Teatro Basileu França recebe ópera Cavalleria Rusticana com Orquestra e Coro Sinfônicos Jovens de Goiás
Nos dias 17 e 18 de maio de 2019, sempre às 20h, no Teatro Basileu França, será dada a largada para o Festival de Ópera de Goiânia – FOGO 2019, promovido pela Prefeitura de Goiânia em parceria com a Universidade Federal de Goiás. Com a Co-realização do Governo de Goiás por meio do Itego Basileu França, ligado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SEDI), a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, juntamente com o Coro Sinfônico Jovem de Goiás, leva ao palco a encenação de uma ópera inédita em Goiás: Cavalleria Rusticana, do compositor italiano Pietro Mascagni.
Esta é uma das óperas mais aclamadas do repertório, sendo considerada a primeira ópera do realismo operístico italiano, ou verismo. Passagens musicais da ópera se tornaram célebres ao serem utilizadas em várias novelas no Brasil e também em filmes como Touro Indomável e O Poderoso Chefão.
O elenco é encabeçado pela mezzo-soprano mineira Poliana Alves, no papel de Santuza, e por talentos locais como o tenor Hélenes Lopes, no papel de Turiddu, o barítono Jadson Álvares como Alfio, a soprano Patrícia Mello, no papel de Lola e a mezzo-soprano Sara Veras, no papel da Mama Lucia. A direção cênica é do ator e diretor Jonatas Tavares. O regente será o maestro Eliel Ferreira.
Os ingressos custam R$ 10,00 (preço único promocional) e estarão disponíveis na Produção do Itego Basileu França e na sede da Orquestra Sinfônica de Goiânia a partir do dia 13 de maio em horário comercial. Nos dias dos eventos os ingressos estarão disponíveis na bilheteria do Teatro Basileu França a partir das 18h, limitados à capacidade do espaço, que é de 650 lugares.
O Festival de Ópera de Goiânia – FOGO tem como objetivo promover a arte lírica em Goiânia por meio de ações de formação e difusão artísticas, oportunizando ao público o acesso a espetáculos operísticos de qualidade, combinando no palco os talentos de nossa cidade junto a grandes nomes do canto lírico no cenário nacional.
O FOGO atuará na busca de ferramentas institucionais, políticas e artísticas para se tornar uma ação anual permanente, dando subsídios para que os cantores líricos aqui formados possam desenvolver sua arte, mostrando suas qualidades e potenciais ao público da cidade, que sempre se destacou pela sua tradição de exportar grandes cantores líricos para outros centros do Brasil e do exterior.
Ópera
A ÓPERA Cavalleria Rusticana (em português, Cavalherismo rústico) foi estreada em 17 de maio de 1890 no Teatro Costanzi em Roma. É dividida em duas partes, separadas por um intermezzo, mas se apresentam em cena contínua. Foi concluída quando o compositor contava com a idade de 26 anos, tornando-se um sucesso universal, porém único na carreira de Mascagni.
O libreto é de Giovanni Targioni-Tozzetti e Guido Menasci, extraído do conto homônimo de Giovanni Verga. O enredo se passa num domingo de Páscoa numa aldeia da Sicília do século 19, na qual lavar a honra era coisa séria. Vingança, traição, mentira, quase tudo podia virar motivo de violência extrema. Não é uma história extraordinária e lembra uma ciranda amorosa. Santuzza ama Turiddu que ama Lola, casada com Alfio. A cena se passa na cantina de Mamma Lucia. Turiddu é um soldado que retorna da guerra e Alfio, fazendeiro. Ao retornar da guerra, o soldado precisa enfrentar a realidade de ver sua amada casada com o fazendeiro poderoso. Começa então um relacionamento com Santuzza, mas a paixão pela outra induz a maus-tratos e desprezo.
O emaranhado de amores e ódios resulta numa história romântica e cheia de lugarescomuns, como boa parte das narrativas de óperas do verismo período durante o qual se convencionou fazer libretos com situações inspiradas na vida real. Fora do comum é mesmo a música de Pietro Mascagni, com o famoso intermezzo e as grandes passagens melódicas, com grande carga dramática e emocional, que serviram de inspiração para filmes e novelas no século XX.