Vendas de veículos, motocicletas, partes e peças lideram crescimento anual do comércio varejista goiano (14%)


 
Os resultados da pesquisa mensal do comércio varejista, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram um bom desempenho desse setor para o Estado de Goiás, seguindo a tendência das outras Unidades da Federação. O segmento obteve em julho/11 uma variação de 6,5% em volume de vendas, acumulando no ano 8,4% e em 12 meses 9,9%. Em relação à variável receita nominal de vendas, o resultado foi de 11,9% na comparação com o mês de julho do ano anterior, no acumulado do ano 13,1% e em 12 meses 13,8%.
No Comércio varejista ampliado composto pelos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção, o incremento do mês de julho de 2011 em relação ao mesmo mês do ano anterior foi de 5,3%, o acumulado no ano foi de 11,0% e em 12 meses 13,8%. Quanto à receita nominal de vendas, apresentou resultado de 8,1%, superior ao apresentado em julho de 2010, no ano acumulou 13,1% e em 12 meses 15,8%.
Tabela 1 – Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista – 2011 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)
Segmentos
Variação (%)
Brasil
Goiás
Variação Mensal
Acumulado
Variação Mensal
Acumulado
No    Ano
12       Meses
No    Ano
12       Meses
mai/11
jun/11
jul/11
mai/11
jun/11
jul/11
Comércio Varejista Geral
6,3
7,1
7,1
7,3
8,5
6,1
8,2
6,5
8,4
9,9
Combustíveis e lubrificantes
-2,2
1,3
0,4
2,5
4,6
-1,6
-3,7
-11,8
-0,7
1,9
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
1,9
2,7
4,5
4,0
5,3
6,4
8,5
8,3
7,5
7,1
Hipermercados e supermercados
1,8
2,6
4,5
3,9
5,1
6,4
8,7
8,5
7,7
7,3
Tecidos, vestuário e calçados
5,6
11,3
1,4
6,7
8,5
8,6
21,0
8,6
12,1
13,1
Móveis e eletrodomésticos
20,4
16,4
21,4
18,3
17,8
5,7
5,5
8,2
8,5
11,9
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
12,0
12,8
10,3
10,6
11,3
15,6
21,8
18,3
20,1
21,5
Livros, jornais, revistas e papelaria
8,3
9,0
6,6
8,4
12,0
20,3
33,3
22,5
16,2
9,6
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
23,2
34,7
15,9
14,8
18,5
15,1
-0,8
-34,9
14,1
17,3
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
3,3
3,2
3,0
6,0
8,4
1,1
5,3
1,5
10,0
12,6
Comércio varejista ampliado geral
12,9
9,3
7,7
9,0
10,5
17,2
10,1
5,3
11,0
13,8
Veículos, motocicletas, partes e peças
26,0
12,6
8,8
11,5
13,7
30,9
11,8
3,8
14,0
18,4
Material de construção
11,6
13,4
7,5
11,7
13,3
12,7
12,3
8,4
8,5
10,0
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio
Elaboração: Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2011
 
 
O gráfico 1 demonstra por meio da média móvel de três meses,  uma desaceleração que iniciou no mês de março/11 e foi recuando até o mês junho/11. Em julho do corrente ano, observa-se que está ocorrendo um processo de recuperação. Quanto à média móvel de 12 meses, pode ser observado que está ocorrendo uma pequena perda, quando comparada ao mês anterior.
 
 
Conforme gráfico 2, a média móvel para três meses referente a receita nominal, demonstrou estabilidade, uma vez que não é possível verificar movimentos bruscos de oscilações. Na comparação com o volume de vendas, observa-se que o aumento da receita foi decorrente de aumento dos preços, ao passo que o volume físico ficou estabilizado. Com relação à média móvel dos 12 meses praticamente não houve alteração na passagem de junho para julho. 

