As exportações goianas fecharam o mês de outubro com valor de US$ 484,0 milhões, o maior já registrado em toda a história das vendas goianas para o mercado externo. O número representa crescimento de 11,5% sobre o mês de setembro e de 25,5% na comparação com outubro do ano passado. As importações também cresceram, atingiram a marca de US$ 515,6 milhões, motivado principalmente, pelo fato das montadoras de veículos terem antecipado a nacionalização dos carros vindos da Coréia do Sul, Japão e China, por causa do aumento de 30 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começa a valer a partir de 16 de dezembro próximo. O saldo da balança comercial goiana apresentou déficit pelo segundo mês consecutivo no ano, US$ 31,5 milhões. A corrente de comércio, somatório das exportações e importações, atingiu US$ 999,6 milhões.

No acumulado, o saldo da balança comercial goiana (diferença entre exportações e importações) ficou positivo em US$ 235,8 milhões, embora tenha apresentado saldo negativo por cinco meses. As exportações somam US$ 4,8 bilhões e as importações atingem a cifra de US$ 4,6 bilhões.

Nos primeiros dez meses, os dados da balança comercial, foram favoráveis para as vendas externas, apresentou um crescimento mais vigoroso do que as importações, explicado, em parte, pela alta dos preços das commodities (soja, milho, açúcar, carnes e minérios) no mercado internacional e pela exportação de energia elétrica em um único mês (janeiro/11). No período, o Estado exportou US$ 4,8 bilhões, atingindo um novo recorde, com acréscimo de 37,3% na comparação com os mesmos 10 meses do ano passado.

Quanto à participação nas exportações brasileiras, as vendas goianas representaram 2,2% no período de janeiro a outubro de 2011, somaram US$ 4,8 bilhões. As importações para o mesmo período somaram US$ 4,6 bilhões, participando com 2,6% nas importações nacionais.

O principal item na pauta de outubro/11, foi o complexo de minérios, representando 27,5% (US$ 132,9 milhões), com destaque para: Sulfeto de minério de cobre, com 15,9% de (US$ 76,9 milhões); ferroligas, com 5,8% (US$ 28,3 milhões), ouro 3,5% (US$ 16,8 milhões)  e  amianto 1,9% (US$ 9,2 milhões). Na segunda posição ficou o complexo carne, com 22,3% (US$ 107,962 milhões) do total exportado, destacando-se carne bovina 13,7% (US$ 66,302 milhões), carne de aves 6,2% (US$ 30,2 milhões), suínos 2,1% (US$ 10,2 milhões) e outras carnes 0,3% (US$ 1,3 milhões). Em terceira posição configurou o complexo soja, com 13,6% (US$ 66,0 milhões). Os demais produtos da pauta foram: açúcares com 10,7% (US$ 51,7 milhões), milho e derivados, com 10,5% (US$ 50,662 milhões), couros 4,0% (US$ 19,6 milhões) e algodão com 3,0% (US$ 14,4 milhões) do total exportado.

O principal destino das exportações goianas em outubro foi para a Índia US$ 82,6 milhões (17,1%), foram remetidos principalmente sulfeto de cobre, amianto, ferronióbio e couros, Países Baixos (Holanda) com US$ 52,6 milhões (10,9%), China com valor de US$ 36,1 milhões (7,5%) do valor exportado. Em seguida vieram: Alemanha US$ 26,214 milhões (5,4%), Taiwan (Formosa) US$ 24,0 milhões (5,0%), Reino Unido US$ 20,0 milhões (4,1%), Irã US$ 18,0 milhões (3,7%), Hong Kong US$ 16,6 milhões (3,4%), Estados Unidos US$ 15,284 milhões (3,2%), Chile US$ 14,0 milhões (2,9%), Venezuela  US$ 14,0 milhões (2,8%), e  Rússia US$ 13,3 milhões (2,7%).  Em outubro de 2011, Goiás exportou para 110 países, ante 106 no mês passado.

No período de janeiro a outubro de 2011, as principais empresas exportadoras foram: Mineração Maracá Indústria e Comércio S.A US$ 587,6 milhões (12,3%), BRF – Brasil Foods S.A. US$ 451,3 milhões (9,4%), Bunge Alimentos SA US$ 413,1 milhões (8,6%), JBS S/A US$ 387,0 milhões (8,1%), Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A US$ 332,8 milhões (7,0%), Cargill Agrícola SA US$ 250,944 milhões (5,2%), ADM do Brasil Ltda. US$ 249,2 milhões (5,2%), Caramuru Alimentos S/A. US$ 242,8 milhões (5,1%), Minerva S.A. US$ 178,993 milhões (3,7%), CIEN Companhia de Interconexão Energética US$ 163,0 milhões (3,4%) e Mineração Serra Grande S.A. US$ 161,5 milhões (3,4%).

