Indústria goiana cresce 4,64% no mês de julho de 2007 na comparação com o mês anterior.
Em
julho de 2007, os Ãndices regionais da produção industrial ajustados
sazonalmente mostraram crescimento em oito dos quatorze locais pesquisados:
Bahia (4,64%), Goiás (4,29%), Pará (2,31%) e EspÃrito Santo (2,19%) foram os
resultados mais elevados. Também com taxas positivas, porém menos expressivas,
apareceram Rio Grande do Sul (0,49%), Minas Gerais (0,44%), Paraná (0,37%) e
região Nordeste (0,26%). Por outro lado, São Paulo (-0,30%), parque fabril de
maior peso no PaÃs, registrou taxa próxima à média nacional (-0,38%). Também
com resultados negativos figuraram Ceará (-5,79%), Pernambuco (-4,22%),
Amazonas (-1,74%), Rio de Janeiro (0,81%) e Santa Catarina (-0,83%).
A
retração de 0,38% na indústria brasileira, após nove meses seguidos de alta,
segundo interpretação dos técnicos do setor, é uma “acomodação”
que não inverte a trajetória da expansão industrial. “Os indicadores são
favoráveis a um cenário de crescimento da atividade, puxado pela demanda
interna”.
Na
comparação julho de 2007/julho 2006, os Ãndices apurados pela pesquisa são
predominantemente positivos, com onze localidades registrando aumento na produção,
com exceção do estado do Ceará (-4,71%) e Goiás (-0,04%) que tiveram taxas
negativas. Apresentaram taxas positivas acima da média nacional (6,84%): Minas
Gerais (11,42%), Paraná (10,41%), Rio grande do Sul (8,46%), Bahia (7,69%).
Ainda com taxas positivas vieram: EspÃrito Santo (6,78%), São Paulo (6,69%),
Santa Catarina (5,80%), Região Nordeste (4,40%), Pernambuco (3,27%), Pará
(1,90%), Rio de Janeiro (0,42%) e Amazonas (0,02%).
Os
dados desagregados da indústria brasileira em julho de 2007, comparados com o
mesmo perÃodo de 2006, indicaram que as principais “âncoras†do
crescimento da indústria de transformação no primeiro semestre continuaram
seu ritmo de expansão (máquinas e equipamentos) ou até mesmo aceleraram (veÃculos
automotores). O único segmento que não teve bom desempenho foi o da indústria
alimentÃcia, que poderá retrair nos próximos meses devido ao desaquecimento
do setor no segundo semestre, associado ao impacto negativo da alta dos preços
dos alimentos sobre o consumo da população.
No indicador acumulado
janeiro-julho 2007, em comparação ao mesmo perÃodo do ano anterior, o
crescimento de 5,10% refletiu o aumento de produção em 22 atividades. A maior
contribuição decorreu da fabricação de máquinas e equipamentos, seguida por
veÃculos automotores e metalurgia básica, sinalizando a manutenção da expansão
dos investimentos e, assim, da capacidade produtiva da economia brasileira.
