Expansão da infraestrutura elétrica pode impulsionar crescimento econômico em Goiás, aponta estudo do IMB
Um novo estudo do Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Política Econômica (IMB) revela que a expansão da oferta de energia elétrica pode impactar o crescimento econômico estadual e municipal. Com base em metodologias estatísticas rigorosas, o levantamento estimou que um aumento de 10% na oferta de energia elétrica resulta, em média, em um acréscimo de 1,07% no PIB dos estados brasileiros.
A análise focada em Goiás, por meio da aplicação do modelo de Diferenças em Diferenças (DiD), mostra que a instalação de usinas elétricas no estado, entre 2002 e 2021, gerou um aumento médio de 1,23% no PIB municipal. Os benefícios econômicos da expansão da infraestrutura elétrica tendem a se consolidar ao longo do tempo, tornando-se estatisticamente significativos a partir do 11º ano após a entrada em operação das usinas.
O estudo também propõe a criação do Índice de Prioridade para Investimentos em Infraestrutura Elétrica (IPIIE), que mapeia os municípios com maior necessidade de investimentos no setor. As regiões Noroeste e Nordeste de Goiás aparecem como as mais carentes de infraestrutura, com maior afastamento geográfico de usinas, subestações e linhas de transmissão. A métrica proposta permite hierarquizar os municípios para orientar ações do poder público e investidores privados, com potencial de replicação em outros estados.
A análise exploratória indica que a baixa disponibilidade de infraestrutura energética pode representar uma perda econômica potencial estimada em cerca de R$ 1,2 bilhão para os municípios de alta prioridade na região Noroeste de Goiás, e R$ 0,5 bilhão na região Nordeste. Os dados apontam para a importância de superar o déficit estrutural como estratégia para fomentar o desenvolvimento regional.
Segundo o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, os resultados do estudo reforçam a importância da infraestrutura de energia elétrica e fornecem evidências relevantes para orientar políticas públicas e decisões estratégicas de investimento. “A oferta de energia não apenas acompanha o desenvolvimento econômico, mas atua como vetor direto de expansão da atividade produtiva”, pontua.
O estudo completo está disponível no site do IMB clicando aqui.


