Em maio, foram acrescentadas mais 5.103 novas vagas formais ao mercado de trabalho goiano, segundo dados do Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – do Ministério do Trabalho e Emprego. O número equivale a uma expansão de 0,57% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada de abril e constitui-se no melhor desempenho entre os estados da Região Centro-Oeste. A indústria de transformação foi o setor que mais criou empregos em Goiás, seguida por serviços e agropecuária.

Entre janeiro e maio, Goiás gerou 37.572 novas colocações com registro em carteira,  4,38% de crescimento no estoque. O Estado ficou em segundo lugar entre as unidades da federação que mais criaram empregos no país este ano. Foi superado apenas por São Paulo, em termos absolutos, e por Rondônia, em termos relativos. O saldo dos cinco primeiros meses do ano é o terceiro melhor desempenho do estado na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Nos últimos 12 meses, foi registrado crescimento de 3,69% no nível de emprego formal, o correspondente a aumento de 31.928 postos de trabalho. Em termos absolutos é o melhor resultado da região Centro-Oeste.

Setores de atividades

Todos os principais setores apresentaram elevação no número de empregados com carteira assinada. Em termos absolutos, os principais setores que tiveram desempenho positivo, em maio de 2009, foram indústria de transformação (1.497 vagas), serviços (1.368 vagas) e comércio (1.035 vagas).

A elevação do emprego na indústria de transformação foi provocada em grande medida pelas atividades ligadas a alimentos e bebidas (1.931 vagas), em especial os ramos de fabricação de álcool (1.596 vagas) e fabricação de açúcar em bruto (172 vagas).

O setor de serviços, com saldo líquido de 1.368 postos, obteve o segundo lugar entre os principais setores na geração de empregos. Esse desempenho pode ser creditado às atividades alojamento e alimentação (510 vagas), comércio e administração de imóveis (337 vagas) e transporte e comunicação (194 vagas).

Em terceiro lugar, a agropecuária foi responsável pela geração de 1.035 postos com carteira assinada, sendo influenciada pelas principais atividades agroindustriais, principalmente pelo setor sucroalcooleiro, pois a grande parte dos empregos gerados foi no ramo cultivo de cana de açúcar (445 vagas), seguido por produção de sementes certificadas (248 vagas).

A atividade de construção civil, embora tenha ficado com saldo positivo em 477 postos de trabalho, chamou a atenção devido a contradição. Houve geração de empregos na chamada construção pesada (construção de rodovias e ferrovias – 626 vagas), mas na construção leve, com todo apoio do governo federal, houve perda de 546 vagas no ramo de construção de edifícios.

Tabela 1

Estado de Goiás: Saldo – Admitidos/Desligados por setor de atividade econômica – 2008/09

Fonte: MTE/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados lei 4.923/65

Municípios

Dos municípios goianos com mais de 30 mil habitantes, os melhores desempenhos de abril de 2009, em termos absolutos, foram Goiânia, com 986 novas vagas, Goiatuba, com 783, Inhumas, com 405, Niquelândia, com 371, Goianésia, com 365, e Formosa, que contabilizou mais 278 empregos celetistas. 

Dentre municípios de menor população, os melhores resultados ficaram por conta dos municípios de Serranópolis (457 vagas), Campo Limpo de Goiás (236 vagas) e Itapaci (233 vagas). O primeiro e o último foram favorecidos pelo segmento de cana-de-açúcar e o segundo pelas obras da ferrovia Norte-Sul.

Tabela 2

Estado de Goiás: comportamento do mercado formal de trabalho, por municípios com mais de 30 mil habitantes – 2008/09