderou a queda, 19,7%, devido ao recuo na fabricação de medicamentos. Alimentos e bebidas também registrou contração de 7,6%, influenciado principalmente pela redução na produção de maionese, farinhas e óleo de soja refinado e bruto, também registrou queda a metalurgia básica, 6,5%. No sentido inverso, houve expansão de produção de minerais não metálicos, 7,3%, decorrente do crescimento na produção de cimentos “Portland”.
 
No acumulado do ano, o setor industrial goiano liderou o crescimento industrial, com expansão de 3,5%. A principal contribuição para este resultado foi o segmento de produtos químicos, 15,5%, por conta da maior fabricação de medicamentos. Ao passo que, o único segmento a recuar neste período foi o de alimentos e bebidas, pressionado em parte pela queda na fabricação de milho doce preparado, leite em pó, maionese, leite esterilizado, refrigerantes, cervejas e chope.
 
 
 
 
 
Embora tenha registrado queda acentuada em novembro, por conta do recuo nos segmentos de maior peso (produtos químicos e alimentos e bebidas) e pela base alta de comparação do mês anterior, com ajuste, nos onze meses de 2012 a produção industrial goiana apresentou o maior crescimento entre as localidades pesquisadas, devido à contribuição expressiva dos produtos químicos, que nesse período apresentou sete taxas positivas, acumulando 15,5%, seguido por minerais não metálicos, com oito taxas positivas, no acumulando no ano 6,9% e metalurgia básica com oito taxas positivas, acumulando 5,8%, sendo que estes dois últimos segmentos não possuem tanta representatividade na formação da taxa global. Em sentido contrário, o segmento de maior peso, alimentos e bebidas registrou apenas quatro taxas positivas entre janeiro a novembro, com recuo de 3,1% no ano.  Também pesa no resultado da indústria goiana, problemas de competitividade, dada a concorrência e custos elevados de produção e distribuição.
 
 
Equipe de Conjuntura do IMB:
Dinamar Maria Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Juliana Dias Lopes
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Millades de Carvalho Castro
 

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