Tabela
1
Pesquisa
Industrial Mensal Produção FÃsica Regional – julho/2007
(base:
igual perÃodo do ano anterior = 100)
Brasil,
|
Indústria
|
Indústria
|
Indústria
|
Alimentos
|
Indústria
|
Minerais
|
Metalurgia Básica
|
Brasil
|
6,84
|
7,14
|
6,82
|
–
|
–
|
7,22
|
3,89
|
Nordeste
|
4,40
|
-1,84
|
4,88
|
1,78
|
8,80
|
15,76
|
-1,10
|
Amazonas
|
0,02
|
-4,13
|
0,14
|
-2,74
|
-29,35
|
–
|
–
|
Pará
|
1,90
|
9,83
|
-4,51
|
-16,31
|
–
|
-16,09
|
2,25
|
Ceará
|
-4,71
|
–
|
-4,71
|
-0,92
|
28,65
|
16,33
|
200,13
|
Pernambuco
|
3,27
|
–
|
3,27
|
-5,23
|
14,12
|
21,62
|
-4,49
|
Bahia
|
7,69
|
3,64
|
7,90
|
5,21
|
13,76
|
6,64
|
-0,03
|
Minas
|
11,42
|
14,58
|
10,84
|
–
|
–
|
5,10
|
4,50
|
EspÃrito
|
6,78
|
10,05
|
5,25
|
28,26
|
–
|
-4,17
|
-1,18
|
Rio
|
0,42
|
0,24
|
0,46
|
–
|
–
|
11,99
|
-5,26
|
São
|
6,69
|
–
|
6,69
|
–
|
–
|
11,11
|
5,77
|
Paraná
|
10,41
|
–
|
10,41
|
–
|
–
|
-3,46
|
–
|
Santa
|
5,80
|
–
|
5,80
|
–
|
–
|
-1,11
|
2,43
|
Rio
|
8,46
|
–
|
8,46
|
–
|
–
|
–
|
15,09
|
Goiás
|
-0,04
|
0,64
|
-0,10
|
1,54
|
-18,07
|
8,57
|
8,20
|
Fonte:
IBGE
A produção industrial
Goiana em julho avançou (4,29%) frente ao mês de junho, na série com ajuste
sazonal, após ter recuado (5,65%) na passagem de maio para junho. Este
resultado de julho, comparado a junho, foi o segundo melhor dentre as
localidades pesquisadas. Em relação a julho do ano passado, a produção
permaneceu praticamente estável (-0,04%). Já no Ãndice acumulado no perÃodo
de janeiro-julho, a taxa de expansão foi de 1,26%. No indicador acumulado dos
últimos doze meses, o crescimento foi de 2,21%, abaixo do verificado em junho
(2,39%).
No confronto com julho
do ano passado, a produção industrial goiana recuou (0,04%), refletindo o
desempenho negativo verificado na indústria de transformação (-0,10%), devido
à queda na atividade de produtos quÃmicos (18,07%), sendo este o único setor
que puxou para baixo o desempenho da indústria goiana ao apresentar resultado
negativo entre os cinco ramos pesquisados. A queda no setor refletiu, sobretudo,
a redução na fabricação de medicamentos. Por outro lado, no conjunto das
demais atividades, destacaram-se a performance de alimentos e bebidas (1,54%) e
da metalurgia básica (8,20%), com as maiores contribuições positivas no
resultado global. Na primeira, milho doce e maionese responderam como os
produtos mais influentes, enquanto no segundo, o principal impacto coube Ã
produção de ferronÃquel.
A
queda da atividade produtos quÃmicos em Goiás pode ser explicada pela elevação
dos insumos básicos utilizados na fabricação de medicamentos. Houve uma elevação
dos preços em dólar por parte dos grandes fornecedores mundiais, obrigando as
indústrias a reduzirem a produção, dada à dificuldade em repassar os custos
para os consumidores finais. Vale lembrar que este segmento importa mais matéria
prima do que exporta, portando muito dependente da oferta de outros paÃses e do
comportamento do dólar.
No indicador
acumulado no ano, a produção local avançou 1,26%. Com exceção de produtos
alimentares (-1,14%), que refletiu a queda na produção de leite em pó e
carnes de bovinos congeladas, explicada pelo perÃodo de entressafra, os demais
segmentos apresentaram expansão. Os maiores impactos positivos ficaram por
conta de minerais não-metálicos (10,21%), que teve seu desempenho favorecido
pela produção de cimento; e a metalurgia básica (2,91%), cujo avanço
deveu-se ao bom desempenho da produção de ferronÃquel.
Tabela
2
Estado
de Goiás: Pesquisa Industrial Mensal Produção FÃsica – julho –2007
(Base:
Igual perÃodo do ano anterior =100)
Segmentos
|
Mensal
|
Acumulado
|
Últimos
|
Indústria
|
-0,04
|
1,26
|
2,21
|
Indústria
|
0,64
|
15,20
|
14,94
|
Indústria
|
-0,10
|
0,15
|
1,24
|
|
1,54
|
-1,14
|
-0,25
|
Produtos
|
-18,07
|
0,52
|
6,68
|
Minerais
|
8,57
|
10,21
|
5,15
|
Metalurgia
|
8,20
|
2,91
|
3,18
|
Fonte:
IBGE.
Equipe
de Conjuntura da Seplan:
Dinamar
Ferreira Marques
Eduiges
Romanatto
Marcos
Fernando Arriel
Maria
de Fátima Mendonça Faleiro Rocha