Vendas no comércio varejista goiano crescem 12,67% em novembro.


 

Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista de Goiás apresentou em novembro, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 12,67% sobre novembro do ano anterior, de 13,15% no acumulado dos onze meses do ano e de 13,34% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 17,02%, 14,31% e de 14,39%, respectivamente.

O incremento no volume de vendas geral e ampliado ficou acima do percentual nacional no índice sobre novembro do ano anterior, no acumulado dos onze meses do ano e nos últimos 12 meses. Para a receita nominal, os resultados de Goiás também foram maiores que os índices brasileiros tanto no índice geral quanto no ampliado, com exceção do índice do comércio varejista geral acumulado no ano, onde o nacional é maior que o estadual, conforme é demonstrado nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1 – Estado de Goiás e Brasil: Variação do Volume de Vendas no comércio varejista – novembro de 2010

 

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

nov*

acum

12 meses

nov*

acum

12 meses

Comércio varejista geral

9,91

10,97

10,79

12,67

13,15

13,34

Combustíveis e Lubrificantes

6,30

6,60

6,51

2,84

3,04

2,41

Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

5,63

9,27

9,32

6,69

9,48

10,30

Hipermercados e Supermercados

5,43

8,96

9,00

6,92

9,64

10,45

Tecidos, vestuários e calçados

9,19

10,77

10,04

17,82

15,60

14,87

Móveis e eletrodomésticos

20,48

18,31

17,74

18,65

20,49

20,23

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

13,41

11,64

11,57

27,18

19,19

19,17

Livros, jornais, revistas e papelaria

23,19

10,15

10,09

-10,23

-0,02

1,42

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

20,35

23,80

21,30

10,72

5,58

15,97

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

11,04

8,91

8,65

16,18

11,15

11,37

Comércio varejista ampliado geral

16,95

11,90

12,09

23,36

15,32

15,87

Veículos, motores, partes e peças

30,34

12,96

14,04

37,00

17,39

18,59

Material de construção

15,75

15,60

14,95

12,21

16,67

15,99

*Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
  Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

Tabela 2 – Estado de Goiás e Brasil: Variação da Receita Nominal no comércio varejista – novembro de 2010
 

Segmentos

Variação (%)

Brasil

Goiás

nov*

acum

12 meses

nov*

acum

12 meses

Comércio varejista geral

14,77

14,35

14,10

17,02

14,31

14,39

Combustíveis e Lubrificantes

8,05

8,98

8,91

5,04

-0,32

-0,45

Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

13,31

13,26

13,08

16,02

12,67

13,16

Hipermercados e Supermercados

12,93

12,90

12,71

16,14

12,78

13,27

Tecidos, vestuários e calçados

15,19

16,48

15,79

19,64

18,04

17,62

Móveis e eletrodomésticos

21,53

19,91

19,03

18,16

20,20

19,42

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

17,03

15,43

15,59

30,63

23,04

23,37

Livros, jornais, revistas e papelaria

27,53

14,40

14,46

-8,60

2,81

4,40

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

8,27

14,42

12,69

-8,11

-4,10

5,71

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

17,92

16,18

16,20

24,01

17,81

18,17

Comércio varejista ampliado geral

19,78

14,65

14,66

24,96

16,97

17,18

Veículos, motores, partes e peças

29,65

13,98

14,67

35,54

18,72

19,38

Material de construção

21,35

20,47

19,79

21,12

24,76

23,84

*Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
  Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

Atentando-se para a média móvel de 03 meses das vendas (Gráfico 1), percebe-se a expressiva recuperação das vendas no comércio com variações em 2010 bastante superiores às de 2009. A média móvel de 03 meses de novembro de 2009 apresentou 7,90% de crescimento enquanto a de novembro de 2010 apresentou variação de 12,51%.

Na média móvel de 12 meses, as vendas superam o patamar anterior ao período de crise econômica. Esse índice vem apresentando taxas de variação crescentes sendo que em novembro apresentou um crescimento de 13,41%, maior média móvel de 12 meses observada desde 2007.

Na média móvel de 3 meses, a receita de vendas, que também apresentou quedas no crescimento em 2009, em novembro apresentou um aumento de 15,86%, com o índice superior ao anterior à crise (Gráfico 2). A média móvel de 12 meses em novembro apresentou um acréscimo de 14,44%.



 

 

RESULTADOS SETORIAIS

 

Nos resultados sobre o mesmo período do ano anterior, nove das onze atividades (incluindo o comércio varejista ampliado) obtiveram variações positivas em termos de volume de vendas, listadas a seguir pela ordem decrescente de magnitude das taxas: Veículos e motos, partes e peças (37,00%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (27,18%); Móveis e eletrodomésticos (18,65%); Tecidos, vestuário e calçados (17,82%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (16,18%); Material de construção (12,21%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,72%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,69%) e Combustíveis e lubrificantes (2,84%). A atividade com variação negativa foi Livros, jornais, revistas e papelaria (-10,23%).

