Em outubro de 2012, Goiás liderou o crescimento industrial, com expansão de 15,5%, terceiro maior resultado do ano no comparativo com o mês anterior – série com ajuste sazonal.  Revertendo o resultado apurado em setembro de 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de queda na produção industrial goiana de 2,9%.  No mesmo período, a indústria nacional registrou leve alta de 0,9%, sendo que metade das localidades pesquisadas apresentou taxas positivas na mesma comparação, Tabela 1.

Na comparação outubro 2012 / outubro 2011, a indústria de Goiás teve crescimento 16,7%, enquanto a taxa média brasileira foi de 2,3%. No âmbito regional, sete localidades apresentaram comportamento positivo, as demais registraram queda, Tabela 1.

No acumulado do ano, Goiás também liderou o crescimento industrial, com 5,0%, seguido pela Bahia (2,3%) e Pernambuco (1,9%). Nesse comparativo, outros três locais apresentaram taxas positivas. A taxa média Brasil registrou queda de (-2,8%).

O Gráfico 1 mostra o comportamento da média móvel com o índice de base fixa, ambas as comparações com ajuste sazonal. No mês de outubro houve descolamento entre as curvas de média móvel e base fixa, ambas as curvas têm iniciado uma trajetória ascendente. O índice de base fixa alcançou o pico da série no mês de outubro por conta do ritmo de produção industrial neste mês. Já a média móvel por carregar na série alguns recuos apresentou baixa oscilação.

Na análise setorial da indústria goiana, comparativo de outubro de 2012 / outubro 2011, todos os segmentos apresentaram crescimento, diferentemente do ocorrido no mês anterior quando todos os segmentos haviam apresentado recuo.  A principal contribuição positiva foi o setor de produtos químicos, 57,3%, influenciado principalmente pela expansão na fabricação de medicamentos. Os demais setores registraram as seguintes variações: minerais não metálicos (24,0%), devido ao aumento na produção de cimentos “portland”, indústrias extrativas (12,1%), especialmente por conta do amianto, alimentos e bebidas (0,2%) e metalurgia básica (1,7%), em decorrência do avanço na fabricação de açúcar cristal e ferroníquel, respectivamente.

No acumulado dos dez meses de 2012, a indústria goiana liderou o crescimento industrial ao apresentar expansão de 5,0%. Destaque para o segmento de produtos químicos, 22,8%, por conta da maior fabricação de medicamentos. O único segmento a apresentar queda neste período foi o de alimentos e bebidas (-2,6%), recuo na fabricação de milho doce preparado, leite em pó, cervejas, chope e refrigerantes, vide Gráfico 2.

A produção industrial goiana mostrou recuperação no mês de outubro de 2012, ante retração registrada no mês anterior. O avanço no mês de outubro manteve Goiás na liderança do crescimento industrial no acumulado do ano. O segmento de alimentos e bebidas, o qual possui maior contribuição no indicador, teve recuo no ritmo de produção no acumulado dos dez meses de 2012. Mesmo assim, produtos químicos impulsionou a indústria, com uma taxa de crescimento relevante, com destaque para a fabricação de medicamentos.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

EduigesRomanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

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