Em agosto de 2012, indústria goiana lidera o crescimento brasileiro, com 10,3%.


De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana cresceu 10,3% no mês de agosto, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal. Este resultado foi diferente do registrado no mês anterior, com queda de -6,3%. 

No comparativo agosto 2012 / agosto 2011, a indústria em Goiás registrou aumento de 3,7%, sendo o segundo maior incremento dentre as quatorze localidades pesquisadas. A taxa média brasileira apresentou recuo (-1,9%), principalmente em decorrência dos resultados negativos dos estados do Paraná (-10,8%), Espírito Santo (-7,4%) e Pará (-5,7%), o comportamento positivo prevaleceu em cinco localidades, enquanto as demais mostraram resultados negativos (Tabela 1).

Nos últimos 12 meses, Goiás continuou liderando o crescimento industrial, com 7,0%, seguido pelo Paraná, que apresentou expansão de 3,9%, enquanto nove localidades apresentaram taxas negativas. A taxa média registrada para o Brasil igualmente apresentou queda (-2,9%), como pode ser visto na Tabela 1.

 

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Agosto de 2012

Locais

Variação (%)

Agosto/Julho*

Agosto 12 / Agosto 11

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

1,5

-1,9

-2,9

Nordeste

0,0

1,6

0,5

Amazonas

7,6

-4,6

-2,2

Pará

-0,7

-5,7

0,7

Ceará

-1,5

-2,2

-3,6

Pernambuco

-0,7

1,5

3,8

Bahia

0,1

3,4

0,8

Minas Gerais

3,3

4,6

-1,1

Espírito Santo

-2,4

-7,4

-3,5

Rio de Janeiro

0,6

-5,6

-4,9

São Paulo

2,7

-4,6

-4,8

Paraná

3,0

-10,8

3,9

Santa Catarina

0,5

-2,2

-4,2

Rio Grande do Sul

4,8

-1,5

-1,0

Goiás

10,3

3,7

7,0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

*Ajustado sazonalmente.

 

O gráfico abaixo apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. A leitura do gráfico mostra que no mês de agosto/12 houve queda no índice de média móvel e aumento no índice de base fixa, resultado que representa uma reação ao cenário de declínio registrado nos meses anteriores.



Na análise setorial da indústria goiana (relação agosto de 2012 / agosto 2011), a melhor variação foi observada no setor de minerais não metálicos (8,5%), explicada pela maior produção de cimentos “Portland”; em seguida está o segmento de fabricação de produtos químicos (8,4%), influenciado principalmente pelo aumento na produção de medicamentos, que exerceu maior impacto positivo na formação da média global; na indústria extrativa (8,2%), o impulso se deu em grande parte pela maior produção de amianto e pedras britadas; por fim, registra-se o segmento de metalurgia básica (7,8%), resultado que reflete a crescente demanda internacional por ferroníquel e ferronióbio.

O setor de alimentos e bebidas exerceu impacto negativo sobre a média global, apresentando recuo (-0,2%), o que decorre da menor produção de açúcar cristal, cervejas, chopes, milho doce e catchup.

No acumulado do ano, o setor industrial goiano ficou em segundo lugar em termos de crescimento industrial, apresentando expansão de 3,7%. O estado de Minas Gerais ficou em primeiro, com 4,6%. Em Goiás, a principal contribuição ficou por conta do segmento de produtos químicos, 19,2%, o que decorreu da maior fabricação de medicamentos. O segmento de alimentos e bebidas foi o único a puxar para baixo o crescimento industrial, com recuo na produção de refrigerantes, molhos de tomates preparados e carnes de bovinos frescas ou refrigerado.

 

 Tabela 2 – Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – Agosto/2012

(Base: Igual período do ano anterior) – (%)

Segmentos

Mensal

Acumulado no ano

Últimos 12 meses

Indústria geral

3,7

5,3

7,0

– Indústria extrativa

8,2

1,7

2,0

– Indústria de transformação

3,4

5,6

7,3

      . Alimentos e bebidas

-0,2

-1,8

-1,4

      . Produtos químicos

8,4

19,2

26,4

      . Minerais não metálicos

8,5

6,5

3,5

      . Metalurgia básica

7,8

10,2

12,3

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.

Elaboração: Segplan-GO/IMB/ Gerência de Contas Regionais e Indicadores.


No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria goiana continuou liderando o crescimento, com expansão de 7,0%. O segmento de produtos químicos foi o que mais contribuiu para a alta da taxa (26,4%), em decorrência da maior fabricação de medicamentos. Por outro lado, o setor de alimentos e bebidas foi igualmente o único a puxar o crescimento industrial para baixo, com recuo na produção de leite em pó, cervejas, chope, açúcar cristal e leite.

 


A variação positiva na produção industrial em Goiás (agosto de 2012) quebrou a seqüência de resultados negativos apurados nos dois meses anteriores, podendo concretizar uma reversão no cenário de arrefecimento que se projetava para a economia, o que irá depender dos resultados dos próximos meses. È importante frisar que dos cinco segmentos que compõem a indústria goiana, apenas o setor de alimentos e bebidas apresentou recuo no mês de agosto/ 2012, os demais setores expandiram, contribuindo para a o crescimento da taxa global.


Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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