A atividade Veículos e motores, partes e peças, que integra o Comércio Varejista Ampliado, apresentou resultado positivo no volume de vendas na relação novembro10/novembro09, 37,00%. No acumulado do ano, o crescimento é de 17,39%. No que diz respeito à receita nominal de vendas, esta atividade apresenta crescimento de 35,54% quando comparado novembro de 2010 com o ano anterior, e de 18,72% no ano. No acumulado de 12 meses, o crescimento para o volume de vendas e para a receita nominal foi de respectivos 18,59% e 19,38%.

O segmento Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou crescimento de 27,18% nas vendas na comparação com novembro do ano passado e taxa acumulada de 19,19% no ano. Para estes indicadores, o crescimento na receita nominal de vendas foi de 30,63% e 23,04%, respectivamente. Os principais fatores a contribuir para isto foram a manutenção do crescimento da massa real de salários; a ampliação da oferta de medicamentos genéricos – estimulando o consumo por alternativas mais vantajosas de preços; e a própria essencialidade dos produtos do gênero. Quanto ao consumo de genéricos, as vendas acumuladas nos nove primeiros meses de 2010 cresceram 32% em quantidade e 37,3% em valor, sobre o mesmo período de 2009, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos).

O aumento de 18,65% no volume de vendas e de 18,16% na receita nominal em relação a novembro do ano passado da atividade Móveis e eletrodomésticos é decorrente da ampla oferta de crédito e da queda dos preços no setor em função da valorização cambial, que beneficia as importações, colocando produtos mais baratos no mercado. No ano, o segmento revela uma taxa de desempenho de 20,49% para o volume de vendas e de 20,20% para a receita nominal de vendas.

O segmento Tecidos, vestuário e calçados, apresentou crescimento de 17,82% nas vendas na comparação com novembro do ano passado. As taxas acumuladas no ano e dos últimos 12 meses também foram positivas, com acréscimos respectivos de 15,60% e 14,87%. Para a receita nominal de vendas estes indicadores apresentaram resultados positivos de 19,64%, 18,04% e 17,62%, respectivamente. Para isto foram importantes a manutenção do crescimento da massa de salários e a retomada do crédito.

A atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou um crescimento no volume de vendas na relação novembro10/novembro09 de 16,18%. No acumulado de 2010 este segmento apresenta incremento de 11,15%. Esse resultado se deu por conta da atividade ser influenciada, em boa medida, pela evolução da massa de salários que teve aumento substancial nos últimos meses.

A atividade Material de Construção, que faz parte do comércio varejista ampliado, apresentou resultado positivo com alta no volume de vendas de 12,21% no mês e de 16,67% no acumulado do ano. Esses resultados sinalizam a recuperação do setor dos efeitos da crise financeira, através da redução do IPI para um conjunto de produtos básicos do ramo, implementado a partir de abril/09, do aumento da confiança dos agentes econômicos, a ampliação dos financiamentos habitacionais e do crescimento observado no setor em Goiás.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação obteve crescimento nas vendas com acréscimo de 10,72% porém os resultados acumulados e na receita são inferiores. Na receita na relação novembro10/novembro09 esta atividade apresentou uma queda de 8,11%. No ano o aumento foi de 5,58% no volume de vendas e queda de 4,10% na receita nominal.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou variação de 6,69% nas vendas em novembro, sobre igual mês do ano anterior, 9,48% no ano e 10,30% no acumulado de 12 meses. A variação da receita nominal da atividade em novembro10/novembro09, no ano e no trimestre foi de 16,02%, 12,67% e 13,16%, respectivamente. Este desempenho foi proporcionado em grande parte pelo aumento da massa real de salários e pela estabilização dos preços dos alimentos; aliados à ampliação do programa de transferência de renda, que tem no bolsa família o principal destaque.

A atividade Combustíveis e lubrificantes apresentou variação no volume de vendas, na comparação com o ano anterior, de 2,84% e a receita nominal apresentou crescimento de 5,04%. No acumulado do ano há crescimento de 3,04% no volume de vendas e queda de 0,32% na receita nominal. No acumulado de 12 meses os resultados foram de 2,41% para vendas e -0,45% para receitas.

Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação nas vendas em novembro, sobre igual mês do ano anterior, de -10,23%, variação de -0,02% no ano e de 1,42% no acumulado de 12 meses. As variações de receita nominal foram de -8,60% sobre novembro de 2009, 2,81% no acumulado do ano e de 4,40% no acumulado de 12 meses.
 

Equipe de Conjuntura da Seplan
Daniela Vieira de oliveira
Dinamar Ferreira Marques
Eduiges Romanato
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

 

 

 

 

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