O saldo da balança comercial goiana, em setembro de 2009, apresentou superávit de US$ 45,763 milhões, apesar de ter ficado 59,47% inferior ao mês de agosto, este resultado aponta-se como o oitavo pior setembro dos últimos dez anos.  A corrente de comércio, somatório das exportações e importações, totalizou US$ 574,701 milhões.

Em setembro  as exportações de Goiás atingiram o valor de US$ 310,232 milhões, queda de 18,81% em relação a agosto/09 e de 11,66% comparado a setembro do ano passado, explicado pela redução na oferta de soja e seus derivados, devido ao período de entressafra, e a ausência de exportações de sulfeto de cobre. A Yamaha Gold (Mineração Manacá), a única empresa responsável pela produção de sulfeto de cobre em Goiás, não embarcou o produto, apesar de a produção ter crescido 25,00% este ano. Tudo indica que a empresa tenha segurado o produto à espera da reação dos preços no mercado mundial.

Nos nove primeiros meses de 2009, as exportações goianas atingiram  R$ 2,797 bilhões, 15,35% menor que no mesmo período de 2008, por conta da menor cotação do dólar e da queda nos preços de várias commodities.

No período de janeiro a setembro de 2009, as principais empresas exportadoras foram: Bunge Alimentos S/A, Louis Dreyfus Commodities Brasil S/A., Adm do Brasil Ltda., Caramuru Alimentos S/A., Mineração Maracá Indústria e Comércio S/A, Anglo American Brasil Ltda., BRF –  Brasil Foods S.A.,  Minerva S/A., Cargill Agrícola S/A., Bertin S/A., Mineração Serra Grande S/A., JBS  S/A., Perdigão Agroindustrial S/A., Multigrain S/A., AWB Brasil Trading S/A. e Sama S/A. – Minerações Associadas.

Os principais municípios goianos exportadores, segundo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos primeiros nove meses de 2009, foram: Luziânia, mais uma vez se mantém em primeiro lugar no ranking dos municípios, foram exportados US$ 336,996 milhões para China, Holanda, Espanha, Tailândia, Portugal e Japão, o município concentra grandes empresas exportadoras na área do agronegócio, principalmente do complexa soja e de conservas alimentícias. Alto Horizonte ficou em segundo lugar, com US$ 194,164 milhões, basicamente de sulfeto de cobre para Índia, Espanha, Suíça e Alemanha. Ouvidor, com o ferronióbio, vem em seguida, com total de US$ 141,224 milhões. Itumbiara e Rio Verde ficam, respectivamente, com o quarto e a quinta colocações, e valores de US$ 130,796 milhões e US$ 123,802 milhões.

Em setembro/09, o principal item da pauta das exportações continua sendo o complexo soja, mesmo em queda, foi responsável por 48,53% (US$ 150,567 milhões) do total exportado. Complexo carne veio em segundo lugar na pauta, responsável por 23,63% (US$ 73,306 milhões) das exportações. Outros destaques foram: ferroligas com US$ 21,702 milhões (7,00%), açúcares com US$ 16,663 milhões (5,37%), milho com US$ 8,616 milhões (2,78%) amianto com US$ 6,340 milhões (2,04%), couros com US$ 5,231 milhões (1,69%) e ouro com US$ 4,922 milhões (1,59%). A pauta de exportações ficou mais diversificada, com a entrada de novos produtos na lista, como: melancia, melão e produtos hortícolas para a América do Sul.  Os itens do agronegócio responderam por 83,90% do total exportado, minérios 10,63% e os demais produtos 5,47%.

Com relação aos países compradores dos produtos goianos, a Holanda com US$ 46,068 milhões (14,85%), voltou a ser o maior comprador, seguida pela China US$ 37,076 milhões (11,95%), Rússia US$ 24,236 milhões (7,81%), Tailândia US$ 20,614 milhões (6,64%), Irã US$ 17,360 milhões (5,60%), Portugal US$ 16,394 milhões (5,28%), Reino Unido US$ 16,243 milhões (5,24%), França US$ 14,777 milhões (4,76%), Japão US$ 12,433 milhões (4,01%), Hong Kong US$ 11,875 milhões (3,83%), Coréia do Sul US$ 10,760 milhões (3,47%).

As importações goianas em setembro de 2009 somaram US$ 264,469 milhões, o que representou queda de 1,76%, em relação ao mês anterior  e de 10,54 % sobre setembro de 2008. Apesar de ter tido um aumento de 25,30% do peso líquido dos produtos importados, refletindo a  cotação do dólar.

 Os principais produtos importados em setembro de 2009 foram: Veículos automóveis, tratores, etc. suas partes/acessórios US$ 115,658 bilhões (43,73%), produtos farmacêuticos US$ 47,597 milhões (18,00%), reatores nucleares, caldeiras, máquinas, etc., mecânicos US$ 31,693 milhões (11,98%), adubos ou fertilizantes US$ 21,890 milhões (8,28%), produtos químicos orgânicos US$ 15,047 milhões (5,69%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos, suas partes, etc. US$ 6,457 milhões (2,44%), plásticos e suas obras US$ 3,738 milhões (1,41%), instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia, etc. US$ 3,466 milhões (1,31%) e obras de ferro fundido, ferro ou aço US$ 2,533 milhões (0,96%).

A Coréia do Sul com US$ 81,222 milhões (30,71%), continua sendo o maior vendedor de produtos para os goianos, em seguida,  o Estados Unidos com US$ 41,931 milhões (15,85%), Suíça US$ 27,804 milhões (10,51%), Japão US$ 27,218 milhões (10,29%), Tailândia US$ 21,160 milhões (8,00%) e Alemanha US$ 12,959 milhões (4,90%).

No período de janeiro a setembro de 2009, as principais empresas importadoras foram: Caoa Montadora de Veículos S/A, MMC Automotores do Brasil S/A, Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S/A, Anglo American Brasil Ltda., John Deere Brasil Ltda., Votorantim Metais Níquel S/A, Mineração Maracá Indústria e Comércio S/A, ADM do Brasil Ltda., Intersmart Comércio Importação, Exportação, Weldmatic Automotive Ltda., Fertilizantes Heringer S/A. e Bunge Fertilizantes S/A. 

Os principais municípios goianos importadores, segundo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos primeiros nove meses de 2009, foram: Anápolis registrou compras do exterior de US$ 966, 986 milhões, por causa das importações de veículos e suas partes e de insumos farmacêuticos. Catalão totalizou US$ 557, 850 milhões, na aquisição de veículos e suas partes e equipamentos agrícolas. Goiânia vem em seguida, com total de US$ 124, 686 milhões. Barro Alto e Rio Verde ficam, respectivamente, com o quarto e a quinta colocações, e valores de US$ 78, 641milhões e US$ 48, 805 milhões.