Vendas no comércio varejista crescem 14,24% no 1º semestre em Goiás.


 

Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Comércio Varejista de Goiás apresentou em junho, em termos de volume de vendas, acréscimos da ordem de 12,17% sobre junho do ano anterior, de 10,99% no acumulado dos doze meses do ano e 14,24% no 1º semestre de 2010. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 12,24%, 12,13% e de 14,58%, respectivamente.

O incremento no volume de vendas em junho, sobre junho do ano anterior, e no 1º semestre ficou acima do percentual nacional tanto no índice do comércio varejista geral quanto no ampliado. No índice de receita nominal de vendas, os resultados para Goiás em junho e no semestre foram inferiores que o nacional no comércio varejista geral. Já no comércio varejista ampliado, as variações para Goiás foram maiores, conforme é demonstrado nas tabelas 1 e 2.

 

Tabela 1 – Estado de Goiás e Brasil: Variação do Volume de Vendas no comércio varejista – 1º Semestre/2010

Segmentos

Goiás

Brasil

jun*

1º Sem

jun*

1º Sem

Comércio varejista geral

12,17

14,24

11,30

11,47

Combustíveis e Lubrificantes

0,70

0,94

5,60

5,53

Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

12,08

11,36

11,90

10,39

Hipermercados e Supermercados

12,29

11,47

11,52

10,07

Tecidos, vestuários e calçados

8,93

13,76

4,30

10,10

Móveis e eletrodomésticos

15,89

24,41

17,01

20,57

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

14,55

18,40

10,29

12,20

Livros, jornais, revistas e papelaria

-4,69

-0,80

4,67

8,08

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

9,10

-2,47

23,22

25,83

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

22,07

5,44

9,37

6,07

Comércio varejista ampliado geral

5,53

14,61

3,35

11,75

Veículos, motores, partes e peças

-1,07

14,07

-9,45

11,62

Material de construção

14,80

22,61

12,20

16,11

* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior

 

 

 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

 

 

 

 

 

Tabela 2 – Estado de Goiás e Brasil: Variação da Receita Nominal no comércio varejista – 1º Semestre/2010

Segmentos

Goiás

Brasil

jun*

1º Sem

jun*

1º Sem

Comércio varejista geral

12,24

14,58

14,04

14,69

Combustíveis e Lubrificantes

-9,09

-2,34

7,23

8,74

Hipermercados supermercados produtos alimentícios, bebidas e fumo

13,47

13,38

14,78

14,09

Hipermercados e Supermercados

13,65

13,44

14,40

13,76

Tecidos, vestuários e calçados

11,30

16,76

9,41

15,85

Móveis e eletrodomésticos

17,80

23,19

19,64

21,31

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos

17,09

22,60

13,69

16,39

Livros, jornais, revistas e papelaria

-1,93

2,88

9,20

12,71

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

-2,06

-8,58

14,26

16,91

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

27,06

12,07

16,05

13,88

Comércio varejista ampliado geral

8,57

16,01

6,89

14,44

Veículos, motores, partes e peças

2,80

15,47

-6,65

12,72

Material de construção

24,14

29,85

16,82

20,55

* Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior

 

 

 

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.

 

 

 

 

Atentando-se para a média móvel de 03 meses das vendas (Gráfico 1), percebe-se a expressiva recuperação das vendas no comércio com a melhora do indicador desde o início de 2009, saindo de 2,40% de crescimento em junho/09 para 12,66% de variação em junho/10.

Na média móvel de 12 meses, as vendas já superam o patamar anterior ao período de crise econômica. Esse índice vem apresentando taxas de variação crescentes e a média móvel de 12 meses do mês de junho apresenta um crescimento de 11,02%, sendo a maior média móvel de 12 meses observada desde 2007.

Na média móvel de 3 meses, a receita de vendas, que também apresentou quedas no crescimento em 2009, em junho apresentou um aumento de 12,99%, retornando ao índice anterior à crise (Gráfico 2). A média móvel de 12 meses em junho apresentou um acréscimo de 12,12%.

 

 

RESULTADOS SETORIAIS

 

Nos resultados sobre o mesmo período do ano anterior, oito das dez atividades (incluindo o comércio varejista ampliado) obtiveram variações positivas em termos de volume de vendas, listadas a seguir pela ordem decrescente de magnitude das taxas: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,07%); Móveis e eletrodomésticos (15,89%); Material de construção (14,80%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (14,55%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (12,08%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,10%); Tecidos, vestuário e calçados (8,93%); Combustíveis e lubrificantes (0,70%). As atividades com variação negativa foram: Veículos e motos, partes e peças (-1,07%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,69%).

