Desde criança somos ensinados sobre a importância de fazer as melhores escolhas ao longo da vida. Ainda pequeno, muitas vezes sem conseguir reproduzir as primeiras palavras, já entendemos que colocar a mão em determinados lugares pode não terminar bem. Na adolescência, é necessário priorizar os estudos em detrimento da diversão para evitar um possível futuro sombrio. Quando adulto, o leque de opções amplia. É casamento, emprego, amigos, viagens etc. Tudo facilmente à disposição, mas com consequências.

      Serão essas escolhas, que começam lá quando você ainda engatinhava, que determinarão como será sua vida: se será um caminho longo e árduo até o que você acredita ser o sucesso ou mais rápido e fácil. No trânsito, não é diferente. Está em suas mãos realizar a melhor escolha, no sentido mais literal da frase. O modo como você conduz o veículo pelas ruas e estradas é que decide sobre suas responsabilidades individuais. 

       E não é apenas questão de responsabilidade, direitos ou deveres individuais. Quando o motorista decide respeitar a legislação, ele participa da construção de um trânsito mais seguro e humano. É uma questão de vida e solidariedade. No Brasil, acidentes de transporte terrestres são a oitava maior causa de mortes – pelo menos 44 mil óbitos por ano. Número que poderia ser reduzido se escolhas como respeitar os limites de velocidade da via, não ingerir bebida alcoólica antes de dirigir e utilizar o cinto de segurança tivessem sido feitas.

     Em setembro, de 18 a 25, é comemorada a Semana Nacional de Trânsito (SNT). Este ano, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definiu como tema “Minha escolha faz a diferença no trânsito”. É mais uma oportunidade para a sociedade debater um tema tão importante. E debater não somente durante os sete dias, mas durante os 365 dias do ano, pois um trânsito mais seguro e humano é fruto de uma construção coletiva. Precisamos fazer a escolha pela vida.

Manoel Xavier Ferreira Filho é presidente do Detran Goiás