De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 6,0% no mês de junho, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, enquanto no mês de maio houve expansão de 12,6%. Na esfera regional, sete das quatorze localidades apresentaram taxas positivas, as demais tiveram redução na produção. A taxa média brasileira ficou estável em 0,2%.

Na comparação junho 2012 / junho 2011, a indústria de Goiás registrou queda de 5,2%, interrompendo a sequência de treze resultados positivos nesse tipo de confronto. No âmbito regional, o comportamento positivo prevaleceu somente no Pará, enquanto as demais mostraram resultados negativos. O resultado nacional apresentou queda de 5,5%.

A queda na produção da indústria goiana de 6,0% foi contrária ao crescimento registrado no mês anterior, 12,6%. Nos últimos 12 meses, Goiás continua liderando o crescimento industrial, com 9,5%, sendo que o segundo colocado Paraná apresentou expansão de 8,0%. Outros quatro locais apresentaram taxas positivas, a taxa média Brasil registrou queda de 2,3% Tabela 1.

O gráfico abaixo apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. No mês de junho houve queda nos dois índices, o de base fixa recuou 6,0%, mais suavizado, o índice de média móvel caiu 3,3%, frente ao mês anterior – comparação com ajuste sazonal. Ainda levando em consideração o comparativo com ajuste sazonal, o segundo trimestre do ano apresentou queda na produção de 6,9%, quando comparado ao primeiro trimestre.

Na análise setorial da indústria goiana – comparação junho de 2012 / junho 2011- ocorreu expansão (15,2%) somente no segmento de metalurgia básica, com maior produção de ferronióbio e ferroníquel. Os demais segmentos contribuíram negativamente, produtos químicos (-10,0%) por conta da retração na produção de medicamentos, alimentos e bebidas (-4,4%), devido à queda na produção de molhos de tomates e farinhas, minerais não metálicos (-2,7%) influenciados pelo recuo na produção de painéis, ladrilhos e telhas, indústria extrativa (-5,2%) principalmente pela redução na produção de amianto.

Nos últimos 12 meses e no semestre, o setor industrial goiano expandiu 9,5% e 9,2%, respectivamente. A principal contribuição altista foi o segmento de produtos químicos, enquanto os alimentos e bebidas puxaram para baixo o crescimento industrial.

No recorte trimestral, a indústria goiana cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2012, tal resultado ficou bem abaixo do registrado no trimestre anterior (18,1%). Um dos motivos para a redução ocorrida no segundo trimestre de 2012 foi o tímido crescimento no segmento de produtos químicos (3,7%), face aos resultados apresentado em trimestre anteriores, 80,5% no primeiro trimestre de 2012 e 42,3% no quarto trimestre de 2011. O gráfico 2 aponta alguns resultados dos últimos trimestres, após uma sequência de elevações, o último trimestre apresentou uma queda de ritmo.

 

A expansão registrada no primeiro semestre de 9,2% posicionou Goiás na liderança do crescimento industrial, frente às demais unidades da federação. Embora, os resultados do segundo trimestre de 2012 mostrem uma queda no ritmo de produção, o avanço ocorrido no primeiro trimestre foi suficiente para a manutenção de taxas elevadas de produção.

Equipe de Conjuntura do IMB:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

Baixar Arquivo no Formato PDF