A atividade Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou um crescimento no volume de vendas na relação junho10/junho09 de 22,07%. No acumulado do 1º semestre de 2010 este segmento presenta incremento de 5,44%. Esse resultado se deu por conta da atividade ser influenciada, em boa medida, pela evolução da massa de salários que teve aumento substancial nos últimos 12 meses.

O aumento de 15,89% no volume de vendas e de 17,80% na receita nominal em relação a junho do ano passado da atividade Móveis e eletrodomésticos é decorrente das vendas relacionadas ao evento da Copa do Mundo, aliado a ampla oferta de crédito. No semestre, o segmento revela uma taxa de desempenho de 24,41% para o volume de vendas e de 23,19% para a receita nominal de vendas.

A atividade Material de Construção, que faz parte do comércio varejista ampliado, apresentou o terceiro maior resultado positivo com alta no volume de vendas de 14,80% no mês e de 22,61% no acumulado do semestre. Após um ano de resultados acumulados negativos, esse segmento parece ser um dos que mais crescerão em 2010. Esses resultados sinalizam a recuperação do setor dos efeitos da crise financeira, através da redução do IPI para um conjunto de produtos básicos do ramo, implementado a partir de abril/09, do aumento da confiança dos agentes econômicos e do crescimento observado no setor em Goiás.

O segmento Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou crescimento de 14,55% nas vendas na comparação com junho do ano passado e taxa acumulada de 18,40% no ano. Para estes indicadores, o crescimento na receita nominal de vendas foi de 17,09% e 22,60%, respectivamente. Os principais fatores a contribuir para isto foram a manutenção do crescimento da massa real de salários;  a ampliação da oferta de medicamentos genéricos – estimulando o consumo por alternativas mais vantajosas de preços; e a própria essencialidade dos produtos do gênero. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), entre os Estados fabricantes de cosméticos, perfumaria e produtos de higiene pessoal no Brasil, Goiás apresentou o crescimento mais veloz nos últimos cinco anos.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou variação de 12,08% nas vendas em junho, sobre igual mês do ano anterior e 11,36% no 1º semestre. A variação da receita nominal da atividade em junho10/junho09 e no semestre foi de 13,47% e 13,38%, respectivamente. Este desempenho foi proporcionado em grande parte pelo aumento da massa real de salários e pela estabilização dos preços dos alimentos; aliados à ampliação do programa de transferência de renda, que tem no bolsa família o principal destaque.

O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação obteve acréscimo de 9,10%, na relação junho10/junho09, após 4 meses de consecutivas quedas. Para a receita nominal a variação é negativa, -2,06%. No semestre esta atividade apresentou uma redução de 2,47%, no volume de vendas e de 8,58% na receita nominal.

O segmento Tecidos, vestuário e calçados, apresentou crescimento de 8,93% nas vendas na comparação com junho do ano passado. As taxas do semestre e acumulada de 12 meses também foram positivas, com acréscimos respectivos de 13,76% e 8,85%. Para a receita nominal de vendas estes indicadores apresentaram resultados positivos de 11,30%, 16,76% e 12,95%, respectivamente.

A atividade Combustíveis e lubrificantes apresentou variação quase nula no volume de vendas, na comparação com o ano anterior, 0,70%. A receita nominal apresentou queda de 9,09%, o maior resultado negativo para este indicador. No acumulado do ano há crescimento de 0,94% no volume de vendas e queda de 2,34% na receita nominal.

A atividade Veículos e motores, partes e peças, que também integra o Comércio Varejista Ampliado, apresentou resultado negativo no volume de vendas na relação junho10/junho09, -1,07%, após uma série de resultados positivos expressivos. O término da redução do IPI contribuiu para a redução do ritmo de crescimento da atividade. No 1º semestre, o crescimento ainda é positivo, com incremento de 14,07%. No que diz respeito à receita nominal de vendas, esta atividade apresenta crescimento de 2,80% quando comparado junho de 2010 com o ano anterior, e de 15,47% no semestre.

Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou variação nas vendas em junho, sobre igual mês do ano anterior, de -4,69%, variação de -0,80% no 1º semestre do ano e de 1,25% no acumulado de 12 meses. As variações de receita nominal foram de -1,93% sobre junho de 2009, 2,88% no acumulado do semestre e de 5,52% no acumulado de 12 meses.

 

Equipe de Conjuntura da Seplan:
Daniela Vieira de Oliveira

Dinamar Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Marcos Fernando Arriel

Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha

 

 

           

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