Goiás lidera o crescimento industrial nos últimos 12 meses (13,4%)


De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial goiana recuou 7,6% no mês de abril, na comparação com o mês anterior – série com ajuste sazonal, já que em março houve expansão de 7,7%. Cabe destacar que, no âmbito das regiões brasileiras, somente duas (Pará e Santa Catarina) dentre as quatorze localidades apresentaram taxas positivas, enquanto as demais tiveram redução na produção. Para o Brasil, verifica-se que a taxa média recuou em 0,2%.

Na comparação abril 2012 / abril 2011, a indústria de Goiás registrou aumento de 15,1%, o maior resultado entre os locais pesquisados, sendo o décimo segundo resultado positivo nesse tipo de confronto. Nos demais índices regionais, o comportamento negativo prevaleceu em dez localidades investigadas, enquanto as demais mostraram resultados positivos. O resultado nacional apresentou queda de 2,9%.

O recuo na produção da indústria goiana, com a queda de 7,6% no mês de abril, praticamente neutralizou o crescimento de 7,7%, e em parte é decorrente da alta base de comparação registrada no mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, Goiás liderou o crescimento industrial, com 13,4%; outros sete locais apresentaram taxas positivas, embora nenhuma outra localidade tenha apresentado crescimento de dois dígitos. Nas outras seis localidades investigadas houve recuo na produção industrial.

Tabela 1 – Indicadores Conjunturais da Indústria

Resultados Regionais – Abril de 2012

Locais

Variação (%)

Abril/Março*

Abril 12/Abril 11

Acumulado nos últimos 12 meses

Brasil

-0,2

-2,9

-1,1

Nordeste

-0,7

-0,8

-1,2

Amazonas

-5,7

-11,7

3,0

Pará

4,2

3,0

3,4

Ceará

-4,7

-3,2

-9,0

Pernambuco

-0,6

3,9

3,5

Bahia

-0,3

-1,4

0,1

Minas Gerais

-0,1

-0,7

-1,1

Espírito Santo

-0,2

-4,4

1,9

Rio de Janeiro

-2,9

-9,4

-3,4

São Paulo

-0,4

-3,8

-1,8

Paraná

-7,0

2,4

7,8

Santa Catarina

0,3

-2,3

-6,1

Rio Grande do Sul

-2,4

-1,7

1,7

Goiás

-7,6

15,1

13,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

*Ajustado sazonalmente

 

O gráfico abaixo apresenta o comportamento da média móvel com o índice de base fixa – ambas as comparações com ajuste sazonal. Em abril, os dois índices recuaram: enquanto o índice de base fixa caiu 7,6%, o índice de média móvel sofreu retração de 1,5% frente ao mês anterior – comparação com ajuste sazonal. A queda na curva de média móvel tem sido mais suavizada por abranger o período de três meses, como também pelo fato de os meses anteriores terem apresentado variações positivas.

 

                                              

A análise setorial da indústria goiana – comparação abril de 2012 / abril 2011- registrou expansão em três dos cinco ramos investigados, com ênfase para o segmento de produtos químicos, cujo crescimento foi de 84,6%, influenciado pelo aumento na fabricação de medicamentos e pelo resultado negativo (17,5%) registrado em abril de 2011. Também contribuíram positivamente os segmentos de minerais não metálicos, com 13,4%, e metalurgia básica, com 15,1%, o que é explicado pela maior produção de cimentos “portland” e ferronióbio, respectivamente.

Na direção contrária, alimentos e bebidas tiveram queda de 2,0%, impulsionando o índice geral para baixo, tendo em vista o seu expressivo peso na pesquisa. Houve recuo nas produções de açúcar cristal, carnes de bovinos, leite em pó, milho, doce, cervejas e chope.

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2012, o setor industrial goiano cresceu 17,9%, com avanço na produção em quatro dos cinco setores pesquisados, cuja relevância se deve à maior produção de produtos químicos (84,7%) em função do incremento na produção de medicamentos. Outros resultados positivos foram registrados nos segmentos de minerais não metálicos (16,8%), metalurgia básica (8,1%) e indústria extrativa (2,2%). Nesses ramos, os destaques foram para o aumento na fabricação de cimento, ferronióbio e amianto, respectivamente. O único setor a apresentar resultado negativo foi o de alimentos e bebidas (5,4%), com recuo na produção de refrigerantes, leite em pó, cervejas e chope.

Nos últimos 12 meses, o setor industrial goiano expandiu 13,4%, principalmente pelo aumento na produção de produtos químicos (62,9%). Somente o ramo de alimentos e bebidas recuou nesse período, com variação de 2,2%.

 

 

Tabela 2 – Estado de Goiás: Pesquisa Industrial – Abril/2012

(Base: Igual período do ano anterior) – (%)

Segmentos

Mensal

Quadrimestral

Últimos 12 meses

Indústria geral

15,1

17,9

13,4

– Indústria extrativa

-2,6

2,2

1,8

– Indústria de transformação

16,8

19,3

14,4

. Alimentos e bebidas

-2,0

-5,4

-2,2

. Produtos químicos

84,6

84,7

62,9

. Minerais não metálicos

13,4

16,8

6,0

. Metalurgia básica

15,1

8,1

3,4

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

 

Com a queda de 7,6% registrada no mês de abril, a indústria goiana praticamente teve neutralizada a expansão de 7,7% do mês anterior – série com ajuste sazonal. No entanto, no acumulado dos últimos doze meses, o estado de Goiás lidera o crescimento industrial, com 13,4%. O destaque se deve à contínua expansão no segmento de produtos químicos, por conta da maior produção de medicamentos.

 

Equipe de Conjuntura da Segplan:

Dinamar Maria Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Juliana Dias Lopes

Luciano Ferreira da Silva

Marcos Fernando Arriel

Millades de Carvalho Castro

Governo na palma da mão

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