  
Tabela 2 – Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista – 2011 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)
Atividades
Variação (%)
Brasil
Goiás
Variação Mensal
Acumulado
Variação Mensal
Acumulado
No    Ano
12    Meses
No    Ano
12    Meses
abr/11
mai/11
jun/11
abr/11
mai/11
jun/11
Comércio Varejista Geral
10,7
12,1
12,5
12,3
13,2
11,5
13,6
11,9
13,1
13,8
Combustíveis e lubrificantes
10,6
10,7
10,5
10,1
9,7
29,1
18,9
9,0
16,2
11,2
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
8,6
10,4
12,8
11,5
12,1
13,3
16,2
16,2
15,3
14,3
Hipermercados e supermercados
8,3
10,2
12,7
11,3
11,8
13,3
16,3
16,4
15,5
14,5
Tecidos, vestuário e calçados
13,1
20,5
10,0
14,5
15,5
15,2
29,2
15,8
18,1
17,3
Móveis e eletrodomésticos
15,4
12,3
16,5
15,0
16,6
-1,1
-1,8
2,3
2,5
8,3
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
16,3
17,4
15,0
14,7
15,2
17,9
24,1
19,6
22,6
24,3
Livros, jornais, revistas e papelaria
12,4
13,7
12,6
12,7
16,1
22,9
36,7
25,7
18,4
11,6
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
6,1
14,8
-1,2
-0,5
4,7
6,6
-2,6
-38,2
3,9
4,7
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
8,9
9,7
9,6
12,2
14,9
7,9
13,4
9,8
17,0
19,4
Comércio varejista ampliado geral
14,5
11,8
10,5
11,8
13,4
18,9
11,7
8,1
13,1
15,8
Veículos, motocicletas, partes e peças
13,6
22,4
10,5
10,6
13,8
28,2
28,2
8,5
14,4
19,4
Material de construção
14,4
15,8
17,4
17,3
19,0
12,3
19,6
18,6
15,7
18,0
Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio
Elaboração: Gerência de Contas Regionais e Indicadores – 2011
 
 
Resultados Setoriais do Comércio Varejista Goiano
Na análise do índice do volume de vendas na comparação com o mesmo período do ano anterior, oito das dez atividades obtiveram variações positivas, merecendo destaque a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 22,5% e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, 18,3%. Ocorreram variações negativas em combustíveis e lubrificantes (-11,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-34,9%).
O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria apresentou o melhor resultado entre as demais atividades, com 22,5% em volume e 25,7% em receita nominal. Este segmento está em segundo lugar no acumulado do ano, apresentando 16,2% em volume e 18,4% em receita nominal de vendas. Esse bom desempenho é reflexo da melhoria do poder de compra da população, da diversificação da linha de produtos ofertados, com destaque para a participação crescente das vendas referente a suprimentos de informática.
A atividade de Tecidos, vestuário e calçados obteve um incremento de 8,6% em volume de vendas frente ao mês de julho de 2010, acumulando no ano 12,1% e em 12 meses 13,1%. A evolução da receita nominal de vendas foi de 15,8%, no ano 18,1% e em 12 meses 17,3%, confirmando que o poder de compra da população continua crescente.
O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou uma elevação de 8,3% no volume de vendas em relação ao mês de julho de 2010, ocasionando uma elevação da receita nominal de vendas da ordem de 16,2%. Em termos de receita nominal essa atividade acumulou no ano um aumento de 18,1% e nos últimos 12 meses de 17,3%. O crescimento dos números desse setor é justificado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente da manutenção da elevação do emprego e da renda.
A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, obteve o pior resultado apresentado pela pesquisa, recuou 34,9% em termos de volume e 38,2% em termos de receita nominal de vendas. Embora este segmento tenha apresentado decréscimo no mês de julho, apresentou trajetória de taxas positivas ao longo do ano, contribuindo positivamente para a formação da taxa global no período em análise.
O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentou um bom resultado em volume de vendas de 18,3%, maior que o comercializado no mesmo mês do ano anterior. O incremento da receita foi de 19,6% em julho, no ano foi de 22,6% e no período de 12 meses, 24,3%. O bom desempenho desse setor pode ser justificado pela ampliação da oferta de medicamentos genéricos, que tem um preço mais acessível e pelo aumento do poder de compra do consumidor. Vale destacar que o desempenho desse setor tem impacto na indústria goiana, conforme dados da Pesquisa Mensal da Indústria de Goiás (PIM-PF), o Estado lidera o ranking nacional na produção de medicamentos.
A atividade de veículos, motocicletas, partes e peças obteve um aumento de 3,8% contra julho do ano passado, para a variável volume de vendas acumulou no ano um crescimento de 14,0% e em 12 meses 18,4%. Para receita nominal de vendas, o ganho foi de 8,5% em julho, acumulado no ano de 14,4% e 19,4% em 12 meses. A justificativa é a maior oferta de crédito destinado às pessoas físicas para aquisição de veículos.
Por fim, vale ressaltar que o comércio varejista goiano vem apresentando resultados positivos ao longo do ano, tendo como principal motivo a melhoria dos níveis de emprego e da renda. Por outro lado, surge a preocupação com a questão inflacionária, a melhoria na renda aquece o consumo, podendo gerar uma inflação de demanda.
 
Equipe de Conjuntura da Seplan:
Dinamar Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Fernanda Cristina Gomide Pereira
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
 

Governo na palma da mão

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