De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o mês de junho de 2012, o Estado de Goiás obteve acréscimo de 11,6% em volume de vendas em relação a junho de 2011, no ano houve um ganho de 9,3%, e no acumulado de 12 meses, 7,7%. No contexto nacional, na mesma base de comparação, o resultado em volume no mês apresentou acréscimo de 9,5%, no acumulado no ano, 9,1%, e nos 12 meses, 7,5%, consequência dos resultados positivos obtidos pelos Estados do Paraná (11,3%), Rio Grande do Sul (9,6%), Minas Gerais (10,4%), São Paulo (8,7%) e Rio de Janeiro (6,6%).

Em relação ao comércio varejista ampliado, composto pelos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e materiais para construção, em junho do corrente ano, o incremento foi de 13,2% no volume de vendas e 4,6% no acumulado de 12 meses. A receita nominal cresceu 12,7% no mês e 6,0% em doze meses.

Resultados por segmento do comércio varejista e varejista ampliado

No mês de junho, entre as dez atividades consideradas, apenas a de tecidos, vestuário e calçados teve variação negativa 4,2%.  As variações positivas foram constatadas nos seguintes seguimentos: livros, jornais, revistas e papelaria (86,1%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (20,7%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,2%); móveis e eletrodomésticos (17,7%); veículos, motocicletas, partes e peças (14,9%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (14,1%); material de construção (13,6%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (12,0%); e combustíveis e lubrificantes (1,9%).

O segmento de tecidos, vestuários e calçados obteve variação negativa para volume de vendas de -4,2%, na comparação entre junho e igual período do ano anterior, no acumulado de 12 meses, a variação foi de 1,5%.  Na receita nominal de vendas apresentou maior queda (-3,4%), na mesma base de comparação. Este resultado pode ser explicado pelo comportamento crescente dos preços (variação de 7,45% no grupo Vestuário – segundo o IPC Goiânia), ao longo do ano.

O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria apresentou pelo quinto mês consecutivo o melhor resultado entre as atividades observadas, com 86,1% em volume e 89,4% em receita nominal.  A explicação para as elevadas taxas do segmento decorre de instalação em Goiás de grandes empresas do ramo, que também atuam em outras unidades da federação, e também pelo incremento na diversificação da linha de produtos, especialmente de suprimentos de informática.

O segmento de combustíveis e lubrificantes apresentou pela primeira vez no ano taxa positiva no volume comercializado, com variação de 1,9%, em relação a junho de 2011, no semestre, a taxa de variação foi de -4,3% e nos últimos 12 meses de -6,9%. O aumento do volume comercializado pode ser atribuído à queda de preços nos combustíveis, que obteve variação de -0,7% nos últimos 12 meses, confirmada pelo levantamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses.

No segmento de veículos, motocicletas, partes e peças foi verificado crescimento na taxa de volume 14,9% e receita de vendas 9,7%, em relação a junho de 2011. O resultado positivo reflete os efeitos da medida de redução de IPI, tomado pelo governo Federal, em maio do corrente ano, que abaixou os preços dos veículos, estimulou a demanda e trouxe dinamismo para o mercado.

O comércio varejista goiano apresentou no primeiro semestre crescimento para volume e receita de vendas, o que possibilitou ao estado ter taxas acima da média nacional. No mês de junho apenas a atividade de tecidos, vestuários e calçados obteve variação negativa resultante do aumento dos preços, os demais segmentos experimentaram incremento ocasionado pela manutenção dos ganhos de rendimento dos trabalhadores e também por medidas de auxílio do governo.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

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