Os municípios líderes em exportação de janeiro a outubro de 2011 foram: Alto Horizonte, com vendas de sulfetos de minério de cobre, valor de US$ 587,6 milhões, representando (12,3%),  Índia, Espanha e Alemanha foram os principais parceiros comerciais.  O município de Luziânia vem em segundo lugar, com US$ 402,0 milhões (8,4%), destaque para soja e milho, comercializou, principalmente com China e Espanha.  Rio Verde ficou em terceiro lugar com US$ 291,1 milhões (6,1%) e o município de Itumbiara em quarta posição, com US$ 270,6 milhões representando 5,7%, as vendas foram basicamente de produtos agrícolas, venderam principalmente para China e Holanda.  Em quinto lugar ficou Anápolis, com US$ 217,9 milhões (4,6%), também exportou produtos agrícolas, principalmente soja e vendeu para Holanda, China e Alemanha.

As importações continuam crescendo, alcançou em outubro de 2011 US$ 515, 5 milhões, com um aumento de  27,9%, na comparação com igual mês do ano passado. De janeiro a outubro elas chegam a US$ 4,6 bilhões, com 32,7% de crescimento.

Os principais produtos importados foram: veículos automóveis, tratores, etc. suas partes/acessórios US$ 193,0 milhões (37,4%), produtos farmacêuticos US$ 84,3 milhões (16,3%), adubos ou fertilizantes US$ 67,6 milhões (13,1%), reatores nucleares, caldeiras, máquinas, etc., mecânicos US$ 54,5 milhões (10,6%), aeronaves e outros aparelhos aéreos, etc. e suas partes US$ 50,3 milhões (9,8%), produtos químicos orgânicos US$ 13,1 milhões (2,5%), máquinas, aparelhos e material elétricos, suas partes, etc. US$ 12,5 milhões (2,4%), instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia, etc. US$ 8,9 milhões (1,7%), plásticos e suas obras US$ 4,9 milhões (1,0%) e  borracha e suas obras US$ 4,4 milhões (0,9%).

Goiás importou em outubro de 2011 dos Estados Unidos US$ 119,8 milhões (23,2%), Coréia do Sul US$ 100,4 milhões (19,5%), Japão US$ 83,3 milhões (16,2%), Tailândia US$ 46,5 milhões (9,0%), Rússia US$ 32,0 milhões (6,2%), Suíça US$ 23,0 milhões (4,5%), Canadá US$ 16,9 milhões (3,3 %), China US$ 16,6 milhões (3,2%), Alemanha US$ 14,6 milhões (2,8%), México US$ 8,9 milhões (1,7%) e  Ucrânia US$ 8,2 milhões (1,6%).

As principais empresas importadoras no acumulado do ano foram: Caoa Montadora de Veículos S.A US$ 1,6 bilhão (34,9%), MMC Automotores do Brasil S.A US$ 803,9 milhões (17,7%), Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos SA US$ 543,6 milhões (11,9%), John Deere Brasil Ltda. US$ 258,4 milhões (5,7%), SVB Automotores do Brasil S.A. US$ 88,0 milhões (1,9%), ADM do Brasil Ltda. US$ 84,1 milhões (1,8%), Fertilizantes Heringer S.A. US$ 70,6 milhões (1,6%),  Mosaic Fertilizantes do Brasil S/A. US$ 61,9 milhões (1,4%) e Adubos Sudoeste Ltda. US$ 54,8 milhões (1,2%).

Segundo o MDIC, os principais municípios goianos importadores, no período de janeiro a outubro de 2011 foram: Anápolis, Catalão, Goiânia,  Rio Verde e Aparecida de Goiânia. O município de Anápolis registrou compras do exterior no valor de US$ 2,5 bilhões (53,9%). Foram adquiridos principalmente automóveis, suas partes e insumos farmacêuticos, dos países Coréia do Sul, Estados Unidos e Suíça. O município de Catalão é o segundo colocado do Estado, com US$ 1,4 bilhão em importações (30,8%), basicamente automóveis e insumo para fertilizantes oriundos do Japão, Tailândia e Estados Unidos. O município de Goiânia importou US$ 179,1 milhões (3,9%), os produtos vieram, principalmente dos Estados Unidos, China, Argentina e  Alemanha, as compras foram referente a máquinas, equipamentos, medicamentos e equipamentos de informática. Rio Verde e Aparecida de Goiânia, também se descaram nas importações com valores de US$ 137,2 milhões e US$ 107,9 milhões respectivamente, adquiriram principalmente defensivos, insumos agrícolas e farmacêuticos.